Capitulo 7

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Lupita estava nas nuvens, era tudo o que Juliana conseguia pensar. Sua mãe estava radiante, qualquer um conseguiria sentir só de chegar perto... Talvez até de longe. E era maravilhoso que ela estivesse tão feliz, com um anel de ouro brilhando em seu dedo. Óbvio que ela ainda não podia casar com Panchito, mas era só questão de tempo, e simbolicamente eles iriam casar, era tudo o que bastava. A felicidade de Lupita era tudo.

Juliana estava fazendo macarrão com molho de bacon, enquanto sua mãe cantarolava, e tudo o que Juliana queria era dividir tudo com Valentina; a felicidade de sua mãe, o macarrão que estava fazendo e a saudade que estava sentindo, mas as duas não andavam conseguindo se ver muito. Quase duas semanas se passaram desde a última visita de Valentina ao restaurante, e Juliana estava com muita saudade.

Já havia considerado, claro, ir até a casa da melhor amiga, mas não queria correr o risco de encontrar Lucho ou Sérgio de novo. Ainda mais quando Sérgio havia tentado beija-la e ela recusou veementemente. Não tinha nenhum interesse em Sérgio, e achou que jamais teria. E ver Lucho com Valentina era um incomodo absurdo, não apenas pela obviedade da melhor amiga estar de saco cheio do cara, mas também do cara ser um saco. Ele parecia

Era bonito ver sua mãe tão apaixonada, os amores dando certo para todos, mas sentia falta de ter alguém. Não que alguma vez já tivesse tido alguém... Mas achou que seria legal ter. Ao menos tinha Valentina, ela era o mais perto de amor que Juliana conhecia, além de sua mãe, claro. E já estava muito bom.

Enquanto ela observava Lupita cantarolando na cozinha, Juliana só conseguia pensar em como o amor parecia uma delícia quando dava certo. Mas seu pensamento foi interrompido pelo telefone tocando, o que não era normal, já que ninguém a ligava com frequência. Onde estava aquela droga? Ela estava sempre colada no celular para o caso de Valentina mandar mensagem, e no único momento em que estava longe, seu celular começava a berrar. Ela mal se lembrava do toque que havia escolhido.

- Hija, seu celular está na sala.

Ao segurar o celular, Juliana sentiu o estômago se contrair de felicidade. Era Valentina ligando.

- Val.

- Juls! – A animação do outro lado da linha era contagiante. – Ai como é bom ouvir sua voz!

- Eu estava pensando em você agorinha.

- Ah é? Que bom que eu liguei, então. Estou com saudades, quando vamos nos ver?

- Quando você quiser. Sabe dos meus horários, Val.

- Não gosto muito dos seus horários. – A garota disse em tom manhoso. – Eles deixam muito pouco tempo para sua melhor amiga. E eu ouvi dizer que ela sente sua falta.

- Bom, eu também sinto muita falta da minha melhor amiga. Faz muito tempo que eu não ganho uma visita sabe?

- Ah é? Sabe que eu também não? Em meses de amizade incrível, minha melhor amiga veio em minha casa apenas uma vez. E ela ainda me deve aulas de danças.

- Você a deve aulas de natação.

- Precisamos corrigir isso imediatamente.

- Precisamos mesmo.

- Que tal começar abrindo a porta?

- Que?

Valentina amava aquele "que" sonoro de Juliana, era quase melodioso, cantado, bonito. E adorável, claro. E ficou rindo enquanto esperava a morena abrir a porta de seu apartamento.

- Val... Eu não... O que está fazendo aqui?

Segurando um bolo de chocolate nas mãos, Valentina sorriu para Juliana. Como sempre, ela estava incrível de linda, roupas arrumadas, enquanto Juliana usava o primeiro pijama que havia encontrado em seu armário.

Eso És Amor | JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora