Capítulo 25 (versão +18)

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Aquele beijo era sua perdição, Juliana pensou. Poderia estar lento demais, doce demais, rápido, intenso, de qualquer maneira era sempre igualmente arrebatador. Era gritante o amor que tinha por Valentina; parecia ferver em todo o seu corpo. E o melhor era saber que Valentina sentia exatamente a mesma coisa por ela; não só porque ela sempre falava, mas por que demonstrava, com seus olhos e corpo. Valentina sempre reagia à Juliana, como Juliana reagia à Valentina. E nada mais importava. 

Ali, enquanto a chuva caía do lado de fora, beijaram-se com lentidão, amor, explorando-se como nunca. O fervor se espalhava pelo corpo das duas, deliciosamente, levando-as ao limite; era como pular de um avião sem paraquedas. Eram beijos lentos, ou talvez um único beijo que estivesse durando eternamente.

Enquanto as mãos se seguravam, rosto, cintura, pulsos, os dedos pareciam estar em todos os lugares, cada milímetro de uma para outra. Era uma energia surreal entre elas. Não tinham controle, e não queriam ter, só queriam estar e ser. Era tudo o que bastava. Valentina foi a primeira a tentar desfazer o nó do roupão de Juliana, que, incentivada pelos atos da garota, começou a fazer o mesmo. O roupão começou a descer, macio, pelo ombro de Valentina, enquanto Juliana afastava a peça com os dedos.

Valentina não queria perder nenhum segundo daquela sensação deliciosa, então afastou os lábios dos de Juliana para poder encarar a garota. Queria ver os olhos dela enquanto era deliciosa e lentamente despida. E queria fazer o mesmo com ela.

– Ainda não acredito que isso seja real. Que você é real...

A voz de Juliana estava ainda mais rouca que o normal quando ela começou a falar:

- Às vezes eu também não consigo acreditar. Mas é tão real... Tão real, mi amor.

Os olhos de Valentina brilharam ainda mais ao ser chamada de forma tão carinhosa. Começou a abaixar o roupão de Juliana também, devagarinho, espalhando os dedos pela pele macia dela.

- Sua pele é tão macia, tão suave. Como pode? E o seu cheiro...

A intenção de Juliana eram simples balançar de ombros, porque não sabia como responder, mas como o roupão estava completamente solto em seu corpo, com o movimento, ele desceu até o meio de seus braços. Deixando seu colo completamente exposto aos olhos de Valentina.

Valentina ofegou no momento em que viu o roupão de Juliana descendo. Nunca havia realmente sentido desejo em uma mulher, se olhava no espelho e achava seu corpo normal. Já havia visto outras garotas nuas em épocas de escola e seus vestiários, mas nada se comparava a ver Juliana em sua frente. Os seios expostos, a respiração pesada. Valentina sentiu que poderia ter caído se já não estivesse sentada. Não se sentia daquela forma nem vendo Lucho completamente nu em sua frente.

Realmente o amor mudava tudo entre um casal.

Juliana era ainda mais de tirar o fôlego do que antes. Quando ela fez menção de cobrir o próprio corpo com as mãos, Valentina a impediu, segurando seus pulsos com delicadeza.

- Você é linda, Juls. Mi amor, eu fico tonta só de olhar para você. Não precisa se esconder.

Impulsionada pela coragem que Valentina lhe passava, Juliana respirou fundo e sorriu. Não tinha por que ter medo, vergonha ou qualquer coisa de ruim. Elas estavam se descobrindo, juntas, vivendo um momento completamente novo. E ela queria de fato se entregar. Não queria deixar nada para trás.

Enquanto se olhavam intensamente, Juliana abaixou o roupão de Valentina, igual ao seu. Deixou a garota com os seios expostos e engoliu em seco. Não tinha experiência alguma em ver outras pessoas nuas, mas não esperava que fosse sentir tanto desejo ao ver uma mulher com os seios de fora. E Valentina tinha seios espetaculares.

Eso És Amor | JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora