Capítulo 27

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Juliana acordou do sonho mais erótico que tivera em toda sua vida, estava tão ofegante que seus olhos não abriram, se arregalaram de uma vez. O ar estava bem longe de estar passando normalmente por seus pulmões. Era como estar flutuando e caindo ao mesmo tempo, uma queda livre sem rumo; era noite ou dia?

Ela nunca ia saber.

E então ela caiu em algum lugar, água, cama, pilha de pétalas, ela não sabia dizer. Foi macio e forte ao mesmo tempo. Arrebatador, de tirar todo o fôlego. E então ficou tudo quente, como lava escorrendo por sua pele, queimando deliciosamente.

Para sua surpresa, o sonho tão delicioso não passava de uma realidade provocada por uma Valentina muito abusada entre suas pernas. Aqueles olhos azuis que irradiavam energia, aquele sorriso em sua carne, a respiração suave...

Então não fora um sonho, Valentina estava realmente com o rosto entre suas pernas, e aquela boca maravilhosa enlouquecendo-a. Juliana achou que poderia desmaiar. Havia algo de muito perigoso nos olhos de Valentina quando ela sorria entre suas pernas. Talvez fosse tudo culpa do desejo entre elas.

O arrepio varreu seu corpo enquanto o orgasmo começava a pedir passagem por seu ventre. Ela se tremeu inteira, e Valentina estava sorrindo contra sua pele. E enquanto Valentina subia com a boca se arrastando pelo corpo de Juliana, a morena se entregava aos gemidos. Os dedos dela ocuparam o lugar que antes sua boca estivera e Juliana se arqueou na cama, sendo segurada pelo corpo de Valentina. E beijada até seu corpo começar a tremer de novo.

Não precisavam de palavras. De nada. Estavam ali, entregues, uma a outra. Mais nada importava. Valentina enlouquecendo-a e Juliana morrendo de tanto prazer.

- Ah mi amor...

Valentina adorava a voz de Juliana, o timbre, o som, o jeito rouco, tudo... Mas quando ela gemia, era coisa de outro mundo. Chamando-a então, era melhor ainda. E cada vez que Juliana a chamava de amor, ela se apaixonava mais ainda.

As mãos de Juliana seguraram a nuca de Valentina com força, puxando a garota ainda mais para perto, enquanto ela se desfazia em suas mãos e ofegava contra sua boca. A tremedeira demorou a passar, e a sensação do orgasmo parecia infinita.

- Bom dia, mi amor.

Valentina sorriu, completamente inundada de prazer enquanto olhava para Juliana. A morena tinha os olhos pesados e o sorriso muito preguiçoso; ela já conseguia reconhecer aquela expressão. E queria ver muito mais dela.

- Muito bom dia, mi amor.

- Eu não me importaria de ser acordada assim todos os dias.

- Ah não?

Como magnetismo, Juliana sorria e Valentina sorria. Suas testas já estavam encostadas, enquanto os narizes se roçavam. Valentina nunca havia se sentido tão animada pela manhã. E as mãos de Juliana subiam por suas costas, devagarinho.

- Não.

- Juliana Valdés, você está me saindo uma tarada.

Antes que Valentina pudesse reagir, Juliana girou com a namorada na cama, ficando com o corpo por cima do dela.

- A culpa é sua, Valentina Carvajal.

Perfeitamente confortável com a namorada entrelaçando as pernas às suas, Valentina abraçou Juliana, segurando-a firme contra seu corpo. Sentindo a pele quente e maravilhosa dela roçando na sua. Ela não queria mais nada.

- Minha?

Bom, talvez algumas coisas a mais, pensou.

- Sim. Está me deixando mal-acostumada.

Eso És Amor | JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora