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Thayná👅

Grego: O mal das pessoas é não saber nem da metade e querer julgar.

Thay: Foi sem querer? - olhei pra ele.- você deixou uma menina sem andar por acidente?

Grego: Eu nunca quis fazer mal pra ela, aquele dia foi um bagulho sinistro. Nós brigou feio e ela foi descer a escada correndo, foi ai que eu segurei ela. Contra a minha vontade ela tentou se soltar e caiu, não foi minha culpa, eu tentei segurar! Mas não deu.

Thay: E depois? - perguntei curiosa.

Grego: Ela desmaiou, eu desci correndo e chamei o Felipe pra nós levar ela pro hospital, me arrisquei pra caralho descendo pra pista! Mas eu desci, e quando ela acordou.- pausou.- ela começou a chorar dizendo que não tava conseguindo mexer as pernas.

Thay: Então não foi sua culpa? - ele negou.- então pq você deixa as pessoas falarem mentiras?

Grego: Eu deixo pensarem de mim o que quiserem Thayná, só sabe da minha vida quem me conhece mermo.

Thay: Ela foi embora? - ele assentiu.

Cada palavra que ele disse de certo modo me deixou um pouco sentida.

Mesmo não sendo culpa dele, dá pra perceber que ele ainda se culpa.

Grego: Eu não julgo quem já foi embora da minha vida, até pq eles fizeram o certo ficar perto de uma pessoa assim como eu só trás problemas.

Thay: Depois disso você não teve mais contato com ela?

Grego: Não! Eu tentei, de todas as formas mas ela não quis mais saber de mim.

Thay: Pesado.- olhei pra ele que sorriu fraco.- sente saudades?

Grego: Não.

Thay: Nunca sentiu vontade de ter alguém por perto?

Grego: Quem nunca sentiu né? Mas com o tempo passa, a gente aprende a viver sozinho.

Thay: E seus pais?

Grego: Minha mãe eu não conheci, e meu pai morreu.

Thay: Minha mãe eu perdi pro câncer.

Até agora não entendi muito bem o pq dele ter me contado tudo isso.

Mas foi até bom, assim eu pudi ver que ele não é esse monstro que todos dizem que ele é.

Virei o rosto não querendo olhar fixamente pra ele e senti ela passar a mão entre meus cabelos, em seguida me puxando pra um beijo.

▪▪▪

Entrei em casa fechando a porta e até tomei um susto vendo o Felipe deitado no meu sofá.

Fp: Tava aonde? - me olhou.

Thay: Por ai.- joguei minha bolsa no sofá.- como você entrou?

Fp: Por ai aonde? Eu tenho a chave, esqueceu?

Thay: Eu tava com o Grego.

Fp: Fazendo o que com o Grego Thayná?

Thay: Eu quis agradecer ele, da mesma forma que eu te agradeci.

Fp: Queria que tu me agradecesse da mesma forma.- olhei em entender.- e esse chupão ai? - sorri sem graça.

Thay: Isso foi um deslize, não vai mais acontecer.

Fp: E quando tu transar com ele? Vai falar que tropeçou e caiu na pica?

Thay: Felipe...- encarei ele.- só foi uns beijos, você sabe melhor do que ninguém que depois dos abusos do meu pai eu não consigo ter relações com ninguém.

Fp: Grego tem uma boa lábia pô, engana várias.

Thay: Eu não sou como as outras.- entrei na cozinha.- vai ficar aqui comigo?

Fp: Vou, briguei com a Manuella.

Thay: Então você só vem dormir comigo quando briga com a Manu? - abri a geladeira pegando o resto da pizza de ontem.

Fp: Não pô, eu já queria dormir aqui contigo a um tempo.- encostou na bancada.

Coloquei o prato no microondas e caminhei até ele que tava de cabeça baixa.

Thay: Brigaram pq?

Fp: Ciúmes dela.- me olhou.- tô suave, logo mais nós tá bem.- me puxou pra um abraço.

Thay: Espero..- olhei pra ele que foi se aproximando aos poucos.- Felipe...- virei o rosto me afastando e ele me puxou pela cintura me dando um beijo.

Amor BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora