Eu adoro encontrar com minha amiga, mas eu tinha algo melhor em mente do que um encontro de amigas, queria formar um grupo, algo mais conclusivo, essa porra toda de ler e ter muitas ideias em mente, me deixou com uma delas martelando e tenho que colocar em pratica. Eu quero realizar a maioria das fantasias que lia nos livros que comprei, quando Amanda contou-me de suas irmãs, pensei que era a oportunidade certa.
- Puta que pariu, é perfeito Mandinha, e não é o álcool falando não.
- Para Marcela, é a tequila, amanhã você nem vai lembrar, como todos os sábados de resseca que tem. – Amanda ria da ideia, mas ela não tinha nada de absurda, eu tinha visto no livro o S.E.G.R.E.D.O. e após dez anos de muitas historias e experiência eu e ela que já tinha tido um belo de um caso com primo, podíamos falar por dias sem repetir um só conto.
- Larga de frescura no cú Amanda. É serio, se o Thiago não tivesse te comido a dez anos atrás com classe, você ia estar remoendo o babaca do Henrique ate hoje...
Ambas rimos, enquanto Marina e Claudia voltavam do banheiro.
- Tá, eu vou pensar nisso, agora cala a porra dessa boca bêbada, que elas ainda não sabem de Thiago.
Abri a boca para protestar, mas acabei desistindo, pois sabia que a historia dela com seu lindo primo tinha sido algo mais que uma leve brincadeira, e ela tinha tentado por muitas vezes esquecê-lo nesses longos anos.
Ela era tão puritana às vezes, que me dava nos nervos, não que eu fosse uma vaca, mas tinha tido uma quantidade razoável de parceiros depois de Lucas. E ele tinha terminado o noivado porque eu era fria. Cacete não depende só de mim também, afinal eu não era noiva de mim mesma, e é preciso mais de um pra fazer as coisas acontecerem certo? Mas eu sabia também o que um homem como “Thiago” podia fazer com a nossa mente. E o meu neste caso se chama Mauricio. O cara mais foda que já esteve dentro de mim, ou que pelo menos tentou.
Ele era um ex-colega de escola a qual há cinco meses, nossa resolveu fazer um encontro, e achei o ó a ideia de ir, mas Amanda queria ver como andavam as galinhas assanhadas depois de dez anos, e como estaria o fiasco dos caras que pegávamos naquela época, apostamos até que elas estariam gordas, feias, solteiras e cheias de filhos, claro que era tudo produto do nosso recalque, mas isso nos divertia sempre.
- Tomara que estejam todas barangas e banguelas... – eu ria enquanto fumava e dirigia.
- Eu também espero, e espero que o Paulo esteja casado, porque ele era um chiclete de chato, pentelho pra porra.
- Hum, e o Mauricio então. Cacete ele podia ter o pau grande, pensei que ia até me arrombar, mas era tão nerd, que não nem seu quer conseguimos chegar ate o final de tão nervoso que ele estava, só me deixou aguada...
Caímos na risada, Deus como era bom rir das nossas próprias desgraças.
O salão para a festa era grande e estava muito cheio, tinha gente que nem lembrava quem era, mas claro que as “gostosas” do colegial estavam lá, não tão gostosas, mas cheias de marra achando que eram ainda as bam bam bam.
- Aff, devem ser tudo frustrada, casada com algum babaca rico e bem sucedido de pinto pequeno.
- Para Marcela, elas parecem... Que merda, elas continuam lindas. Ainda bem que não vi Paulo... – Amanda meio que se escondia atrás de mim enquanto tomava uma batida sem álcool. Aquilo sim que era frustrante as coisas ficam mais alegres com um pouco de destilado. -... Cacete, olha ali o Paulo, e continua estranho, merda, ele vem vindo pra cá, vou ate o banheiro Marcela...
E ela saiu de fininho, me fudendo. Ela ia ver só por isso.
- Oi, oi Marcela. Você viu a Amanda? – Paulo estava com uma calça muito justa, estilo esmaga bolas, alta demais naquele corpo meio gordo de quase trinta anos, e usando sapatos mocassim,tá, quem e sã consciência usa mocassim em pleno século 21? Bom, o rosto ainda tinha marcas de espinhas e o cabelo estava comprido e seboso. Um caso perdido.
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CONCEDA-ME SEU PRAZER
RomanceThiago Nunca fui chegada em histórias de amor, nem em grandes finais românticos. Mas quando envolvia a minha vida, a coisa era outra. Não sou um cara de meias atitudes, nem de deixar oportunidades passar. Eu sempre a quis, e eu ia ter ela pra mim...