Capítulo 33 - Amanda

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Mas que cacete de agulha, Marcela podia ser mais perdida do que eu? Olhamos a bolsa de mão dela de novo cabo a rabo e nada da porra do teste, e ainda queria brigar comigo por ser uma cabeça de vento.

Devia ser os hormônios, nem precisa de teste, pelo jeito bipolar que estava agindo, podia dizer com toda certeza que estava grávida, se não, estaria precisando de um psiquiatra e alguns remédios tarja preta. Fato!

- Ai, que porra, também não esta aqui Amanda! – Marcela estava revirando a bolsa que tinha pegado com Mauricio. Tá, isso ta parecendo uma piada. Como pode esse teste ter sumido?

- Vou ver se tá na minha, caralho, você só me fode viu Marcela... – sai do quarto indo atrás de Mauricio, ela tinha ficado confusa, e provavelmente colocado na minha mochila.

Bati na porta e Thiago abriu.

- Oi amor... – ele estava com um sorriso de orelha a orelha, como se tivesse ganhado na mega sena ou coisa do tipo.

- Oiiiii... – olhei no corredor pra ver se alguém nos observava. – Thi, será que Mauricio trouxe minha mala, ou ficou no carro... Preciso dela...

Ele entrou depressa e me entregou ela. Ainda com aquela cara boba e linda.

- Aqui anjo, hum... Você, por acaso precisa de alguma coisa, tá com vontade de comer alguma coisa? Se quiser pego pra você...

Que pergunta louca foi essa, ele parecia estranho? Quer dizer, não que não estivesse com fome, essa viagem e a tensão de são Paulo até aqui tinha me deixado meio esfomeada mesmo. É acho que podia me dar um luxo de sair da dieta esse fim de semana, era tanta coisa acontecendo que eu merecia mesmo.

- É acho que to com fome sim, podia comer até um boi... – brinquei e vi seu olhar brilhar -... Podia pegar pra mim algum lanche, se não for pedir muito amor?

- Claro, claro, sempre meu amor... – ele estava todo saltitante e feliz e me deu um beijo na testa e saiu seguindo pra cozinha.

Ok, acho que todos dessa casa estavam precisando de um tratamento psicológico nesse fim de semana. Virei de volta para o quarto, quase chegando à porta, quando ouvi Claudia falando com o tal do Waldemar. Provavelmente estavam na sala, que era no sentido oposto da cozinha do outro lado do corredor, como uma boa curiosa parei para ouvir. Ah tá, você ouve alguém falando de você e não ia parar também? É, e eu sou o bozo.

- E então, minha irmã é uma graça não é?

- Super, adorável. – quem fala assim, meu Deus!

- Acho que formam um belo casal, apoio, ela precisa de alguém assim, responsável, na idade dela... – ela queria dizer tudo ao contrario ao Thiago né?

- É, só acho que ela é meio tímida, pouco conversamos – ele parecia decepcionado, porra o cara era estranho que só a porra, tá, eu to falando isso porque namoro o cara mais gostosa da casa, mas fato, ele não deixava de ser estranho.

- Que nada, é só porque se conheceram agora, espere e verá... Bom, será que pode ir lá ajudar o Luiz, ele já tomou umas latinhas sabe e pode ser que nem todos gostem de carne queimada... – ambos riram.

- Pode deixar Claudia. Obrigada pela força. – tá ele parece ser legal sim, mas não pra mim.

- Imagina, vou atrás da minha irmãzinha, ai, ai, adoro bancar o cupido.

CACETE, ela estava vindo. Corri pro quarto, entrei e tranquei a porta.

- Que aconteceu Amanda? - Marcela estava colocando seus pertences nas gavetas da cômoda.

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