Capítulo 35 - Amanda

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Puta, que cara chato, cacete, tá eu já devia ter contado tipo, ontem pra Claudia sobre eu e Thiago. Já não bastasse o pé no saco que meu cunhado era, ainda mais bêbado, se achava engraçado, eu ainda tinha que aguentar esse grude do “Waldemaaarrrrrr” me abraçando, caralho, vi Thiago fritando com isso. Em pensar que estava pensando em escapar durante a noite, no estilo “missão impossível”, e arrastá-lo pra piscina e fazer uma trepada sacana lá! Ia ser excitante.

- Então gata, sua irmã disse que você gostou de mim... – O QUÊ? Ta maluco né? Arrrr, chega desse zuado se achando, ia espantar o 00 à esquerda de vez.

Abri a boca pra falar, mas a musica que encheu o lugar no ultimo volume me calou, era a musica que sempre ouvia meus pais dançarem, e logo senti ele ao meu lado, me olhando, lindo, serio, diria até ciumento e totalmente apetitoso. Até esqueci quem estava ao meu lado, esqueci-me da louca da Marcela no banheiro, esqueci-me de onde eu estava.

- Com licença, acho que posso chamar minha namorada pra dançar? - Thiago falou em alto e bom som, e todos nos olharam, todos estavam de queixo caído, foi tipo PARA TUDOOOOOO. Até minha amiga Marcela, que aparecia na porta do nada, horrível, acabada, de repente sorriu pra gente, e ainda mais minha irmã, que parecia que ia parir um filho ali de espanto de pé na churrasqueira com seu marido, parecia perder o rebolado.

- Opa, claro, claro, desculpa, eu... – disse o mala do meu lado, tirando devidamente seu braço de mim.

- Sem problemas. – Thiago estava no maior alto controle que já tinha visto ter, e isso me deu ainda mais tesão, porra, queria ele, mesmo sentindo os olhos curiosos, e alguns fuzilantes em nós.

Ele me levou mais pra frente, onde tinha um espaço aberto ao lado da churrasqueira e começou a me conduzir pra aquele pedaço do céu que alcançávamos quando estava nos seus braços, dançando. Ele era tudo, tipo minha vida era dele, e que se explodisse que minha irmã reprovava, quem me comia bem no final da noite era ele, e quem dizia que me amava de manhã ainda era ele, portanto “chupa essa manga”. Pois eu nunca me senti tão orgulho Claudia e tudo mundo.

Mas porra, já que tá no inferno né... E o calor ali tava alto viu! Namorado gostoso é foda.

Vi Marina se juntar a gente depois de sei lá quanto tempo, a musica já tinha acabado e começado outra, e ela se aproximava mega feliz, rindo e gritando.

-UHUUUUUUU, isso aí cunhadinho... – ela pulou em nós e olhei pra ela me entregando a felicidade, Thiago riu enquanto ela me mandava um beijo e voltava a dançar com seu noivo.

- Vejo que agora todos sabem de nós! – falei no ouvido de Thiago.

- Isso é ruim, está arrependida?

Ele ficou tenso. Mas eu não. Vi o quanto Marcela estava sofrendo por não aceitar o quanto amava Mauricio, por achar que estava grávida e isso tudo se tornar um pesadelo e eu não queria nunca mais passar por aquilo, nem por nada que nos separasse.

- Tenho fortes motivos agora pra acreditar que é a coisa mais certa que já fiz na minha vida.

- Você está me fazendo o homem mais feliz do mundo... – ele me rodou no ar enquanto eu ria e voltou a falar -... E também o mais cheio de tesão no momento...

Olhei pra ele sorrindo maliciosamente, não era sem tempo. Estava aguada por ele, por seu sabor. Dei um beijo demorado e quente, provocador até demais, um showzinho para os olhares curiosos. E aquela altura do campeonato meus parentes estavam entrando em combustão com a cena e eu estava pouco me fudendo pra todos ele. Porra, eu era dele e ponto.

- Vem, acho que é hora de ir pra cama senhorita namorada! – ele me colocou no chão e me puxou pela casa passando por todos.

- Amandaaaaaaaaaa... – ouvi Claudia gritar, mas logo Marina veio a nosso socorro respondendo pra ela.

- Larga de ser corta tesão Claudia, alguém nessa casa vai ter que ser bem comida e de preferência sóbria! – ainda deu tempo de ouvir alguns risos e falação.

Seguimos pela casa rindo da fala da minha irmã do meio. Sabia que amanhã ia ter que enfrentar os dragões preconceituosos dessa família maluca, mas por hoje eu queria me perder no corpo do meu homem, do meu Thiago.  

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