Cada minuto que passava tinha a certeza que Amanda estava esperando um bebê, um lindo bebê, porra eu podia ficar mais feliz? Impossível. Quando a vi naquele banheiro com a doida da Marcela, sabia que ela estava fazendo o teste. E quando vi sua cara, e ela me dizendo que estava morrendo de fome eu acreditei ainda mais nisso.
Tá, tem muitos caras por aí que praticamente enfartam quando a mulher vira e fala que tá grávida, mas eu não era mais um moleque, não tinha mais espinhas na cara e medo da vida, já tinha passado da fase de temer, eu queria muito ter ela isso sim, e ter tudo que podia com ela, ter uma família, se pudesse teria um time de futebol, caralho, eu já estava estável financeiramente, NÃO RICO, mas estável, tinha grana pra poder cuidar dela e do garotão, já pensou um menino? Ia torcer pro Timão igual o pai! Ia ficar show os dois no Itaquerão, com o manto e torcendo, isso sim é vida!
Mas agora era hora de esperar que Marina fizesse a parte dela na surpresa dessa noite e esperar que ela me contasse somente depois que visse o que tinha pra ela, pois aí sim ela teria certeza que é ela à mulher da minha vida.
A verdade é que eu estava sendo abençoado por algum anjo bêbado que ia muito com a minha cara lá em cima, porra, porque de repente tinha tudo que finalmente havia desejado, e parecia que cada coisa se encaixa no momento certo.
- O lanche estava delicioso amor... – ela sussurrou no meu ouvido e seguiu pra mesa do lado de fora da casa, perto da churrasqueira e próximo da piscina, claro, antes que todos nos vissem.
Algumas horas depois, com muitas latas de cervejas vazias, muita carne queimada e fato alguns quilos a mais, a falação alta estava alta e as coisas começaram a esquentar.
Pouco ficávamos perto, mas ainda trocávamos olhares no mínimo cheio de promessas safadas e de puro tesão, e sabia o que ela estava pensando o mesmo que eu, fato éramos dois tarados, ninfomaníacos, e sexo estava sempre presente em meus pensamentos com ela, ainda mais, que ela tava grávida, eu ia comer uma mulher grávida porra! Sabe que nunca pensei que isso fosse acontecer, quer dizer, não é bem uma fantasia, mas me peguei digamos sonhando com aquilo. Tá, eu estava queimando de tesão, e queria pegar ela em algum canto e meter gostoso, não sou tarado, mas sou tarado pela minha mulher.
Só que ainda não era hora, ainda não. Amanda se sentou ao lado de Claudia e vi que logo em seguida o playboy ruivo, que tinha ficado secando ela a noite toda se juntou a eles na mesa, esse não perdia tempo, cara. Coitado, agora que jogava ainda mais fora o seu charme dele. “Se toca, ela é minha mulher, e futura mãe do meu filho”, dava até aquele frio na barriga de pensar na mudança louca que íamos passar.
- E ai cunhadinho tudo certo? - Marina me surpreendeu, estava com um copo de vodka com soda na mão, chapadinha já.
- Tudo, tudo mais que certo... – Sorri pra ela ainda pensando na surpresa que esperava Amanda me contar – Por acaso viu Mauricio por aí?
Olhei em volta e do outro lado da piscina em uma espreguiçadeira o vi conversando com alguém que não era nada mais nada menos que a prima assanhada da família, Fernanda. Tá, ela era o estilo periguete como Amanda falava, e eu tinha que concordar que ela era oferecida, mas era um bebê, praticamente uma criança.
- Hum, acho que Mauricio ta entrando numa fria... – falei mais pra mim do que pra ela, pensando no barraco que Marcela armaria ao vê-los de gracinha ali.
O estanho era que não tinha a visto desde que tinha surpreendido ela e Amanda no banheiro. Devia ta tendo algum siricutico por aí com a novidade da amiga.
- Na verdade acho que sua amada Amanda também cunhadinho... – Ouvi Marina dizendo. Olhei para onde ela olhava e vi o porquê ela dizia aquilo.
O tal pretendente de Amanda tinha colocado a mão em volta do ombro dela, e ela estava visivelmente desconfortável. Porra, agora me sentia irritado.
- Aí tá um casal linduuuuuuuu... Ô lá em casaaaa... – Luiz já tava pra lá de Bagdá, tinha bebido muito e era quase dez horas da noite ainda, foda, a noite ia ser longa.
- Pare com isso Luiz, eu... – Amanda tentava se desvincular do mané, mas ele parecia chiclete. Ai caralho, ia fazer aquilo acabar agora.
- Espera. – Marina me segurou. – Tenho uma ideia.
Ela foi até a o DVD e colocou um pra tocar. Na hora já soube o que fazer. Ia marcar território melhor do que cachorro mijando no posto, eu ia fazer com estilo, estilo que só eu sabia fazer.
-Agora sim. Vai lá Thiago, mostra pro cabeça de fósforo quem é o dono da minha irmãzinha, e deixa que eu cuido do resto... – Marina piscou e sumiu pra dentro da casa com seu noivo a tira colo.
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CONCEDA-ME SEU PRAZER
RomanceThiago Nunca fui chegada em histórias de amor, nem em grandes finais românticos. Mas quando envolvia a minha vida, a coisa era outra. Não sou um cara de meias atitudes, nem de deixar oportunidades passar. Eu sempre a quis, e eu ia ter ela pra mim...