Ok, no começo era difícil assumir que eu estava me interessando por esse novo tipo de literatura, mas cacete, as mulheres que leem realmente são as melhores, e Andrezza me proporcionou uma boa prova disso.
Tínhamos criado um hábito, por assim dizer, mas nenhum de nós tinha realmente se apaixonado um pelo outro perdidamente como contavam aqueles livros, mas claro, tínhamos deixado livre a imaginação por muitos e muitos encontros, ou como falávamos, momentos de descontração.
Mas nada se comparava ao sorriso de Amanda. Puts, eu às vezes me sentia um filha da mãe de um pedófilo, ela era uma menininha, tinha a visto crescer, e tínhamos uma diferença de idade grande, tá, não impossível de ser ignorada, mas pra porra da sociedade isso é quase um crime.
Sermos primos e eu ter uma afeição tão grande por sua mãe, só tornava a merda toda pior. Mauricio não entendia, e eu realmente não tinha saco para explicar, pois pra ele cada mulher que eu pegava era simplesmente maravilhosa, não nos apegávamos no final da história, todos tinham prazer e por um instante tudo era inesquecível, perfeito né? Mas não era, porque nada até agora me fazia esquecer ela.
Deixe-me esclarecer, não éramos primos diretos, mas isso não queria dizer que não éramos parentes de certa forma, e a cada encontro era uma tortura para meu corpo e minha mente já afetada.
- Oi prima, como andam as coisas? - falei a Clarice que tinha mais duas filhas, fora Amanda. Eram Claudia e Marina. Dava-me bem com elas, sempre passei em sua casa todas as datas comemorativas, e Clarice e minha mãe eram quase irmãs, apesar de serem elas as primas de verdade.
- Nossa Thi, como está magro... Vem tenho um assado no forno, fica pra jantar. – ela me puxou para dentro de sua casa agindo como minha mãe, ela e minha mãe eram tão parecidas que até tinham as mesmas neuras e manias.
- Não prima, eu agradeço, mas não quero atrapalhar...
Merda, nesse exato momento Amanda entra na cozinha com aquele shorts curto pra cacete, me deixando babando, e ela esta cada dia mais linda, observo quanto fica vermelha ao me ver, e sei que é o mesmo efeito que causa em mim.
- Amanda, olha aqui seu primo, vem cumprimentá-lo menina.
Ela fala um “oi” e sai de fininho.
- Esses adolescentes, tudo igual, na internet falam com Deus e o mundo, e quando é alguém da família sai correndo que nem caipira...
- Deixa ela prima, são assim mesmo. – mas eu sabia o motivo de se esconder, era o mesmo que fazia doer no meio das minhas pernas. – Ela logo sai dessa fase.
- Deus te ouça, porque viver com uma adolescente de dezesseis anos não é fácil não, e olha que já passei por duas antes dela – ela diz e eu não consigo parar de pensar nela, eu sigo seu olhar inocente e seu corpo de moleca. - Vem, vamos comer.
Sentei a mesa, de frente para a porta da sala, onde pra minha alegria e perdição balançava as pernas no braço do sofá, apoiando a cabeça nas mãos, caralho, tinha que parar com isso, se não ia armar a barraca ali, mas ela era tão delicada, pele morena clara, cabelos ondulados, na altura do ombro, algumas sardas sobre o nariz. Até o cheiro dela me deixava louco.
- Thiago? - voltei meu olhar para minha prima Clarisse.
- Hum, que foi? - ela me olhava em duvida.
- Perguntei sobre a empresa, como anda? - ela colocava uma xícara de café sobre a mesa. – Sua mãe me disse que está fazendo sociedade com um amigo da escola.
Parei de olhar para as deliciosas pernas da menina inocente que estava longe do meu alcance, e voltei a olhar Clarice.
- Isso... Ele é mais novo que eu, mas estudamos na mesma série do ultimo ano, eu voltei a estudar, sabe, pra poder melhorar de vida, depois de tantos anos. E ele estava terminando o ensino médio, um cara novo, mas genial. Acho que agora melhoro de vida prima.
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CONCEDA-ME SEU PRAZER
RomanceThiago Nunca fui chegada em histórias de amor, nem em grandes finais românticos. Mas quando envolvia a minha vida, a coisa era outra. Não sou um cara de meias atitudes, nem de deixar oportunidades passar. Eu sempre a quis, e eu ia ter ela pra mim...