Capítulo 17 - Amanda

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Olhei para lado e ele me encarava com aquele sorriso perverso e maravilhoso no rosto.

Ele. O que me completava, que me fazia tremer de prazer, que me fazia sorrir sem motivo exato, o que fazia qualquer cara nesse mundo parecer um bosta, o cheiro perfeito e todo o desejo que tinha dentro de mim, e ele era meu. O que exatamente ele era, ainda não sabia te dizer, claro, eu ainda estava pensando em coisas como “qual o próximo passo”, “como devo chamá-lo”, “onde isso vai dar”, “quantos filhos teremos”, porra, odeio esses pensamentos, ainda que o conhecesse minha vida inteira.

Me movi e sentia-me pesada cansada, ate sonolenta, resultado de um boquete delicioso, seguido de uma foda bem dada no chuveiro, e mais um meia nove de matar na cama, finalmente Thiago se sentiu satisfeito e eu acabada e feliz. Logo pegamos no sono.

Mas era domingo e eu acordei ao lado daquele homem perfeito, pena que tinha que ir trabalhar mais tarde, ser enfermeira tem seus lados bom e ruim, e o lado ruim agora era ter que sair dos braços dele pra ter que ganhar a vida no plantão.

 Vi o sorriso surgir no rosto dele novamente, junto a uma risada gostosa e fiquei curiosa.

- Qual a graça?

- Você ronca... - o sorriso dele aumentava.

- Mentira! - me levantei nos cotovelos e voltei a encara-lo.

- Sim... E fala também! 

Ele colocou os braços atrás da cabeça e vi seus músculos de seu peito e braços tencionarem, enquanto ainda sorria. Caralho como ele era musculoso, devia estar malhando, opa será que as menininhas corriam atrás dele na academia?

- Não é verdade... Me joguei de volta no travesseiro encarando o teto e cruzando os braços, fingindo estar chateada.

- É sim... E o sonho que teve parecia... Interessante!- seu olhar de lado encontrou o meu e me deixou ainda mais puta - Então eu sou a melhor transa da sua vida?

- O QUE? - ele estava blefando.

- Suas palavras foram "o pau mais gostoso da minha vida" e depois um suspiro e um gemido chamando meu nome "Humm Thiago"...

Ele imitava minha voz e sorria pra mim.

Porra, pior que eu estava molhada, devia ser verdade. Desenrolei o lençol e tentei levantar, mas ele me puxou tão rápido que já me sentia presa por suas pernas e braços.

- Onde pensa que vai??

- Ia ao banheiro... Posso?

- Hum, acho que não, a não ser que seja pra tomar banho comigo. – ele ainda ria de mim, e eu me sentia idiota. Puts, como ele conseguia me fazer tão bem mesmo me fazendo sentir tão boba.

- Você é um sem graça. – dei um sorriso me rendendo ao seu toque, e creia, ele estava de pau duro já, e óbvio eu o queria de novo, e de novo. Isso era loucura, tudo era uma loucura sem tamanho.

Eu tentava não pensar demais como ele havia me pedido, mas era quase impossível.

- Você esta fazendo de novo amor... – ele colocava um dedo no meio da minha testa.

- O que? - encarei-o, pois todas as vezes que me chamava assim, era como se meu coração desce uma descompensada e saísse do lugar.

- Pensando. Esta pensando demais... – ele desceu sua mão em meu rosto e me deu um selinho.

- Thiago, você sabe que temos que enfrentar muita coisa, não é... – toquei seu peito, firme, poucos pelos, mas ainda totalmente quente e másculo, droga, estava ficando ainda mais molhada. -... Daqui duas semanas tem o aniversário do meu cunhado, marido de Claudia.

- Eu sei, e eu fui convidado, acho que será uma ótima oportunidade pra podermos assumir... – ele falava com quem conta uma receita de bolo.

Ele estava maluco, porque Claudia era pior que Marina, quase comeu meu fígado quando contei a ela que tinha saído com ele. Certo, isso ia ser mais difícil do que eu imaginava.

- Acho que podemos esperar mais um pouco pra isso, afinal, estamos começando agora... – minha barriga já doía, só de imaginar toda a família junta, tias, tios, primas, e minhas irmãs, vendo eu e meu amado primo, entrando de mãos dadas na festa de aniversário do meu cunhado no sitio. Foda!

- Acho que você já é grande o suficiente pra fazer suas escolhas amor. E que se foda o que todos pensam, afinal eles não pagam suas contas e nem as minhas, se quisessem, eu não me importaria, mas não pagam.

Ele me encarava com firmeza, e todas as duvidas que sentia por um momento se apagaram. Afinal, quem sofre por antecipação, sofre duas vezes, e eu queria apenas sentir, apenas me permitir pela primeira vez estar com ele sem ter que dar razão aos meus pensamentos inúteis, ao menos por hora.

- Ok, vou pensar sobre isso... Amor! Bom, agora preciso ir realmente ao banheiro... – tentei me soltar dele, rindo enquanto ele ainda me fazia cócegas. -... Thiago pare, se não vou acabar fazendo xixi aqui... – eu ria e sentia aquele fiozinho de xixi querendo escapar.

- Ok, vai lá, nada de chuva de prata em mim...

Eu levantei e olhei para ele em duvida?

- Chuva de prata?? -

- Eu leio amor, e muito, aprendo algumas coisas... – ele estava naquela pose de foto para cueca Calvin Clain e eu o queria muito, ele era perfeito, era tipo macho alfa sabe, forte e grande pra caralho, dessa vez, eu não estava com a buceta assada, mas sim pegando fogo pra dar pra ele novamente.

- Que tal me mostrar algumas delas no banho...? - mal terminei a frase o vi correndo em minha direção e sai correndo, trancando a porta do banheiro e rindo. –... Mas primeiro preciso fazer minhas necessidades SEU TARADO. – comecei a rir ainda mais.

Ouvia-o rindo também.

- Vou preparar o café, mas dessa vez não vou sair Amanda, não quero lhe dar tempo de fugir. Você é minha viu... – ouvir aquilo me fez rir e soltar aquele suspiro de alivio.

E realmente era verdade, eu não tinha sido de mais ninguém todo esse tempo eu vinha sido apenas dele. Inteiramente dele, cada pedaço dolorido pós-sexo do meu corpo era dele, só dele. E eu tinha que aceitar isso, porque, porra, eu estava feliz pra caralho.

Precisava começar a lutar contra minhas caraminholas e neuras, e agora lutar pra que isso desce certo. Porque finalmente eu tinha tomado uma decisão, e puta que pariu, estava morrendo de medo de não poder ser o que Thiago tanto queria. 

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