Capitulo 50 - Thiago

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EU ODEIO SER COBRADO, porra eu estava tentando resolver um pepino de um cliente, e ainda não tinha recebido noticias de Amanda, e aí Mauricio me liga comendo meu rabo, por causa da entrevista com a tal Diana? Aí meu caralho. A sorte dele é que alem de sermos sócios, e eu gostar muito dele, eu sabia que ele não tava raciocinando direito.

Eram quase 18h, e eu finalmente consegui sair do cliente. Peguei o celular e não tinha nenhuma ligação ou mensagem da Amanda, merda, odeio essa coisa de dar um tempo, da um tempo comigo então porra! Eu juro que estava a ponto de ir ao apartamento dela e acabar com essa coisa toda, mas eu não queria dar mais motivos pra deixa-la nervosa e tinha essa coisa toda do Mauricio. Ai cacete viu.

Peguei a mensagem dele e segui para local que já conhecia. Ia ver a tal mulher que era tão interessante pra ele.

Entrei na rua com o carro e já o via sentado em uma mezinha do lado de fora de um barzinho, que tocava MPB, ele sorriu e levantou a mão ao me ver de longe no carro, de lá já dava pra ver a mulher, que estava de costa pra mim, com uma blusinha de um ombro só, e deixando a mostra uma tatuagem. Depois que estacionei, me aproximei da mesa e uma terrível dor de cabeça se aproximava, puta que pariu, eu conhecia aquela tatuagem e a dona dela também, a bendita flor de lótus era da diaba. Quer dizer, da Diana, caralho como não me liguei, a Maria Diana era a Diaba da Tequila. Ai, ai, ai, ok Deus, vamos parar com as pegadinhas, porque meu coração não vai aguentar tanto maluquice.

Mauricio estendeu a mão e me cumprimentou.

- Thiago, essa é Maria...- ele começou.

- Diana, olá. – disse completando a frase dele. – Acho que já nos conhecemos não é?

Ela levantou e abriu um sorriso enorme e branco, estava linda como me lembrava dela, na verdade lembrava muita coisa dela.  

- Thiago?? Nossa, que mundo pequeno esse... – e ela parecia a mais confortável de nos três ali.

- Minúsculo diria. – respondi a ela, que agora me abraçava com muita intimidade, até mais do que gostaria, depois falam que homem é safado, levemente sua mão passou por minha perna, próximo ao meu bolso, enquanto me dava um beijo na bochecha, sem a menor cerimônia. Droga, droga, droga, não podia deixar isso acontecer.

- Vocês se conhecem já? - Mauricio parecia confuso, pois é, bem vindo ao clube, não era o único.

- Sim. – dizemos juntos.

Ok, isso foi muito, muito esquisito. Sentamos-nos à mesa, e Mauricio começou a falar do projeto, tentando impressionar Diana, mostrando a ela o quanto era descolado e maneiro, cara ele voltou a ter quinze anos, ou tudo isso era desespero pra esquecer Marcela. Eu tentava ficar por fora, apenas assistindo os encantos dele, mas era óbvio que ele já tinha bebido de mais e que tudo aquilo era uma maneira de dizer que ele ainda estava bolado e fudido por outra mulher, e que de repente ele tinha que ser um pegador para esquecê-la, fato, isso não ia dar certo, sabia por experiência própria. E já havia varias garrafas de cerveja em cima da mesa.

Claro que Diana conseguia levar melhor o álcool do que ele, já tinha visto esse filme. Então depois de vê-lo começar a ficar no clima “eu te amo brother”, e começar a me abraçar na frente dela, decidi que era hora de ir embora.

Mas Diana tinha mais planos. Os piores.

- Vou, vou ao banheiro cara! Mas eu te amo, v-viu... – Mauricio levantou meio tonto e seguiu para o banheiro.

- Vai lá cara. – o silêncio se estabeleceu, e vi Diana me olhando com ar de EU VOU TE COMER. Cara ela era mais rápida do que eu me lembrava.

- É uma pena que tenham mudado de lugar. – ela disse se aproximando da mesa e de mim.

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