Capitulo 52 - Thiago

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Para tudo nessa porra, EU ESTAVA FELIZ PRA CARALHO! Quando levantei pela manhã, estava tão bobo, que parecia que tinha ganhado na mega sena. Fala sério, quando eu achei que tudo estava perdido, mais uma vez Amanda veio e me surpreendeu.

- Vamos bobinho... – ela disse pra mim, enquanto sorria sem parar pra ela, segurando a mala de mão dela. –... Bem, acho que peguei quase tudo...

- E o resto? - perguntei, lembrando que aquele apartamento tinha sido de seus pais, e ela tinha ficado com ele quando eles morreram. Cara, ainda tinha isso, ela tinha aberto mão de ficar a onde estava, aonde tinha tudo que lembrava os pais, pra simplesmente ir morar comigo. Eu tinha que fazer o melhor pra que ela aceitasse a minha ideia. Tinha certeza que isso era quase uma ultima tentativa para nossos amigos e o começo de um novo capítulo para nós.

- Já cuidei de quase tudo amor, liguei para Marina e ela e Claudia vão fazer partilha de algumas móveis que eram dos nossos pais, e vamos colocar a venda o apê a partir de amanhã. – ela parecia mais firme do que nunca com aquela decisão. Era hora.

- Então suas irmãs aceitaram numa boa tudo isso? - falei cercando terreno.

- Claro, quer dizer, Marina é uma porra louca, então pra ela qualquer coisa é festa, quanto a Claudia... – ela respirou fundo quando entramos no carro, pra sair pela ultima vez da sua casa -... Bem ela não tem muita escolha, afinal, quem manda na minha vida sou eu, quer dizer, agora seremos nós... Então to cagando e andando pra ela...

Sabia que não era bem assim que ela se sentia, mas ela estava se esforçando pra que nada mais impedisse de seguir adiante.

- Então não acharia um absurdo nos casarmos tipo... Sei lá, esse final de semana? - disse distraído fingindo não ver a reação dela a minha ideia, enquanto dirigia às 6h da manhã pra minha... Não, a NOSSA casa.

- Para de brincadeira Thiago... – ela me deu um tapa no braço rindo.

- Ai, quer me fazer bater o carro amor? - disse fingindo preocupação. – E porque não? Olha já temos a casa, e praticamente todos os moveis, uma coisa ou outra eu sei que vai mudar, e isso não vai ser problema, então porque não?

Ela estava de boca aberta, tentando raciocinar. Eu sei, eu sei, é muita coisa, é rápido de mais, mas o que não foi até agora com a gente? Porra, já que era pra fuder, vamos fuder com classe caralho!

- Esse final de semana? - ela repetiu me olhando.

- Sim. – respondi sorrindo, entrando no estacionamento – Mais especificamente sábado.

 Estacionei e sai do carro, enquanto a via abrir um sorriso e uma lagrima cair, Deus tudo essa mulher chorava????

- Ai eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo amor... – ela saiu do carro e pulou encima de mim, me enlaçando com a suas pernas e me enchendo de beijos, mordidas e algo que eu sabia no que ia levar.

- Calma meu amor, calma... Ainda temos que preparar tudo. – disse pra ela em meio aos beijos e risos – Tenho que falar com Mauricio, afinal ele vai ser meu padrinho...

Ela parou de me beijar e me encarou ficando seria. O que eu tinha dito??? Ai caralho...

- Merda... – ela disse, descendo do meu colo.

- Que foi amor?

- A minha madrinha será Marcela... – ela começou a roer uma unha e aquilo era sinal que tinha algo a incomodando. -... Acho que será meio desconfortável pra eles... Ai que porra viu...

- Calma, bom, primeiro vamos agilizar pra que tudo de certo pra sábado, afinal na segunda feira Mauricio viaja e eu o quero nesse dia ao meu lado... – passei a mão sobre o cabelo dela, tentando suavizar a cara de brava dela. – Agora vamos que temos que desarrumar suas coisas, na sua NOVA CASA, e começar a planejar o NOSSO CASAMENTO...

- Tô adorando esses pronomes possessivos, nosso, meu, minha... Ai ai Thiago Lambrini... – ela me beijou o pescoço e virou carregando uma das suas malas, mais calma.

- Eu prefiro OS SOBRENOMES futura senhora Lambrini...  – dei um tapa na bunda gostosa dela e sorri com o gritinho que ela deu. Sexy pra caralho. Fato ia chegar atrasado ao trabalho. Mas por um ótimo motivo.

Três horas depois, um belo de um sexo oral na minha futura esposa e um banho a dois bem tomados, estava entrando na empresa com um sorriso de orelha a orelha. Fui direto pra sala de Mauricio. Porra ele tava um trapo. Fiz o que todo amigo faz nessas situações.

- BOOOOOM DIA RESSACA! – gritei sorrindo pra ele, que me encarava com uma cara que ia me socar ate a morte.

- Valeu babaca, minha dor de cabeça agradece... – ele colocou a cabeça nas mãos ainda sem nem vestígio de felicidade. – Viu o passarinho verde é?

- Não, mas tenho uma bela beija flor na minha casa... – falei citando um dos livros favoritos de Amanda, ela tinha uma paixão inexplicável pelo tal Belo Desastre, e mantinha o livro ao lado da cama, como se fosse a própria bíblia.

- Ixi, eu que bebo e tu que fica doido... Que beija flor é esse? – ele abriu uma cartela de analgésico e mandava pra dentro com uma garrafa de água.

- A minha porra, Amanda. – coloquei meus pés encima da mesa dele e cruzei os braços atrás da cabeça. – Eita vida boa da porra...

- Seu arrombado, vem aqui esfregar sua felicidade na minha cara... – ele empurrou meus pés da mesa, enquanto seguia pra janela que tinha de frente pra mesa. – Belo amigo...

- Belo amigo mesmo, afinal vim aqui avisar ao meu PADRINHO DE CASAMENTO, que sábado tem que estar impecável na porra do casamento do melhor amigo dele...

Falei esperando ele responder.

- O que? Ta bom Thiago, chega de piadinha... Hoje vem o outro interprete, um homem, velho por sinal, acho que não corro risco dessa vez...  – ele virou com os olhos cerrados, mudando de assunto e ainda duvidando de mim.

- E eu sou cara de brincar com isso caralho? Claro que to falando serio, Amanda já está até morando comigo porra!

- Mesmo? - ele já sorria.

- Mesmo Mauricio, puta você é chato de ressaca hein... – disse rindo, já me levantando e atacando uma caneta nele – E aí tem planos pra esse fim de semana ou não?

Ele veio com tudo e me deu um abraço de urso, quase me derrubando. Porra ele era maior que eu, e grande, mas parecia um bebezão me abraçando e chorando ali.

- Ai filho da puta, sabia que valia pena ir pra China, porra, e Amanda como tá com essa maluquice? - ele disse limpando uma lagrima, bem macho esse meu amigo né?

- Maluca! Mas ela achou uma pessoa certa pra ajudá-la, quer dizer duas, Marina e Marcela estão “assessorando” minha noiva...

- Marcela esta... – sua fisionomia mudou de imediato, cacete, ele ainda estava sofrendo por ela, Amanda tinha razão isso ia ser foda. – Ela está bem?

- Está em casa. Amanda tem ajudado ela... Você tem falado com ela? - falei afinal, sabia que ele estava resistente, mas morrendo de vontade de vê-la. Afinal ele era um romântico, preso num corpo de nerd que queria ser putão porque estava perdidamente apaixonado por alguém que não o queria. Louco né? Eu disse no começo dessa historia que era assim.

- Não, melhor assim... Acho que ela está melhor sem mim... – ele voltou pra mesa e começou a mexer no computador.

- Bom se quer saber, acho que vai poder vê-la com os próprios olhos no sábado... – segui pra porta, indo em direção a minha sala -... Ela vai ser madrinha da Amanda, acho que será um casamento e tanto. 

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