Capítulo 37- Mauricio

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Nossa, eu tava uma confusão só, mas claro que tava mega feliz por meu amigo, porra ele tava finalmente se entendendo com o amor da vida dele, e mandando um belo “FODA-SE” para todos e isso só queria dizer que as decisões que tinha tomado eram as mais certas possíveis.

- Então Mau, diz pra mim, você é um empresário? - parei de prestar atenção na cena mais cômica do final de semana, de Thiago e Amanda indo pra dentro da casa, quando Fernanda, a prima da prima de Thiago voltou a falar.

Cara a mina era gata, tá, tinha uns dezessete, talvez dezoito anos, era novinha claro, mas as novinhas pegam fogo também, e pelo jeito que a coisa ia naquela relação de PA e BA com Marcela, hoje o máximo de fogo que teria, seria o da churrasqueira.

- Sou... Quer dizer, sócio na verdade. Eu e Thiago dividimos a mesma empresa. – falei olhando pra ela.

- Ai que tudo, isso parece excitante.

Ela estava encantada, claro, devia ler aqueles livros de CEO’s engravatados, cheios de carros top, e fudidão, que pega a mina, dá uns tapa da bunda e banca uma vida de luxo. Essas fantasias malucas das mulheres só me faziam rir, o lado bom era que muitas se tornavam mais safadinhas, e cara, o sexo era bom demais. Marcela era uma delas, só de pensar nas nossas fodas bem dadas, já começava a ficar balançado de novo.

Se ao menos ela parasse de ser tão louca. “NÃO, para, ela tá te usando!” Tinha que me lembrar disso constantemente, que porra de homem mole eu tava sendo, “Foca na ninfeta gostosa”.

- Ah é, você acha? - perguntei a ela.

- Muito, tipo, com reuniões, negócios, viagens, deve ter até algumas secretárias a sua disposição não é MauMau? - eu ri do apelido que ela tinha me dado, essa menina não brinca no serviço cara, tava me olhando com aquele olhar tarado, e se insinuando, porra difícil resistir hein.

- Não, secretárias não, uma talvez... – eu ri dela, enquanto senti sua mão me tocar -... Mas viagem sim, vou para a China daqui alguns dias. Ficarei por lá uns seis mesas, para realizar novos contratos...

Ela sorriu e abriu a boca pra falar, mas parou no meio olhando pra cima, atrás de mim.

- China? - ouvi a voz baixa e carregada de Marcela.

Virei na cadeira que estava sentado na beira da piscina e encarei-a. Porra, não era assim que tinha planejado falar pra ela, mas que cacete, porque ela tinha que ouvir isso, puta que pariu.

- Sim. – respondi, me senti um bosta, mas me mantive firme.

Ficamos nos olhando por alguns minutos e pode ser que meu coração retardado podia ta tentando me enganar, mas porra ela parecia triste com a noticia.  Aquele fio de esperança filho da puta surgiu em mim, se ela realmente se sentia assim talvez, talvez, eu estivesse enganado quanto o que ela sentia sobre mim.

- Legal, é bom saber que consegue se sair bem em alguma coisa afinal. – ela disse quase cuspindo as palavras, voltando a ser a insuportável que era.

- É o que você acha? - Levantei quando a vi virar as costas pra mim e seguir para a casa.

Cara, sei que é errado bater em mulher, mas porra meu sangue ferveu com aquele comentário dela, quase fritando meu cérebro, caralho, queria pegar ela no colo e dar umas belas palmadas naquela bunda gostosa.

Ela me olhou por cima do ombro e balançou a cabeça, continuou andando sem falar mais nada, CACETE ela era mais maluca que todas as mulheres da minha família!

Eu tinha que escolher a mais malucas delas. Sentei e fiquei encarando a piscina.

- Ela e você são... – começou Fernanda.

- Não, quer dizer... – a vi sumindo pela porta enquanto os demais convidados começavam a se recolher, já era quase 1h da madrugada - ... É definitivamente não.

Fernanda podia ser uma menina, mas entendeu a maluquice que existia entre eu e Marcela. Pois logo se levantou e foi para a casa também.

Fiquei ali sentado talvez por algumas horas, não sei quantas no exato, só sei que quando olhei pro lado já tinha tomado umas sete ou oito latas de cerveja, já tava me sentindo “alto”, no nível cara corajoso com bolas.

Levantei, e deixei que todos os meus pensamentos sobre a Marcela, a viagem, nós, tudo me impulsionasse a fazer o que estava planejando. Eu ia mostrar pra Marcela que eu era bom em mais uma coisa, e ela ia entender que quem estava perdendo nessa porra toda era ela e não eu.

- Eu sou putão, eu mostro quem manda nessa porra... – falei pra mim mesmo, seguindo pro quarto dela e Amanda. 

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