Capítulo 39 - Marcela

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Nossa, podia estar numa situação pior que essa, eu definitivamente estava fudida e mal paga. Mauricio ia viajar pra China, nos próximos dias, e eu aqui achando que ainda podia existir alguma chance de a gente se entender.

Filho da puta não teve a consideração de me contar. Não devia valer nada pra ele mesmo, nada vez nada, multiplicada por porra nenhuma. Como eu sou idiota.

Eu andava de um lado pro outro no quarto dele, tentando me acalmar, me reestabelecer na merda que tinha me metido, porque de repente ele me parecia tão impossível, e eu sabia que isso só podia dizer uma coisa. EU AMAVA MAURICIO.

- Cacete... – resmunguei. Eu queria sumir, pegar o carro de alguém daquela casa e voltar pra casa, ainda mais que tinha que voltar pela manhã, domingo tinha plantão, mas graças a minha amiga, tinha que ficar esperando que aquele Nerd tivesse a bondade de me levar de volta.

Sentei na cama e coloquei a cabeça entre as mãos, porra, pra piorar ia ter que dormir no quarto dele, com ele, ia ter que encarar a minha realidade. Ele ia embora e eu o amava, e tudo estava perdido, porque ele tinha tomado essa decisão sem pensar em mim. Sem pensar no que tínhamos.

Mas no final das contas, O QUE REALMENTE TINHAMOS?

Deitei em uma das camas de solteiro que tinha no quarto e fechei os olhos, me sentia tão cansada, tão pesada. Peguei no sono sem perceber tentando achar uma saída.

Mas quem dorme com alguém fudendo no quarto do lado igual a um filme pornô de quinta? Caralho, Thiago tava metendo vara na minha amiga, ou meu Deus, e eu aqui, sozinha no quarto, chupando o dedo, sendo que podia chupar outra coisa! Como eu conseguia pensar em sexo numa hora dessas?

Virei pra um lado, virei pro outro, mentalizei um mantra da paciência, PORRA, nada, eu ia ficar sem Mauricio. E eu sabia que era culpa minha, toda minha, pó me envolver e deixar se levada pela lábia dele, que era tão frio quanto Lucas tinha sido, e eu novamente cai na mesma armadilha. Só que dessa vez era pior, era imensamente pior.

O silêncio se fez. “Graças a Deus”, pensei quando Amanda parou de gemer e clamar por Deus. Credo, será que eu era assim, comecei a rir, porque o que me restava fazer era rir pra não chorar né?

Quando finalmente comecei a cochilar ouvi tropeços no corredor, e resmungos.

Cacete que essa casa ta parecendo um hospício ou um puteiro, verei pro lado e ouvi, duas pessoas conversarem e falarem meu nome. Essas paredes são do que? Papelão?

Sentei na cama, e logo em seguida Mauricio abriu a porta, me encarando.

Ficamos nos fitando por um tempo. Ate que levantei e segui até a porta, não ia dormir lá, não com o que sentia, não com o que ele tinha decidido, não com a merda daquela situação.

- Aonde você vai? - ele me puxou pelo braço, me segurando, maior bafo de onça.

- Me solta... – resmunguei, ele estava alterado, mas não ao ponto de não saber o que fazia.

- Não, eu não vou soltar! – ele me apertava mais – Você...

- Mauricio eu vou gritar!

Ameacei, porra ele estava muito perto, eu sabia que ele estava nervoso, irritado até enfurecido com o modo que eu tinha agido, mas o que ele esperava? Se eu não tivesse feito as coisas desse jeito, talvez ele não tivesse se mostrado realmente pra mim.

- Então... – ele me puxou pra si, me apertando com força contra seu corpo, porra ele tava duro que nem um pau, sentia sua ereção sobre minha barriga - ... G.R.I.T.A.!

- Eu vou! – desafiei ainda mais.

Ele me prendeu em um beijo de matar, porra, como resistir, eu queria tanto ele. Tá, queria mais não queria, tá eu estava mais confusa que Nina na novela Avenida Brasil.

- Vai, grita! – ele me soltou por um momento apenas para me encarar – Mas grita quando eu mandar.

Ele me arrastou até a cama, me prensando com seu corpo pesado, me devorando com a boca, me deixando não molhada, ENCHARCADA, no estilo descomunal, caralho, ele tinha alguma macumba, só podia, porque eu não conseguia resistir, nem lutar.

Mauricio levantou meu vestido, me masturbando com seus dedos. Fazendo-me arfar, tremer, porra, eu tava queimando de desejo e raiva, impaciente, abri a calça dele, pegando na mão a pica dura que me tentava, caralho, era possível me sentir tão excitada só em tocá-lo, só em fazê-lo tremer e gemer quando eu tocava.

Pode falar o que quiser, ele podia não me amar, mas que eu o fazia perder a cabeça, eu fazia, e já que ele ia embora, eu ia aproveitar o que tinha nas mãos, literalmente. Deslizei meus dedos por seu pênis duro que nem rocha, por algumas vezes, depois soltando por alguns segundos enquanto ele tirava minha calcinha, então em um golpe, sem cerimônia, sem tirar todas as roupas, ele se enterrou em mim, me fazendo gritar de prazer e fúria.

-Aaaaaaaaaaah porraaa... – ele me mordia e continuava sendo firme, forte, até violento, caralho, estilo matador, perfeito para uma despedida, para uma última foda.

- Grita... Marcela... Porque eu... Vou mostrar no que eu sou bom... – ele dizia em meu ouvido, gemendo e metendo ainda mais em mim.

Logo estava chegando ao meu limite, sentindo o corpo tremer, e ele ficar ainda duro dentro de mim, porra, gozei tão violento que sentia o ar sumir dos pulmões enquanto gritava de prazer e raiva o nome dele.

Pegamos no sono, e eu senti aquela pressão no peito aumentar com o calor do corpo dele em volta de mim.

Fato! Essa seria uma noite daqueles pra não esquecer, ninguém literalmente após tantos gritos, gemidos e trepadas sacanas nessa casa. Só esse não tinha sido um dia qualquer, era pra se lembrar pra sempre, e talvez o melhor momento que nós tivemos juntos, eu e Maurício, o último, porque a única coisa que levaria de Mauricio comigo depois dessa noite seriam as boas fodas.

Mas que isso. Sim, eu estou grávida e seria o filho dele que iria me lembrar das cagadas que fiz a mim mesma. Pois ele ia partir por decisão dele, e eu ia me calar por decisão minha.

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