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Rígel ON
Estou tão ansioso, mesmo sabendo que é só um filme, me fez ficar pensando nesse dia a semana inteira, mesmo antes de ouvir um sim de sua boca, aceitando vir aqui hoje.
Entro em casa com as compras da comida, deixo tudo na geladeira e vou até o quarto tomar um banho.
Convencê-la de aceitar o convite não se fez necessário, dei um tempo e mostrei que podia confiar em mim. E ela pode.
Sou incapaz de machucá-la.Após algumas horas ouço o telefone tocar e o porteiro avisa de Ella, confirmo a subida dessa nova amiga. Essa será a primeira vez que vou vê-la sem estar de noite. A luz da lua sem dúvidas a deixa belíssima, mas ver cada detalhe do seu rosto com clareza me deixa ainda mais animado.
Desligo a torneira e vou até a entrada, passo ambas as mãos no pano de prato que deixei no ombro, uma se mantém no tecido ao passo que a outra abre a porta.
É a primeira vez que vejo Ella fora do trabalho, isso inclui a roupa, nunca tinha visto ela com outra peça sem ser a do uniforme. Menos no dia em que brigou com Kiria, mas não prestei atenção no seu físico naquele momento.Uma blusa branca curta que deixa sua barriga um pouco amostra, com um short preto cintura alta favorecendo muito suas pernas, que são lindas.
O que a deixa com um ar fofo no meio de uma roupa tão sexy, é sua blusa de frio xadrez, vermelha e preta, que vai até os joelhos.— Rígel. — Chama sem cortar o contato visual. Deveria me sentir desconcertado, pois fica óbvio que me pegou olhando seu corpo. Deveria, mas não consigo. — Bonito, — Pigarreia. — esse pano.
— Pano?
— Fofo. — Corrige apontado na direção do meu ombro. Tiro o pano que estava usando pra secar as mãos, e observo seu desenho de flores coloridas. — Esse não foi o melhor cumprimento, não?
— Foi único. — Dou de ombros, tentando disfarçar um sorriso ao vê-la tímida. — Agora eu?
— Claro. — Ri. Sem qualquer pudor me aproximo do seu espaço pessoal, tragando seu perfume suave. Deixo um beijo em sua bochecha, abrindo espaço para que passe pela porta.
— Foi difícil achar minha casa?
— Digamos que não muito.
— Pediu informação pra alguém na rua, não é?
— Sim. — Cora.
— Por que não me ligou? Eu te buscava.
— Capaz de acabar os dois perdidos. — Ri. — Acha que eu não conheço seu senso de direção, mocinho?
— Não esquece que nos conhecemos por culpa dele. — Defendo e sou seguido até a cozinha. — O que gosta de comer? Comprei de tudo um pouco.
— Impossível esquecer. — Paro um instante para fitar seu rosto antes de abrir a geladeira. Essas duas palavras sairam com tanta naturalidade, que parece nem notar a profundidade do significado delas. — O que você estiver ai, está ótimo pra mim.
— Menos legumes e mais carne, aposto. — Provoco e a vejo concordar com um bico nos lábios. Começo a colocar os ingredientes em cima do balcão, tendo em mente a receita. — Perdi um pouco a noção do tempo no mercado, então ainda vou preparar o almoço.
— Gosta de compras?
— De comida sim, fiquei até um pouco perdido.
— Pegar legumes já embalados, ou os que ficam a céu aberto? Eis a questão. — Pronuncia teatral.
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Cinturão de Órion (COMPLETO/REVISÃO)
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