Capítulo 23

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Bellatrix ON


    — Nunca sentei minha bunda em algo tão caro. — Comento com Kennedy, assim que lembro do Onix estacionado lá fora.

    — Já eu não posso dizer o mesmo. — Ri. — Ele tem muita sorte, ou é muito inteligente pra ter conseguido subir tão rápido assim, até ontem não tinha nem uma muda de cueca.

    — Talvez os dois Ken, esse homem tem futuro. — Retruco com um sorriso orgulhoso.
 
      Um futuro que ele faz por merecer, Betel correu atrás de tudo que está conseguindo. Mesmo com sua sorte o ajudando, não muda o fato que tem inteligência para avançar na carreira.
       E vê-lo crescendo assim, me trás um orgulho inacreditável.

     — Sorte sua, um homem lindo, recém rico e de quatro por você.

    — É algo casual Ken! — Rebato rindo. — O que temos é uma amizade colorida.

    — Falei o mesmo de todos que sai, sabe o que aconteceu?

    — O que?

    — Me fudi, e não de um jeito bom.

    — Você ainda vai achar o certo Ken. — Viro os copos secos pra cima. — Senti um Déjà-vu falando isso.

    — Depois de tantos errados, estou achando que eu sou o certo disso tudo. — Resmunga fazendo careta. — Deixa eu adivinhar pra quem foi que disse, a Lana banana?

    — Hey! Vocês dois precisam fazer as pazes! Convivem como dois animais.

    — Convivemos? Na verdade nos suportamos. — Corrige estalando a língua. — O bom é que faz tanto tempo que não a vejo, que já esqueci aquele rosto traíra. Nunca fui com a cara dela.

    — Foi sim, vocês parecem duas crianças que quando gostam vivem implicando um com o outro.

    — Da fruta que ela baba eu chupo até a folha. — Com a frase vem acompanhado um sorriso largo e charmoso que só ele sabe dar. — Enquanto ela não cruzar meu caminho, vou dar pulos de alegria.
  
    — Aconteceu, passado é passado, ela não é a mesma pessoa e você também não.

    — Me ferrou do mesmo jeito, repito, eu a suporto e aturo me recuso a conviver com uma tampa quebrada.

    — Tampa quebrada? — Repito levantando uma sobrancelha.

    — Prego torto. — Diz como se fosse óbvio o significado.

    — Prego torto?

    — Boca sem prega, sacola sem fundo, uma... — Respira fundo e me lança um olhar brilhante. — uma pettegolezzo como diria seu tio Giorge. — Abro a boca e solto um sorriso repreensivo. — Você parece ter esquecido as girias do ringue.

    — Não esqueci!

    — Claro, claro, mas você era a bambina mafiosa, dona das gírias italianas. — Brinca.

    — Ken!

    — Minha boca é um túmulo...principessa. — Completa juntando os lábios em um bico forçado.

    — Você é lindo, inteligente, bem humorado e um coração melhor ainda, se não fosse gay eu já teria dado em cima de você. — Mudo de assunto ignorando seu comentário, mas cada elogio é dito com sinceridade. — Você vai achar alguém, Ken.

    — Falou pra Lana também?

    — Talvez. — Assumo e ele revira os olhos rindo. Mas nós dois sabemos que eu estou certa.

Cinturão de Órion (COMPLETO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora