Entro no restaurante me sentindo um dos vingadores. Pois Betel está do meu lado direito e Rígel do esquerdo, andando feito dois heróis imponentes. Acabo me sentindo um ratinho pequeno, perto de duas ratazanas exuberantes.— Boa tarde! Vocês tem reserva? — A recepcionista diz olhando para os meus homens com um sorriso galanteador. Parece querer mostrar todos os dentes da boca com essa atitude.
Calma.
Meus homens? Eu disse meus homens?!
— Sim, está no nome de Saiph Nieven. — Betel anuncia apoiando um braço na mesa. É notável que faz isso de forma natural, mas parece não ter noção da própria beleza.
Esse pequeno ato com seu braço, já fez o olhar da mulher se focar nos músculos dele, que ficaram marcados no paletó.É uma pena minha querida, mas eu vi muito além do que está vendo. Minha língua coça para dizer isso, mas aperto o maxilar ao perceber meus pensamentos nada saudáveis.
— Certo. – Os olhos da mulher se desviam para um caderno sem tirar o sorriso do rosto, anota algo e sai de trás do balcão. — Por aqui senhores.
— E senhorita. — Aviso com a voz neutra, alto o suficiente para impedir que finja não ter escutado.
— Claro, senhorita também.
Ou ela não gostou de ser corrigida, ou prefere não pensar que estou aqui também, pois o seu sorriso não mostrou tantos dentes igual antes.
Somos levados pela bunda solta, até o andar de cima. Tem até elevador nesse restaurante
Digo bunda solta, pois a bela mulher parece não ter cintura ou osso. Pois rebola a bunda como um grilo no verão.
Grilos rebolam?
— Logo ali. — Aponta para uma mesa mais afastada, perto da janela. Solto um suspiro baixo ao ver que toca o braço do Betel entes de se afastar.
Desvio minha atenção para o ambiente, não é algo que estou acostumada. Mesmo não tendo ouro cravado nas paredes ou um chão de diamantes, fica bem aparente o quanto esse lugar é caro.
Daqueles que se você não tiver dinheiro para pagar a conta, lavar a louça não resolve e ainda lhe colocam na cadeia.
Mas tirando isso é confortável.
Seguimos até a mesa e sinto a mão de Rígel nas minhas costas, me guiando e causando uma sensação bem prazerosa.
Quanto mais nos aproximamos da mesa, consigo ver melhor uma figura masculina sentada passando impaciência, com o pé balançando de forma insistente, um em cima do outro.
Só de ter essa imagem do inferno, começo a me arrepender de ter me deixado levar pela comida grátis.
O cabelo loiro e grande preso com um coque, o deixa ainda mais...rústico. Esse homem tem uma beleza quase ameaçadora. O terno escuro cai perfeitamente bem em seu corpo, deixando ele ainda mais elegante.
Só sua roupa, já faz com que eu me sinta deslocada umas mil vezes desse lugar chique.
Nossa presença é notada antes mesmo de pararmos ao lado dele, assim que Saiph encara Betel vejo ele levantar uma sobrancelha e se levantar. Outro que ignora minha presença, mas diferente da recepcionista, não esboça um sorriso predatório.
— Finalmente, pensei que a humana tinha colocado vocês em cárcere privado. — Ralha com a voz passando irônia.
Dou por início o meu martírio.
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Cinturão de Órion (COMPLETO/REVISÃO)
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