Capítulo 30

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Bellatrix ON

   
      Em cinco minutos que Betel esteve aqui, me lançou mais cantadas que qualquer homem que já tenha sentado a busanfa nesse bar.

    — Ella, Ella, Ella. — Chama com um sorriso na voz, apoiando os dois braços na mesa.

    — O que? — Me viro pra ele, já esperando mais uma.

    — Me chama de cerveja e me tira dessa sua geladeira. — Solta com um sorriso de canto, ousando piscar um olho de forma teatral.

    — Você vai ver onde sua cerveja vai parar. — Brinco rindo.

    — Essa foi boa diz ai. — Insiste e toma mais um gole do drink feito por mim. — Delícia.

       E não, ele não esta bêbado, esse é o Betel normal tentando me tirar do sério, mas adivinha? Ele não vai conseguir, gosto de vê-lo sorrindo desse jeito.

    — Não foi uma das melhores. — Provoco guardando alguns copos vazios na pia.

    — Assim você quebra meu ego querida! — Se finge de ferido.

    — Você parece de bom humor. — Comento lhe jogando um olhar satisfeito.

    — Já sentiu que os ventos estão ao seu favor?

    — Quando subo uma rua com um começo de tempestade iminente? — Suponho levantando uma sobrancelha. Como resposta ele revira os olhos sorrindo bobo. — Pra rir disso seu humor deve estar muito bom.

    — Está ótimo! — Corrije rindo atoa. — Onde fica o banheiro? — Conclui olhando em volta.

    — Isso que dá tomar quatro doses homem. — Advirto séria. — Segue aquele corredor pequeno e depois vira à esquerda. — Explico apontando com o corpo esticado no balcão.

    — Culpa sua que fez uma bebida viciante. — Acusa sujestivo. — Obrigado, já volto. — Completa se levantando e me dando uma bela visão do seu corpo. Agora sem o terno, só com a blusa social e a gravata um pouco solta.

    — Betel? — Chamo, fazendo com que me olhe curioso. — Cuidado, aqui é um bar, acredito que é sua primeira vez em um, então não arrume briga.

    — Fica tranquila Ella, eu sou da paz. — Tranquiliza com um sorriso.

       Vejo sua bunda sumir pelo corredor, e que bunda linda!
  
        Isso me faz lembrar o que me contou, depois de muita insistência da minha parte, que foi o verdadeiro motivo por trás da sua descoberta de tudo que o Gael me fez. Onde eu coloquei minha cara quando Betel, de forma despreocupada, confessou que me emoldurou no seu escritório?!
 
       Se não fosse pela foto, — que não me disse qual, por gostar de me ver curiosa — ele nunca iria saber o que houve pela boca da Liz.

       Mas o quão bonita, ou engraçada, a foto deve ser para fazê-lo pegar tanto apego por ela?

    — O que eu faço com esse homem? — Penso em voz alta. Alta demais.

    — Planejando um assassinato, Srta. Murphy?

     Não acredito que ele está aqui também. Em plena segunda-feira vou ter que aguentar esse homem?!

    — Me seguindo, Sr. Nieven? Se apaixonou tão rápido assim? — Provoco cínica olhando em seus olhos azuis.

    — Nem se você fosse a última mulher da terra. Preferiria ser um Eremita. — Ri seco.

    — E quem disse que eu me importaria? — Retruco levantando uma sobrancelha.

    — Olá também, Ella. — Rígel intervém, soltando um riso discreto.

Cinturão de Órion (COMPLETO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora