Tudo sendo explicado

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Kook

     Deixei Taehyung deitado na cama, sentei no sofá e fiquei velando seu sono.

    Ele era a criatura mais linda que eu já vi, seus cabelos vermelhos estavam espalhados pelo seu rosto corado ainda pelas nossa noite, sua pele levemente dourada, com um lençol cobrindo somente suas partes íntimas, sua boca em um biquinho fofo, ele dormia agarrado ao meu travesseiro, as vezes em meio ao sonho cheirava o mesmo, não sei por qual motivo.

     Já passava das nove horas, eu já havia mandado mensagem para Jin, meu pai, e para faculdade informando do meu cio.

    Uma dor cortou meu ventre e Tae sentou assustado na mesma hora pois também tinha sentido, coçou os olhos.

_ Que horas são? - perguntou com a voz mais rouca que o normal por ter acabado de acordar.

_ Nove. - foi só o que consegui dizer sem gaguejar.

    Tae levantou para ir ao banheiro, se enrolou no lençol. Ficando vermelho.

   Ouvi o chuveiro, minhas dores tinham aumentado fiquei imaginando a dele.

   Porque ele não havia saído do banheiro? Estava começando a ficar preocupado.

   Meu suor começou a ficar mais intenso. O que aconteceu com Taehyung? O chuveiro ainda estava ligado.

   Fui até a porta e chamei seu nome sem obter resposta, tentei abrir e ela estava trancada.

_ Taehyung abre a porta. Taehyung? - Foi então que ouvi um choro baixinho, meu lobo entrou em desespero arrombando a porta rapidamente.

    Taehyung estava sentado no box ainda enrolado no lençol seu corpo se contorcia de dor e de espasmos do choro.

_ Ei lobinho o que foi? Fala comigo. - meu coração estava em pedaços, o choro dele era tão triste tão desesperado.

_ Eu não..  aguento mais... - falou entre o choro. Meu coração literalmente se partiu. Ele não queria estar ali comigo passando seu cio, só podia ser isso.

_ Desculpa Taehyung... Se eu soubesse...
Eu não teria feito isso com a porta... Eu te deixaria aqui em paz. - Comecei a me levantar mas seu cheiro doce me invadiu, eu segurei na porta de vidro do box, sem me preocupar em estilhaçar a mesma. A dor e o desejo me invadiram. - Eu vou para o quarto, vou tentar me controlar o máximo tá bom, eu posso sentir sua angustia daqui, eu não vou te forçar a nada.

_ Desculpa Jungkook - ele agora estava se levantando mas não me olhava - Desculpa não ser o que você esperava, eu sou a porra de algo estragado, eu não sou meigo, não sou fofo, não sou carinhoso como todo ômega deve ser, até minha voz não ajuda, eu devo ser mesmo tudo aquilo que falavam na instituição, eu seu o mais quebrado de todos pois nem minha metade me quer me ama. - sua voz tinha uma tristeza antiga, tudo o que aconteceu com ele no hospital ainda o afetava muito, mas como ele podia dizer que eu não o queria? Como não o amar?
    
      Rapidamente estava eu empurrando seu corpo contra o azulejo do banheiro.

_ Cala boca Taehyung, só... cala boca. - ataquei seu lábios com volúpia, meu dedos apertavam sua cintura, minha língua pedindo passagem, por um momento achei que ele me impurraria, mas com um gemido rouco sua língua já se embolava com a minha e suas mãos arranhavam minhas costas. Eu o queria tanto, não por causa do cio mas por mim, por ele.

_ Jungkook... - Tae falou como se meu nome fosse alguma taboa de redenção.

_ Taehyung... você não imagina o que sinto por você... Independente de você ser minha metade, independente de estarmos no cio aqui, eu quero você... Eu gosto de você como você é. - resolvi falar logo tudo, se der certo bem se não der paciência. - O meu único medo é ser rejeitado por você, eu nunca sei o que você quer ou o que você sente, eu gostaria muito de saber, saber se você gosta de mim como eu gosto de você, e se você gostaria de tentar daqui para frente ser meu namorado.

Amizades sem barreirasOnde histórias criam vida. Descubra agora