Ok, eu preciso respirar, mas me recuso a deixar Colson ganhar!, eu repito incessantemente pra mim mesma, encarando o loiro em minha frente com um sorrisinho debochado nos lábios. Como ele consegue ser tão antipático até debaixo d'água?
Meus pulmões protestam minha competitividade idiota, tipo: quando você tá respirando direito, você não quer, né, sua desgraçada?
Eu riria do meu pensamento idiota se eu não estivesse quase me afogando. Colson deve ter percebido minha provável expressão avermelhada porque ele revira os olhos balançando a cabeça em negação e sobe para fora da água. Eu me levanto na mesma hora, puxando o máximo de ar possível para regular minha respiração e, claro, zombar do homem que me deixou ganhar pra não morrer afogada, mas deixou.
— Você tava quase desmaiando. — ele responde minha primeira provocação, com as sobrancelhas franzidas e uma cara de "o quê?".
— E daí, colega? Eu ganhei. — dou de ombros e vou me sentar na borda, ainda meio zonza, mas nada demais. — Talvez eu desmaie, mas tô ótima.
— Quer sal?— ele brinca, mas consigo detectar um quê de preocupação e seriedade em sua pergunta. Colson se senta ao meu lado, perto o suficiente para nossas peles se encostarem suavemente, de vez em quando.
— Menino, não pode tomar sal, não. — advirto. — Minha mãe falou que desregula a pressão e aí ela pode subir demais, doido.
— Eu tô ótimo. — dá de ombros, eu o olho com as sobrancelhas arqueadas, tipo: sério?. O loiro põe as mãos para trás e se apoia em seus braços, então nota minha expressão e dá uma risadinha. — Eu tô, sim.
— Se você diz. — ergo as mãos em rendição, logo imitando sua pose.
Após deixar minha mochila com uma velhinha simpática, eu e Colson fomos em absolutamente todos os brinquedos. Bom, eu fui em todos, ele foi em alguns e ficou me esperando no final dos que não ia, pois dizia preferir me ver chegar toda "arrasada".
Posso dizer com tranquilidade que o Baker é uma companhia bem divertida, até porque passei a tarde com ele. O choro é livre.
A pele molhada do homem reluzia com os raios de sol, gotas gordas pingavam de seu cabelo e deslizavam por seus ombros, descendo por seu abdômen pintado e sumindo na barra de seu short. Uma cena digna de inicio de pornô gay conceitual.
Esse homem me faz suar, e não é pelos lugares mais convencionais.
Desvio o olhar ao perceber que o individuo havia notado meu olhar sobre si e me olhava pelo canto dos olhos. Recolho minha insignificância, arrumo minha postura, pouso meus braços sobre minhas pernas e finjo que não fui pega no flagra.
Eu sei que tô dando muita bandeira do quanto ele me atrai, mas é mais forte do que eu. Fazer o que se sua fisionomia é como um imã pra minha atenção?
— Vamos naquele lá?— aponto para um tobogã alto, não muito longe de onde estamos e que eu ainda não fui.
— Aquele é muito punk pra você. — responde ferindo meu ego de criança mimada. — Sossega. — pisca um olho e volta a olhar o céu.
— Eu sou uma mulher forte, independente — começo. Colson revira os olhos, humorado, então arqueia suas sobrancelhas enquanto eu me levanto. — e não preciso de você. — complemento antes de dar um chute fraquinho em sua coxa, chamando sua atenção. — Vamos.
— Ué!— ri, mas se levanta. — Você não tem medo de ir nessas coisas?
— Não. Quando eu era mais nova minha mãe me forçava a ir pra perder o medo. — o loiro me olha meio surpreso com essa informação. — Eu ia chorando, mas o pior é que eu gostava.
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𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪
FanfictionEnquanto eu sorrio abobalhada escutando você falar tão animadamente sobre seus projetos, eu me pergunto por que te amar é tão fácil.