1.8 - Louisiana Saturday night

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Me jogo na minha cama após um banho demorado e um lanche pra preencher o espacinho de waffles e café na minha barriga, prontinha pra dormir o resto do dia. Antes de apagar na cama, dou uma última olhada nas minhas notificações, me decepcionado ao não ver o contato que eu queria.

Até tinha pensado em pintar meu cabelo, mas dormir sentada pra não manchar meu travesseiro está fora de cogitação. Além de dor nas costas, quero evitar pensar em um babaca com um belo par de olhos azuis.

Se eu quisesse ficar com Skies, eu teria ficado naquela mesma noite. Skies é apenas um orgasmo visual pra mim e pra qualquer um, com a única diferença de que eu nunca conseguiria ficar com outra pessoa quando já "estou" com alguém, mesmo nada sendo oficial — Pete fala que eu sou idiota por isso —.

...

— É uma pena interromper seu sono porque dormindo você não fala — Noah começa enquanto invade meu quarto. Cubro minha cabeça com o travesseiro, me virando pro outro lado, disposta a ignorá-lo custe o que custar. —, mas o Pete tá desesperado porque você não responde as mensagens dele. — então o pirralho se senta sobre mim, pulando nas minhas costas.

— Sai!— resmungo.

Ainda não tô pronta pra mais interações humanas, hoje.

— Vai logo, Pete falou que vai te comer na porrada, balão. — deixa um tapa na minha cabeça e se retira de cima de mim.

— Onde ele tá?— pergunto após xingar Noah pelo tapa.

— Na sala.

— Fala pra ele vir aqui.

Realmente não quero levantar da cama, ela é tão mais confortável que amigos e família.

— Tá, legal. — Noah concorda. Seus passos se distanciam e posso ouvi-lo falar com Pete, que logo se encontra no meu quarto dando um tapa na minha bunda que me faz estremecer e xinga-lo.

Deveria ter coberto ela assim que recebi a informação de que Davidson estava na minha casa.

— Eu pensei que você tava morta numa vala. — ele se senta entre o espacinho do meu corpo com a parede, deixando suas pernas sobre as minhas.

— Quem me dera. — retiro o travesseiro do meu rosto, observando Pete com a cabeça jogada pra fora da janela, olhando a noite.

Parece que meu plano de dormir o dia inteiro deu certo.

— Aqui tem uma vista legal. — encara o céu nublado, com um cigarro apagado no canto dos lábios. — Enfim — apoia seus braços na moldura da janela, totalmente despojado, e volta a me olhar. —, você tá acabada.

— Não mais que você, seu merdinha. — lhe mostro o dedo do meio, o que o faz rir antes de fazer um gesto obsceno com meu dedo. Eu acabo rindo junto e batendo em seu braço, murmurando um "babaca".

— Agora que sei que você tá viva, já vou.

— Espera, espera!— seguro-o antes que pudesse se levantar, lembrando do assunto que quero tocar desde semana passada. — E a Ariana?

Essa pergunta é o suficiente pra fazê-lo sorrir convencidamente, o que já causa um leve arrependimento em mim.

— Linda, né? Eu sei. — sorri bobo e eu, como uma boa amiga imatura, solto um longo "hmm" malicioso. — Eu disse que namorava ela.

— Não me leve a mal, mas você é péssimo. — e isso é o suficiente pra levar outro tapa, mas no mesmo lugar.— Seu merda!

Pete ri alto enquanto me esperneio no intuito de machuca-lo. Quando os ânimos se acalmam — após muitos xingamentos —, ele pergunta sem rodeios:

𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪Onde histórias criam vida. Descubra agora