4.6 - Sol

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— Se você cantar Lana Del Rey, eu vou te amar pra sempre!— grito, debaixo do chuveiro para o loiro que estava em frente ao espelho, cantando Paramore e arrumando seu cabelo.

Acordamos há um tempo, assustados porque um passarinho bateu na janela, então decidimos descer para tomar café, depois voltamos para o quarto e assistimos meio documentário sobre um serial killer. Quase morremos de susto, mas o passarinho passa bem — eu acho —.

— Qual?— pergunta, me fazendo comemorar sozinha, enquanto fecho o registro e me enrolo na toalha que ele pegou para mim.

— Mermaid Motel. — plugo o secador na tomada, esperando o homem terminar de cantar para ligá-lo.

— Eu nem sei que música é essa. — diz. Eu fecho meu sorriso e ligo o secador, murmurando um:

— Poser.

Com toda minha petulância, não hesito em pedir sua ajuda quando meu braço se cansa, mas, mesmo reclamando, o Baker termina de secar meu cabelo. Eu me visto e, depois de muita insistência, ele me leva para seu studio. Eu observo o local: apertado, frio, cheiro de maconha e iluminado por luzes LED e negra, o que quase não ilumina nada, sinceramente.

— É escuro como minha alma. — declara e se senta em um banquinho, quando percebe minha cara.

— Ridículo. — rio brevemente. — Vamos lá pra fora, já faz uma semana que eu não pego sol.

Nós acabamos fazendo uma pequena tour pela sua casa, até chegarmos numa piscina, mas não é isso que eu quero.

— Nesse lote desnecessariamente grande — começo, fazendo-o rir. —, tem algum lugar com grama?

— Nossa, você é muito exigente. — agarra minha mão e começa a me conduzir.

Atravessamos a área da piscina, adentrando a passagem no murinho que dividia os dois lugres, chegando em um quintal com algumas tralhas no canto, mas nada que atrapalhe. Me sento no chão, dou dois tapinhas em minha frente, indicando que Colson deveria se sentar também.

— Mas que porra!— reclamo assim que uma nuvem entra na frente do sol da manhã.

— O sol não gosta de você. — diz simples e acende um baseado, se sentando com as pernas cruzadas, em seguida.

— Por isso que eu prefiro a sua mãe. — coloco meus braços para trás, me apoiando, como se não tivesse dito nada demais. Ele ri e responde:

— Meu Deus, eu namoro uma garota de 11 anos.

— Ei, amigão, isso é crime.

...

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@makenita: quando eu olho assim pro meu namorado ele fala q eu tô com cara de idiota

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𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪Onde histórias criam vida. Descubra agora