2.9 - Crossfit

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Acordo com o som alto do grito de Ariana Grande no começo de "Greedy", quase morrendo de susto e fazendo uma nota mental de que preciso trocar meu toque ou trabalhar bastante para ter muito dinheiro e me mudar para uma ilha sem sinal de telefone. Após xingar muito o inconveniente, atendo ao ler o contato de Colson, sem retirar as ofensas porque ele merece.

— O que você-

— Sem tempo, Makena. Vai pro terraço... E leva um copo.

— Por-

Por que eu tô mandando, vai logo... Por favor. — então desliga na minha cara, e inconscientemente reforço as ofensas.

Fico alguns segundos encarando a parede do meu quarto, ainda um pouco grogue de sono, me perguntando o que Colson quer que eu faça no terraço. Só vou saber se eu for., meu lado dangerous woman declara e eu me levanto. Paro em frente ao meu espelho, arrumo a bagunça do meu cabelo em um rabo de cavalo, ponho o moletom que ele me deu por cima da minha blusa e pego o copo. Aproveito a distração da minha família e saio antes que eles pudessem perceber minha pequena fuga. Já do lado de fora, calço meus chinelos por cima das meias mesmo, e me apresso para subir as escadas.

— Se não for um assassinato, vou ficar bem triste. — penso alto. — Aí, que horror.

Empurro a pesada porta de ferro, já entreaberta, olhando em volta assim que piso no lado de fora, procurando Colson. Encontro-o sentado no parapeito, enrolado no cobertor que lhe dei e soltando fumaça.

— Ahen — pigarreio alto, resolvendo anunciar minha chegada pro meu namorado não cair do sexto andar. Ele me olha, sorri e bate ao seu lado, indicando que eu deveria sentar. — O que tá fazendo aqui?

— Comemorando o Natal.

Sinto um frio na barriga só de pensar em sentar longe do chão, então me sento suspirando e pedindo para alguma entidade me proteger de cair. Escuto Colson prender a risada enquanto observa meus lentos movimentos, não vejo porque estou olhando pro céu.

— Makena, tem uma escada aqui.

— Hm?— olho para ele, depois olho para a escada de emergência bem abaixo de nós. — Ah. Que flop. — me sento ao seu lado de uma vez, agradecendo quando o loiro divide o cobertor comigo. — Pra que o copo?— mostro meu copo da One Direction.

— Não é réveillon, mas — não termina, pega garrafa de vidro verde que estava do outro lado e vira um pouco no meu copo, o enchendo champanhe.

Sorrio pro mesmo e deito minha cabeça em seu ombro, sua mão pousa no meu joelho e aperta fracamente enquanto ele encosta sua cabeça na minha.

— Estilosa. — zomba dos meus pés com meias e chinelos, balançando no ar.

— Eu tento. — repito sua frase de mais cedo, o fazendo rir.

Ficamos em silêncio até eu lembrar do meu telefone no meu bolso. Me afasto recebendo um olhar confuso do homem. Bato nos meus bolsos, torcendo não ter tirado meus fones mais cedo.

— Gosta de "Christmas and Chill"?— pergunto quando encontro meus fones. Conecto no meu telefone, dou play no álbum e um dos lados para o loiro.

— Sei que minha resposta não muda nada.

— Que bom.

Volto a deitar em seu ombro, observando a cidade enquanto sinto meu assento começar a esquentar, protegida do vento frio pelo cobertor que dividimos, ouvindo Ariana Grande cantar sobre a data de hoje. Os prédios estão ainda mais iluminados graças a todas as luzinhas e decorações extravagantes de Natal, o que torna a vista ainda mais interessante e o momento ainda mais bonito. Poderia ficar aqui, sentada no parapeito, bebendo champanhe, ouvindo música e segurando a mão de Colson para sempre; e isso é uma coisa nova pra mim porque eu absolutamente nunca me senti assim.

𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪Onde histórias criam vida. Descubra agora