3.9 - Sundae

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— Olha, não precisa me levar pra lugares movimentados agora, ok?— aviso. Colson me olha confuso. — Só queria que dissesse que tava namorando, não que andasse com uma placa neon dizendo "estou comprometido. Mantenha distância".

— É difícil te entender. — ele comenta e volta a olhar o cardápio, o que eu deveria estar fazendo também mas prefiro olhar em seu rosto e procurar traços de raiva.

Bom, eu não encontro, então volto a olhar o cardápio. Desisto de escolher um prato e deixo Colson fazer isso por mim, me voltando para o jarro cheio de flores sobre a mesa, em seguida.

— O que quer que eu faça, então?— ele retoma o assunto quando o garçom nos dá as costas, levando a anotação dos nossos pedidos.

— Que compre um anel do tamanho certo do seu dedo. — mudo de assunto segurando sua mão. Ele solta uma risada nasal.

— Eu estava providenciando isso, mas você meio que terminou comigo. — termina com uma tosse forçada, o que me faz rir um pouco.

— Não terminei com você.

— E o que "não quero mais ficar com você", significa?

— Era só naquele momento, mas fico feliz em saber que você respeita meu espaço... As vezes. — digo a última parte, sugestiva.

— Era só ter me escutado, garota.

— Pelo menos, agora você entende a importância de espaço. Olhe pelo lado bom.

Kelly olha para cima, como se não acreditasse no que acabou de ouvir. Eu rio de sua reação e dou minhas mãos para ele descascar o esmalte das minhas unhas enquanto eu reclamo do meu dia.

— São uns babacas. — ele consta, concentrado.

— Eu sei. Só me incomoda um pouco porque todos dizem "se eu pego um assediador, encho de porrada", mas quando é com alguém que eles conhecem, é mentira. — apoio o meu rosto na minha mão livre e encaro a mesa.

— Quer conversar sobre isso?

— Na verdade, não. — volto a olhá-lo. Ele tem a expressão preocupada, mas solta um "tudo bem" e volta para as minhas unhas, antes de eu puxar minha mão e reclamar: — Colson, não é pra enfiar minha cutícula pra dentro do meu dedo.

— Só falta mais uma, me dá!— eu ignoro sua existência até ele pegar seu telefone e apontar a câmera para mim. — Sorri. — ele manda, mas continuo com cara de "o que você tá fazendo, cara?". — Makena, sorri logo.

— Quer a minha unha ou uma foto minha?— pergunto, mas ele continua com o telefone em mãos. Reviro os olhos e tento dar o meu melhor sorriso. — Chega. — fecho minha expressão quando ele tira a foto, escondo meu rosto e volto a reclamar de fome.

...

— Vai logo, quero transar. — Colson me apressa pela quinta vez, mas continuo mais preocupada em qual paleta de maquiagem comprar.

— Não quero levar uma que eu não vou usar. — explico.

— Se quiser eu falo com a Cassie e ela te manda a última coleção dela inteira, só vamos logo.

— Chato você, hein. — declaro e enfio minha mão no seu bolso, o que o faz segurar meu pulso, atento a qualquer movimento sexual que eu pudesse fazer. - Encheu meu saco, então vai lá pagar. - retiro minha mão com sua carteira. Ele revira os olhos, mas assente enquanto eu pego uma paleta roxa que eu estou de olho há um tempo, lhe entrego e ele vai pagar.

Quando volta, Colson segura minha mão e começamos a procurar seu carro, algo meio difícil já que ele decidiu vir para o centro de Manhattan, onde quase todo mundo tem um carro preto de playboy. Conversávamos e riamos quando Colson pareceu perceber algo e segurou minha mão um pouco mais firme e apertou o passo.

𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪Onde histórias criam vida. Descubra agora