𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪

1.1 - Pânico na Floresta

Aumento meus fones no máximo e parto pro preparo do jantar. Agora que Casie e Colson jantam aqui em casa, tenho que fazer uma quantidade maior de comida. Não pela Casie pois ela come a quantidade de uma pessoa normal, mas seu pai leva a sério a expressão "encher a pança".

Danço livremente pela cozinha, sem vergonha já que passei um bom tempo dançando com Casie pela casa antes de partir pros meus trabalhos da faculdade. Eu nem pude dormir, o que causou uma série de pensamentos sobre Colson enquanto eu tentava fazer meus trabalhos, mas mal consegui prestar atenção neles pois estava contando os segundos pra ver o loiro novamente. Meio idiota, eu sei.

Me sento sobre o espaço ao lado da pia, encarando os azulejos coloridos e balançando a colher de pau e meus pés no ritmo da música, enquanto me perco entre pensamentos aleatórios. Pete disse que eu deveria pintar meu cabelo logo porque ele não me deu uma tinta de graça a toa, mas eu estive tão ocupada esses dias que nem ao menos lembrei disso.

Assim que termino o preparo do jantar, me dirijo pra sala, me sento ao lado de uma Casie distraída em seu próprio celular e, pra não perder o costume, apoio meus pés nas costas de Noah, que joga videogame no tapete, por pura implicância. Ele bate com o controle no meu calcanhar, mando-me desencostar dele. Eu desencosto, mas não sem antes chutar a aba de seu boné, o fazendo voar pra longe. Não demora pra baterem na porta e eu gritar um "entra" com preguiça demais para levantar e abrir a porta pro Colson.

- Já fez o jantar?- pergunta, então bagunça carinhosamente os cabelos de Noah - que não reclama, mas quando sou eu faz um escândalo - e beija a cabeça de sua filha, antes de se jogar entre nós duas no sofá e passar um braço em volta dos ombros da mesma.

- Pra você não.

- Ainda tá brava?- provoca antes de encostar a ponta do nariz na minha bochecha, arrepiando até os cabelos da minha nuca, ao sentir sua respiração quente na minha pele. Esfrego minhas mãos pelos meus braços, tentando disfarçar o seu efeito.

- Nunca estive.

- Vamos sair, então. - propõe. Eu o olho, nossos narizes quase se tocam, ele sorri com esse fato. - Só eu, você, as crianças... E Pete.

- Ah, claro.

- Aceita?

- Você ainda nem falou o que vamos fazer.

- Primeiro comer uma pizza sem lactose - Noah nem o olha, mas eles dão um soquinho de mãos em uma conexão incrível, e até invejável. -, depois, vamos ver uma luta de MMA.

Olho-o desconfiada porque eu twittei hoje de manhã que queria ver uma luta. Ele parece perceber que notei essa "coincidência", então sorri de volta. Me iludo com a ideia de que Colson está tentando me agradar, então, não me reprimo em sorrir de volta.

- Prefiro boxe. - me levanto e vou em direção ao meu quarto.

...

- Come o rabo dele!- grito eufórica enquanto me levanto do meu assento, entre várias outras pessoas gritando tanto quanto eu. Minha mão já está completamente molhada pela coca-cola que deveria estar no meu copo, mas ela voa pra fora dele toda vez que eu me levanto de abrupto.

- E isso porque ela prefere boxe. - escuto Colson comentar.

- Culpe nosso pai. - Noah responde.

- E prefiro, mas ver dois homens se batendo me traz uma paz de espirito inexplicável. - volto a me sentar, vendo um sorriso pregado nos lábios de Colson, sentado ao meu lado. - Que foi?

- Nada, é que você fica bonita de rabo de cavalo. - põe uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e se aproxima.

Porra, é agora! Eu deveria falar alguma coisa, não deveria?