3.6 - Musculação

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— Por favor, sai da minha casa. — imploro enquanto fecho a minha saia e ando para trás.

— Não precisa ter medo, vai acabar gostando. — ele se aproxima. — Nunca me deu nada em troca, mesmo com os trabalhos fáceis e notas altas.

— Eu fiz tudo sozinha, me dar a nota que eu mereço não passa do seu trabalho!

Dou mais alguns passos para trás, arrependida pela minha petulância, mesmo ele não parecendo irritado.

— Você fala dema-

— Makena?!— escuto a voz de Noah, o que me alivia por um segundo, mas também me preocupa.

— Chamou alguém?!— agora ele parece nervoso.

— Não, não! É o meu irmão, ele mora aqui!— justifico de imediato.

— Dá um jeito de tirar ele daqui!

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Noah volta a se pronunciar.

— Vim só pegar um controle. Volto antes das nove... — ele aparece na porta, confuso ao perceber o homem no meu quarto. O garoto tenta ver o rosto do desconhecido, mas ele fica de costas como se o outro nem estivesse aqui. — Tá tudo bem?

— Tá, tá sim. — assinto, nervosa mas tentando soar o mais convincente possível. Nunca me perdoarei se algo acontecer com ele. — Se divirta, maninho.

— Hmm... Tá. Te vejo mais tarde. — dá de ombros e some pelo corredor.

Seus passos se distanciam e o som da porta batendo se faz presente, então Roger volta a me olhar com um sorriso maléfico enquanto se aproxima.

— Agora podemos começar.

Minhas costas encostam na parede e algumas lágrimas escorrem por meu rosto. Estou completamente apavorava e sei que não tenho como dar o fora daqui.

— Não precisa cho-

Ele não termina, em vez disso cai desacordado no chão após um baque alto atrás dele. Quando seu corpo encontra o chão, fico alguns segundos completamente confusa, até erguer meus olhos e encontrar meu irmão com seu Desestabilizador de Humanos, em mãos, segurando firme e atento a qualquer movimento que Roger poderia dar.

— Você tá bem?— ele pergunta depois de checar se Roger está realmente desacordado.

Demoro alguns segundos para responder.

— Na medida do possível. — seco meu rosto e suspiro fundo, ainda assustada e tremendo. — Como você...?

— Nunca me chama de maninho, ou diz pra eu me divertir.

Noah passa por cima do corpo e me abraça, pegando-me de surpresa, mas me aliviando bastante. Ficamos algum tempo assim, até ele me soltar e perguntar:

— O que vamos fazer com esse corpo?

— Não me faça perguntas difíceis, por favor. — suspiro e esfrego minhas mãos no meu rosto, subo para o meu cabelo e o prendo em um coque desajeitado.

Escuto o som de passos, o que me faz olhar alarmada para meu irmão, mas ele diz calmamente:

— Tudo bem, eu chamei alguém caso meu Desestabilizador não funcionasse.

Olho em direção à porta no mesmo momento que ele aparece. Colson para na minha porta olhando confuso para o corpo no chão, com sua camisa aberta e de cabelo bagunçado, mas sem perder sua postura imponente.

— Precisava ser ele?— pergunto baixo para que apenas Noah escute.

— Eu não tinha outra ideia, e agora ele já viu o corpo.

𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪Onde histórias criam vida. Descubra agora