— Por favor, sai da minha casa. — imploro enquanto fecho a minha saia e ando para trás.
— Não precisa ter medo, vai acabar gostando. — ele se aproxima. — Nunca me deu nada em troca, mesmo com os trabalhos fáceis e notas altas.
— Eu fiz tudo sozinha, me dar a nota que eu mereço não passa do seu trabalho!
Dou mais alguns passos para trás, arrependida pela minha petulância, mesmo ele não parecendo irritado.
— Você fala dema-
— Makena?!— escuto a voz de Noah, o que me alivia por um segundo, mas também me preocupa.
— Chamou alguém?!— agora ele parece nervoso.
— Não, não! É o meu irmão, ele mora aqui!— justifico de imediato.
— Dá um jeito de tirar ele daqui!
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Noah volta a se pronunciar.
— Vim só pegar um controle. Volto antes das nove... — ele aparece na porta, confuso ao perceber o homem no meu quarto. O garoto tenta ver o rosto do desconhecido, mas ele fica de costas como se o outro nem estivesse aqui. — Tá tudo bem?
— Tá, tá sim. — assinto, nervosa mas tentando soar o mais convincente possível. Nunca me perdoarei se algo acontecer com ele. — Se divirta, maninho.
— Hmm... Tá. Te vejo mais tarde. — dá de ombros e some pelo corredor.
Seus passos se distanciam e o som da porta batendo se faz presente, então Roger volta a me olhar com um sorriso maléfico enquanto se aproxima.
— Agora podemos começar.
Minhas costas encostam na parede e algumas lágrimas escorrem por meu rosto. Estou completamente apavorava e sei que não tenho como dar o fora daqui.
— Não precisa cho-
Ele não termina, em vez disso cai desacordado no chão após um baque alto atrás dele. Quando seu corpo encontra o chão, fico alguns segundos completamente confusa, até erguer meus olhos e encontrar meu irmão com seu Desestabilizador de Humanos, em mãos, segurando firme e atento a qualquer movimento que Roger poderia dar.
— Você tá bem?— ele pergunta depois de checar se Roger está realmente desacordado.
Demoro alguns segundos para responder.
— Na medida do possível. — seco meu rosto e suspiro fundo, ainda assustada e tremendo. — Como você...?
— Nunca me chama de maninho, ou diz pra eu me divertir.
Noah passa por cima do corpo e me abraça, pegando-me de surpresa, mas me aliviando bastante. Ficamos algum tempo assim, até ele me soltar e perguntar:
— O que vamos fazer com esse corpo?
— Não me faça perguntas difíceis, por favor. — suspiro e esfrego minhas mãos no meu rosto, subo para o meu cabelo e o prendo em um coque desajeitado.
Escuto o som de passos, o que me faz olhar alarmada para meu irmão, mas ele diz calmamente:
— Tudo bem, eu chamei alguém caso meu Desestabilizador não funcionasse.
Olho em direção à porta no mesmo momento que ele aparece. Colson para na minha porta olhando confuso para o corpo no chão, com sua camisa aberta e de cabelo bagunçado, mas sem perder sua postura imponente.
— Precisava ser ele?— pergunto baixo para que apenas Noah escute.
— Eu não tinha outra ideia, e agora ele já viu o corpo.
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𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪
FanfictionEnquanto eu sorrio abobalhada escutando você falar tão animadamente sobre seus projetos, eu me pergunto por que te amar é tão fácil.