𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪

2.2 - Snickers

— Sr. Baker?— escuto Noah atrás de nós, sua cara é uma mistura de confusão e sono, já que ele acabou de acordar. — Há essa hora?

—Oi, Noah. — eles fazem um toquinho de mãos, logo Kells lhe oferece um dos bolinhos que havia comprado pro nosso café, Noah aceita e vai em direção à geladeira.

— Por que me acordou às duas da manhã pra abrir a porta?— pergunta enquanto enche um copo de leite pra si.

— Pra pedir sua irmã em namoro. — Colson responde e o garoto ri.

— Tá, tá, e a Makena é bonita. — diz ironicamente enquanto volta pro seu quarto.

— Maldoso!— exclamo.

— Era essa a intenção!— então bate sua porta.

Colson ri e volta a se sentar ao meu lado na bancada, me entregando o achocolatado que eu havia pedido no meu copo da Barbie com canudo e tampa. Sorrio e agradeço o mesmo, sentindo o líquido numa temperatura e sabor perfeitos.

— Parece uma criancinha. — ri e acaricia meu cabelo antes de beber de sua caneca de café.

— Isso tá muito bom. – elogio, ignorando seu comentário pro bem da minha saúde mental.

— Obrigado, dez anos de treinamento. — e é minha vez de rir. Seu amor por Casie é uma graça.

Depois de lavarmos a louça que sujamos, tiramos uma soneca no meu quarto até seu telefone tocar e ele ter que ir embora — eu voltei a dormir, claro —.

...

— Noah?— invado seu quarto, encontrando o pirralho jogando algum jogo online.

— O que você-

— Caramba! Noah, essa é a sua irmã?!— um dos garotos que joga com ele pergunta, impressionado, eu rio com a cara irritada do garoto pro desconhecido. — Pode me apresentar?— ele arruma as sobrancelhas, tentando parecer sedutor, mas só me faz segurar o riso pra não destruir os sentimentos de uma criança.

— O nome dela é Makena e o namorado dela tem dois metros. — isso é o suficiente para sua imagem empalidecer no monitor. — Agora para de dar em cima da minha irmã.

Se eu não conhecesse Noah, diria que ele está com ciúmes de seu amigo, mas é só ele fazendo questão de mostrar que tenho um irmão bravo e não sou pra "qualquer um", como ele já disse uma vez.

— O que foi?— se volta pra mim.

— Quer comer guacamole?

— Com pão e hambúrguer de peru?

— Se não fosse pra ser, eu nem faria. — ele sorri, mas logo o fecha e acena com a cabeça, voltando pro seu jogo. — Já volto!— grito já na porta.

— Não volte!

— Engraçadinho!

Aceno pra Pete dentro da farmácia enquanto caminho até o mercadinho com meus fones torando Yungblud, ele acena de volta antes que eu saísse da frente de seu estabelecimento.

Tento não demorar na hora de pegar as coisas, então nem demoro pra entrar na fila do caixa. Enquanto espero minha vez, meu telefone notifica uma mensagem de Colson.

namorado(?): oh gostosa

eu: oi, namorado

namorado(?): você precisa escolher logo um apelido pra mim

namorado(?): me chamar de "namorado" é estranho

eu: acho auto explicativo

eu: você também precisa escolher um apelido pra mim