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Boa leitura, bebês ❤️

Ficaram vendo as famílias com crianças que andavam de bicicleta até de tarde. Juntavam as coisas quando uma voz familiar chamou por Linn. 

– Linn? Linn Somers? 

Ela levantou o olhar e viu a mulher a sua frente. A ruiva a sua frente deu um passo a frente, de braços abertos. Linn retribuiu o abraço, mas se afastou rapidamente. Anne observava a cena com uma sobrancelha erguida. 

– Diana, oi! Essa é minha namorada, Anne. – a loira que estava atrás de Linn estendeu a mão que logo foi pega pela mão de Diana. 

– Prazer, Anne. Quanto tempo, hein? Voltou de vez para o Brasil? – falou se virando para Linn. 

– Não, estou só a passeio mesmo. Bem, nós já estávamos de saída, então… – tentava sair o mais rápido possível de lá. Queria evitar qualquer lembrança. 

Diana Medeiros havia sido a primeira pessoa que Linn ficou. Foi seu primeiro beijo, mas ela nunca foi apaixonada por Diana. A ruiva quem a amava e todas as vezes que ficaram foi apenas erros. Pelo menos para Linn. 

– Oh, claro. Você vai ficar mais um tempo por aqui? Podemos marcar um café para pôr o papo em dia e seria adorável conhecer melhor a sua garota. 

– É, a gente marca. Até mais, Diana. 

Linn e Anne acenaram se distanciando da moça. 

– Então essa é a Diana. – Anne pensou alto. Estavam esperando o carro. – ela é bonita. 

Linn assentiu. Já havia contado grande parte de suas histórias para Anne. E uma de suas primeiras relações não ficaria de fora. 

– Está tudo bem, amor? – Perguntou Linn pois sabia que a namorada era ciumenta.

– Sim, fica tranquila. Ali, é aquele. – falou e entraram no carro prateado.

Quando chegaram em casa, a mãe de Linn pediu para elas subirem e tomarem um banho pois queria que as duas conhecessem uma pessoa. 

Linn vestiu um short moletom e uma blusa preta de mangas curtas. Anne usava short jeans escuro e uma blusa de botão florida, foi ela quem desceu primeiro e conheceu a tal pessoa. 

– Anne, esse é o Roberto. – um homem alto de cabelos grisalhos saiu da cozinha. Anne imediatamente pensou que Linn não iria gostar nada disso. – meu namorado. 

– Prazer, Roberto. Que surpresa! – falou pegando na mão do homem. Ele usava uma camisa lisa preta e uma bermuda jeans. Tinha o olho verde escuro e uma barriga um pouco saliente. 

– Não quis contar para Linn por telefone pois sei como ela é protetora comigo, então achei melhor fazer um jantar para apresentar os dois. Pelo menos ela vai estar de bom humor por estar comendo. 

– Uma ótima tática. 

Linn ficou pronta e foi para a sala, mas não tinha ninguém então seguiu para a cozinha, vendo de primeira a namorada, mas logo seus olhos pousaram no homem ao lado de sua mãe. 

– Oi… – todos a olharam apreensivos, mas foi Anne quem quebrou o silêncio. 

– Essa carne está muito boa, vem provar Linn. 

A morena negou com a cabeça e voltou a atenção para o homem, erguendo a sobrancelha. 

– Esse é o Roberto, filha. Roberto, essa é a Linn. – ele estendeu a mão, sorrindo e ela pegou firme a mesma. 

– Sua mãe fala muito de você. 

– Eu não posso te dizer o mesmo. 

– Ele é meu namorado, Linn. 

– Namorado? Como… que? Quando? Meu Deus, dona Lucy!  – a garota olhava incrédula para a mãe. Respirou fundo para acalmar-se. – por que não me contou antes?

– Por que eu queria que o conhecesse pessoalmente. 

– Mas poderia ter me preparado! A quanto tempo estão juntos? 

– Seis meses… – Roberto pronunciou as primeiras palavras desde que Linn aparecera. Ela o olhou com raiva mas logo se voltou para Lucy.

– SEIS MESES? 

– Linn Somers, trate de se acalmar agora! Vamos todos sentar a mesa. Vamos jantar e vocês dois vão se conhecer melhor. Vamos! 

Ninguém teve coragem de contrariar a dona da casa, então logo estavam todos na mesa. 

Lucy serviu um cozido de carne delicioso, acompanhado de purê de batata e suco de laranja. 

– Como vocês se conheceram? – questionou Anne, quebrando o gelo. 

– Foi no supermercado, eu fui pegar leite e ele pegou a mesma caixa, eu sei que parece clichê, porém, acabamos brigando porque você sabe como é minha paciência. Havia dezenas de outras caixas. Hoje eu sei que foi sua forma de chegar até mim. 

Linn evitou revirar os olhos ao ver o olhar apaixonado de sua mãe. Não lembrava mais de como era a relação de Lucy com seu pai, Antony. Ele tinha ido embora quando ela era muito nova. Uns quatro ou cinco anos de idade. Não fez falta, ela nunca havia sido apegada a ele, então quando ele foi embora junto com outra mulher, foi como se nada tivesse mudado. 

Desde então, foi só Linn e Lucy e em nenhum momento um outro homem apareceu na vida da mãe, por isso a relutância para aceitar o tal Roberto. 

Todavia, ela sabia que isso iria acontecer uma hora ou outra. Não queria que a mãe ficasse sozinha para o resto da vida, mas continuava enciumada. 

– Então, Roberto, o que você faz da vida? 

– Eu tenho uma empresa de Engenharia. Desde dois mil e cinco. 

– Você tem filhos? – sim, ela estava fazendo um interrogatório. Que mal tinha? Pensou. Notou os sorrisos de canto de sua mãe e de sua namorada que comiam em silêncio. 

– Tenho um rapaz, o Christian. Ele tem vinte e cinco anos e é casado. 

– E quais são as suas intenções com a minha mãe? 

Naquele momento Roberto se levantou, pigarreou e pegou algo do bolso. 

– Bom, eu nunca imaginei que pudesse conhecer alguém tão incrível como sua mãe. Pode ter a certeza de que minhas intenções são as melhores. Eu demorei muito para achar uma mulher tão especial como você, Lucy. E não vou deixar você escapar.

Eu esperei esse jantar para estar todos reunidos, claro que ainda falta o meu filho, mas esse é o momento certo. Linn, eu quero a sua benção, para pedir a mão de sua mãe em casamento. 

Linn estava sem reação, mas assentiu. Ele sorriu e segurou a mão de Lucy para a mulher de pé enquanto ele se ajoelhava.

– Lucy Somers, você aceita casar comigo? 

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