Março estava se aproximando lentamente e com ele o primeiro aniversário de namoro de Anne e Linn. Ambas estavam ansiosas com aquela data e preparavam os presentes. Era comum diálogos de trocas de dicas sobre o que cada uma ganharia. Linn já tinha uma ideia do que ganharia, mas Anne não fazia ideia de seu presente.
Elas já haviam feito as matrículas e começariam as aulas em ainda naquele mês. As duas já estavam de volta ao trabalho, mas a chefe de Anne estava lhe dando muita coisa para fazer e ela gostava daquilo, mas estava com medo de fazer algo errado, afinal, se estava recebendo muita coisa para fazer era porque sua chefe imaginava que ela era boa no que fazia e teria competência o suficiente para o que lhe fosse determinado.
O aumento de salário também era muito motivacional para toda a carga.
– Não sei o que seria de mim sem sua massagem no fim do dia. – falou de olhos fechados enquanto Linn massageava suas costas. A morena também tinha uma rotina sobrecarregada, mas era menos cansativo do que a da namorada, mesmo estando encarregada de auxiliar nas contratações de estagiários, afinal ela deixaria de estagiar para ser uma funcionária efetiva. – como foi seu dia?
– Foi bom, eu e Camille selecionamos algumas pessoas para o processo seletivo e tem ótimos candidatos para tomarem meu posto. E o seu?
– Eu fui a uma reunião com a Bonnie e passei o dia entre relatórios e planilhas. Mas a reunião foi muito boa, foi para um contrato de uma nova filial da empresa.
– Que ótimo. Acho que alguém aqui é a queridinha do chefe… quer dizer, da chefe.
– Não sou eu que tenho um cargo importante esperando por mim!
– Nunca se sabe. – falou, dando de ombros.
Cansadas, pediram comida e dormiram logo em seguida.
Anne foi acordada com vários beijos no rosto. Era dia dezesseis de março, um sábado e Linn levantou cedo e aproveitou para fazer um café da manhã tanto para Anne quanto para ela.
– Acorda preguiçinha, vamos aproveitar nosso dia! Tem comida pronta, vai! – falou, abraçando Anne, que se despertava aos poucos.
Normalmente a loira acordava de mau humor, mas ao ver o sorriso da mulher a sua frente seu dia se iluminou.
– Vem cá. – falou com a voz rouca puxando Linn para um abraço no qual ela se encaixou em seu peito e pôs a coberta nas duas. – bom dia, amor. Eu nem acredito que hoje chegou.
– Sim… eu te amo, sabia? – embaixo do edredom estava escuro, mas Anne sabia que Linn estava com a carinha de apaixonada só pela forma como ela havia falado.
– Eu te amo. E tá bom, vou levantar porque o cheiro de bacon está me matando!
Tomou banho, e após alguns minutos saiu do banheiro já pronta para o dia. Antes de sair do banho pegou um embrulho que estava em sua bolsa, o primeiro presente de Linn.
– Antes de qualquer coisa, quero que use isso hoje. – chamou a atenção da moça que estava sentada em frente a bancada vendo qualquer coisa no celular.
Ela sorriu e pegou o embrulho e o abriu. Tinha dois moletons, o primeiro era preto e na parte do peito tinha uma meia lua pequena. Ela tirou a blusa que usava rapidamente e vestiu sua nova blusa.
A outra era branca, e no no lugar da lua havia um sol costurado com linha preta, Anne também colocou a blusa, jogando a usada no cesto.
– Eu amei! Sério, é lindo. Eu estou um nojo! – falou mostrando a blusa. Anne riu provando a comida.
– Fico feliz que gostou. Agora… e o meu? Você fez um mistério! Estou morrendo de curiosidade.
– Calma, pequeno gafanhoto. Logo, logo te darei. Agora, você pode me fazer um favor? Pode ir comprar absorvente pra mim? Só tem um aqui.
– Claro, vou sim. Aquele lá que você usa, não é? – Linn assentiu. Anne comeu mais um pouco e saiu.
A loira caminhou pela rua tentando esconder o sorriso bobo do rosto, mas por dentro se sentia em um filme de romance adolescente; tão apaixonada que podia sentir o peito arder e querer explodir de tanto amor.
Linn iria se incomodar com a demora, mas Anne precisava passar em um lugar para pegar o presente de verdade de sua namorada. Foi muito complicado esconder a verdade, mas a felicidade que Linn teria quando fosse surpreendida faria com que os dias de omissão valessem a pena.
– Obrigada, seu Karl! Ficou perfeita.
– Eu vi o brilho no seu olhar quando você falou da dona disso aí, menina. Por essa razão eu dei o meu melhor.
– Fico muito grata por isso. Ela é mais bonita do que eu imaginei. Aqui. Obrigada pela paciência. – agradeceu entregando uma quantia maior do que o que lhe foi pedido. Saiu antes que ele terminasse de contar o dinheiro e então foi comprar o que Linn lhe pediu.
Aproveitou e comprou umas barras de chocolate.
Quando chegou no seu andar, Linn estava conversando com Mike e logo se despediram.
– Bom dia, Anne! – falou Mike, entrando no seu apartamento.
– Espero que goste. – Linn falou, dando espaço para Anne entrar.
A casa estava decorada com velas perfumadas e no chão um caminho de pétalas de rosa iam da porta de entrada até a cama que tinha um balão de número um bem na cabeceira.
No fundo tocava uma música romântica antiga que Linn já cantará muitas vezes para Anne.
Na cama havia uma frase escrita com pétalas.
– Sabe, eu nunca imaginei que pudesse sentir o que sinto quando olho para o lado e te vejo dormindo toda manhã. O que sinto é arrebatador e mesmo me assustando, é o melhor sentimento que já habitou em mim. Eu te amo, Anne. Você… quer… – tentou falar, mas já não conseguia formar uma frase por causa do choro. Se ajoelhou e abriu a caixinha azul com a aliança prata que havia uma pedra rubi pequena.
Anne já estava em prantos e se ajoelhou também, respirando fundo e tirando a caixinha que pegara a poucos minutos. Ela viu que Linn não conseguia falar, então resolveu declarar-se.
– Eu sempre esperei o amor da minha vida. Sempre idealizei a namorada perfeita, mas o que eu nunca soube é que não existe perfeição. Existe amor. E é isso que sinto por você. É tanto amor que não cabe em mim. Todo dia eu transbordo. Você não era o que eu havia imaginado, você sempre foi melhor do que minha mente poderia fantasiar. Os seus defeitos te tornam perfeita para mim. Cada pedacinho seu me tem. Eu te amo, Linn. Você quer casar comigo? – então abriu a caixinha com uma aliança prata e vários brilhantes, era o anel solitário e ao seu lado o anel que a tia de Linn lhe dera.
Linn, que não conseguia formar uma palavra, assentiu e a abraçou forte.
— Eu não acredito que tivemos a mesma ideia!
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Oi, tudo bom?
Eu ia fazer o pedido na viajem, mas fiz essa mudança e espero que tenham gostado. Agora que a história está no finalzinho, vocês acham que deveria ter uma continuação? Tenho várias ideias para essas duas...
Enfim, é isso.
Até mais!
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Nós
RomanceO amor não é algo que você encontre propositalmente. Amor simplesmente chega e te fascina gradativamente. Quando você vê, já não se imagina sem esse sentimento. Linn Somers definitivamente não estava a procura de um amor, mas foi escolhida para enc...