Ela retribuiu os toques, e deram início ao beijo. A boca de Linn era carnuda e a da outra pessoa era pequenininha, então Linn sentiu como se estivesse dando o primeiro beijo novamente.Talvez fosse o álcool, ou só não havia encaixado, mas ela gostou da pegada.
Anne sentiu um empurrão, e notou que a multidão havia voltado a dançar feito doida e acabou perdendo de vista quem tinha acabado de beijar. E não havia nem como procurar, pois Anne não fazia ideia de quem era. Só sabia que era uma mulher por conta do cabelo grande. Lhe restava apenas procurar Linn para saber se ela também havia beijado alguém.
– Te achei! É incrível a sua capacidade de sumir, sabia? – Anne falou, quando encontrou a amiga no banheiro.
– Obrigada, muitos anos de prática. E aí, beijou a menina do bar?
– Olha, não sei. Mas beijei alguém, só que me empurraram e não deu para ver quem era a moça, então desencanei. E você?
– Olha, eu acho que beijo muito mal. A pessoa simplesmente sumiu quando o beijo acabou, então eu presumi que nem pra beijar eu sirvo. Por isso estou aqui, quase no final dessa garrafa.
– Só deve não ter encaixado. Não fica paranóica.
– Não sei, eu queria saber se beijo mal mesmo. – Anne estava alcoolizada, então não estava pensando direito. Se aproximou de Linn, ficando atrás dela, que estava apoiada na pia e a olhava pelo espelho.
– Se você quiser, eu posso tirar essa tua dúvida...
– É, você pode sim. - Falou, se virando. Quando Anne pegou sua cintura e nuca, a puxando, teve um djavu. Linn parou na mesma hora também, se afastando. – eu acho que a gente se beijou a alguns minutos.
– Caralho! Linn, eu juro que não sumi, alguém me empurrou e eu não pude voltar para onde estava, porque eu não fazia ideia de onde estava exatamente.
– Anne, eu entendi. Que vergonha. Que Merda.
– Não, não, não! Eu acho que deveríamos tentar de novo. Agora, no claro. Com mais calma.
Linn assentiu e elas se aproximaram novamente.
– A gente vai se lembrar disso amanhã?
– Provavelmente não. – e selaram os lábios, dessa vez, em um encaixe perfeito. Anne apertava a cintura de Linn a cada mordiscada no lábio que recebia. Podia sentir a garota sorrindo e passando a mão em seu cabelo, puxando de leve.
Ambas nunca haviam sentido as famosas borboletas no estômago, mas experimentaram essa sensação juntas. Não queriam parar o beijo, mas necessitavam de ar. Pararam, ofegantes.
– Isso foi muito, muito bom. – Elogiou Anne, notando o rosto vermelho da garota.
– Foi bom mesmo... – Elas ficaram se entreolhando, até começarem a rir. – eu não acredito que fizemos isso!
– Nem eu! Mas que bom que fizemos. – as risadas pararam, e as duas se encararam, dando início ao terceiro beijo.
No dia seguinte, elas não tiveram tempo de conversar sobre o acontecido, Linn não se lembrou exatamente na hora em que acordou, mas ao se despedir de Anne, deu um selinho rápido e se lembrou imediatamente do ocorrido.
O apagão, o beijo e o segundo beijo. Ficaram paradas, mas Linn despertou e saiu quase que correndo.
"Ei, espero que não fique estranha" Estava no meio do expediente quando Anne a mandou mensagem. Estava com tempo livre, então respondeu.
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Nós
RomanceO amor não é algo que você encontre propositalmente. Amor simplesmente chega e te fascina gradativamente. Quando você vê, já não se imagina sem esse sentimento. Linn Somers definitivamente não estava a procura de um amor, mas foi escolhida para enc...