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Leiam as notas finais, obg dnd. Boa leituraaa ❤️

– Eu espero que quando você sofrer um infarto de novo, você morra e que seja doloroso. – falou entre dentes.

Ele deu um tapa tão forte em seu rosto que ela caiu, recebendo alguns chutes na barriga. Tentou gritar, mas nada aconteceu. Sua voz não saiu. Apenas gemidos de dor foram ouvidos naqueles segundos de violência.

Ele não demorou muito e subiu as escadas como se não tivesse acabado de ser um grandíssimo filho da puta. 

Anne ficou imóvel até que as dores casassem e ela conseguisse colocar gelo. As marcas já se faziam presentes. 

Era isso que ela precisava. 

Ela passou a noite com uma bolsa de gelo na barriga e em claro. Repassando tudo na cabeça. Não conseguiu fechar os olhos e achou melhor mandar uma mensagem para a chefe quando já estivesse clareando. 

"Bom dia, Bonnie

Primeiro, eu queria agradecer pela ótima oportunidade de trabalhar ao seu lado. Você é ótima em tudo que faz e é com muito pesar que eu te digo isso; eu estou me demitindo. 

Tenho passado por um momento muito complicado na minha vida e não tenho condições de trabalhar agora. Eu espero que entenda."

Após mandar a mensagem, adormeceu na única posição que achou confortável. Eram onze horas da manhã quando acordou. Olhou o celular e havia um email de Bonnie.

"Cara Anne, 

Eu entendo que você esteja passando por um período complicado, já tenho percebido que você não está bem tem um tempo. Não falei nada porque você continuou sendo a mesma funcionária competente de sempre. Então, tendo em vista que eu não quero perder uma funcionária tão boa, eu não aceito sua demissão, todavia eu vou te dar um tempo de dois meses para resolver sua vida. Espero ter você de volta após esse período.

Boa sorte, 

Bonnie."

Anne ficou imensamente feliz com a notícia. Agradeceu muito a chefe por não deixá-la ir. E ficou orgulhosa por si mesma por ser alguém competente a ponto de não aceitarem sua demissão. 

A alegria passou quando foi tomar banho e sentiu várias dores e viu os roxos em sua barriga. 

Por sorte, ou destino, Claire entrara no quarto no momento em que ela levantava a blusa, dando um grito de pavor.

– Anne! Mas o que foi isso?! Por Deus!

– Mãe… – não conseguiu falar, apenas sentou na cama e escondeu rosto, chorando. Logo sentiu os braços da mãe a ampararem. 

– Quer me contar o que aconteceu? 

Anne se recompôs e adotou uma postura dura e séria. Mesmo com as dores em seu corpo, se manteve firme.

– Foi o seu marido. Mas como você não vai acreditar em mim, pode me deixar sozinha. Por favor? – ela abriu a boca para exigir explicações da filha, mas fechou. Apenas assentiu e saiu do quarto. Claire não sabia o que fazer.

Anne estava vazia. Além das dores, ela não sentia mais nada. Claro que tudo que ela mais queria era poder dividir e pedir ajuda a Linn, mas o medo a consumia. 

Ela não saiu do quarto. A mãe a trouxera comida e ela agradeceu, mas nada foi dito após o ato. 

Durante a semana, Linn estava com um constante pressentimento ruim. Tinha em seu coração um peso enorme. Mandou mensagem para Anne, mas viu que nenhuma sequer enviou. Ela tinha a bloqueado em todos os lugares possíveis. 

A garota, preocupada, pediu para Mike mandar mensagem, mas ela respondeu com um breve "sim, estou ótima!". Então, Linn se viu sem saída e parou de tentar algum contato com Anne, por mais que seu coração gritasse para que ela fosse até ela de qualquer forma. 

– Então, eu acho que é isso. Eu vou voltar. Acho que minha experiência aqui já chegou ao fim. – após uma longa conversa com a mãe, ela tomou a desagradável decisão de voltar ao Brasil. Mas seus planos em relação a faculdade se mantinham firmes. 

Quando ela foi chamada para uma reunião, foi informada de que a empresa iria expandir e abrir uma nova filial no Brasil e no Canadá.

Ela tinha sido convocada para um cargo muito importante na filial do Brasil

Seu chefe lhe deu alguns dias para a confirmação da transferência e quando a reunião acabou, ela o questionou o porquê de ter sido ela a escolhida para algo tão importante. 

– Eu sou um bom observador, srta. Somers. Você é uma ótima funcionária e eu vejo muito futuro em você. Sei que você tem potencial. E eu não costumo errar. – falou e saiu de perto dela. A deixando com suas palavras ecoando na cabeça. 

Ela sentiu um imenso orgulho e uma onda de tristeza por não poder compartilhar o que estava sentindo com Anne. 

Pensou muito se deveria aceitar o cargo, conversou com Mike e a mãe. Ambos a incentivaram a aceitar. E ela também queria muito. Sempre foi seu sonho crescer profissionalmente, mesmo não sabendo que profissão seguir, e naquele momento ela sabia exatamente o que queria. 

Mandou um email para o chefe, confirmando a transferência. Iria embora em uma semana. No dia vinte e dois de Janeiro ela iria voltar para o seu país de origem. 

Ela estava nervosa, mas muito animada com o futuro. Só não pensava muito no que deixaria para trás, pois quando acontecia, ela só sabia pensar nos olhos verdes que eram seu ponto fraco. 

A história chegou a pouco mais de 800 views e eu tô muito feliz. Obrigada a quem leu até aqui. A quem vota na história a cada capítulo e a cada comentário!
Espero que estejam gostando de ler tanto quanto eu gosto de escrever ❤️
Até o próximo capítulo!

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