É triste? É.
Mas eu adorei escrever esse capítulo. Espero que gostem. Comentem, conversem comigo sobre o que estão achando– Me convenceu. Por que está aqui sozinha?
– Ah, eu não tinha ninguém pra ficar no dia de hoje, então vim pra cá. Conheço os anfitriões a um bom tempo.
– Eu nem os conhecia até algumas horas. – começaram a conversar bastante. Joane parecia legal e tinha um humor sarcástico que nem o de Linn. – Eu vou pegar uma bebida, você quer?
– Uma vodka com energético, por favor. – Assentiu e foi buscar as bebidas.
Andando no meio das pessoas, ela notou alguns olhares, mas parou quando viu um em especial.
Quase que no mesmo segundo, o olhar de Anne e Linn se encontraram. Anne sorriu, indo em direção a pessoa no qual foi o único motivo que a fez sair de casa.
– Oi!
– Oi! O que faz aqui? Achei que não pudesse sair.
– Meus pais foram passar o final de semana no interior, então eu fiquei sozinha. – Ela sabia que provavelmente ainda estava sendo seguida, mas arriscou. Queria estar com Linn pelo menos para ver seu olho brilhar com os fogos.
– Você podia ter me avisado.
– Foi de última hora, Mike me deu o endereço daqui e eu vim. Você está muito linda, até eu estou notando os olhares em você. – e não estava gostando nem um pouco disso.
Linn suspirou, com um sorriso no canto da boca. Não queria ficar naquela festa, mas sabia que estava completa em qualquer lugar onde Anne estivesse.
– Linn? Você demorou, vim ver se estava bem. – Joane apareceu atrás dela, fazendo Linn congelar mesmo sabendo que não estava fazendo nada de errado.
– Ah, é que eu encontrei minha amiga e ficamos conversando. Joane, essa é a Anne. – Apertaram as mãos e Anne não estava com uma cara muito boa.
– Então eu já vou indo, bom te ver Linn. – falou, saindo de perto das duas.
– Então, vamos pegar as bebidas agora?
Linn, que ainda olhava para onde Anne estava a alguns segundos despertou do transe. Tinha como aquela noite ser mais louca? Pensou.
– Então, foi um prazer te conhecer, mas eu preciso ir embora.
– Por que? Está tudo bem?
– Sim, eu acho melhor eu ir.
– Tudo bem, então. Mas ao menos me dê seu número. Gostei de você. – Linn assentiu e salvou seu número no celular dela, o mais rápido que pôde.
Quando se virou para sair, sentiu sua mão sendo puxada e se virou, sentindo outra mão em sua cintura. Sentiu os lábios quentes de Joane logo em seguida.
Não correspondeu o beijo e se soltou em seguida. Saiu sem falar nada, tinha que alcançar Anne.
Saiu prédio afora e a viu dando sinal para um táxi e entrando rapidamente. Ainda gritou seu nome, mas foi em vão. Se ela escutou, tinha ignorado.
Eram onze horas da noite e Linn se sentou no degrau do prédio e mandou uma mensagem de áudio para Anne.
– Olha, eu não sei o que você entendeu ao ver a Joane, mas não tem nada acontecendo. A noite se iluminou hoje quando vi você e eu queria muito passar a virada ao seu lado. Eu não sei se você vai ver isso a tempo, mas caso veja e… sei lá, ainda me ame, eu vou estar no nosso lugar de sempre. Vou ficar lá até meia noite. Creio que de lá os fogos são muito bonitos.
Pegou o primeiro táxi que viu e deu o endereço do parque de onde foi pedida em namoro.
Quando chegou, viu algumas poucas pessoas ali que provavelmente compartilhavam o mesmo amor por aquele lugar tão lindo.
Se sentou na grama depois de comprar um cachorro quente e ficou vendo os minutos passar. Viu que Anne tinha visualizado sua mensagem, mas não respondeu.
Estava bem desanimada, mas pelo menos não estava em uma festa cheia de gente estranha.
Ela adorava sentir a brisa.
– A minha noite também se iluminou quando eu vi você. – não se assustou quando Anne se sentou ao seu lado, apenas sorriu por tê-la ali.
– Por que demorou?
– Trânsito, meu bem. – Assentiu, voltando a olhar o céu, esperando ele ficar colorido.
Já era onze e meia e elas apenas olhavam para o céu.
– Quem era aquela mulher?
– Joane, conheci ela hoje. Eu estava sozinha e ela também, então ficamos conversando.
– Entendi. Você está bem?
– Não. Você vai embora em algumas horas.
– Mas eu estou aqui. – Linn negou. Ela estava feliz por ter Anne ali, mas estava sofrendo por saber que ela não poderia ficar por mais tempo e que voltaria sozinha para casa e dessa forma começaria o ano. – Eu estou aqui, Linn. Eu te amo pra sempre. – Falou, trazendo a menina para o seu peito.
A meia noite, elas admiraram os fogos em várias cores e formas diferentes. Anne olhou mais para Linn do que para o céu, mas sabia que pelo olhar da moça, estava maravilhoso.
– Feliz ano novo!
– Feliz ano novo, Anne! Olha esses fogos! – se abraçaram por um tempo e se soltaram, mas permaneceram muito próximas. – sinto sua falta.
– Eu também sinto a sua. – Linn escondeu o rosto na curva do pescoço de Anne, chorando. – meu bem, não fica assim.
– Não, Anne. Eu não aguento mais. Você quem terminou comigo mas olha onde estamos agora! Eu não posso mais fazer isso. Cada vez que eu volto para casa sem você eu volto pior.
– Eu… sinto muito. – Linn tentava parar de chorar e aquela altura já não queria mais o colo de Anne. – Vamos ficar aqui só essa noite e depois eu paro de entrar e sair da sua vida.
Linn ponderou, e com certeza não era aquilo que ela queria. Mas assentiu por saber que era o melhor a se fazer.
– Deita aqui. Vem. – Anne havia a chamado para deitar em seu peito. Seu lugar favorito.
Ficaram ali até às três da manhã, conversando sobre tudo. Linn entendeu que Anne não tinha como denunciar o pai por não haver provas, tendo em vista que os seus abusos eram mais psicológicos.
Anne foi atualizada sobre sua vida e ficou muito orgulhosa, pois sabia que Linn se tornaria uma grande mulher. Se apaixonou mais do que achou que fosse possível. Viu o olhinho de Linn brilhar enquanto falava sobre seus planos.
– Então, eu acho que isso é um adeus.
– É, eu acho que sim. – a morena respondeu, a puxando para um abraço apertado. – eu vou sentir sua falta.
– Eu já estou sentindo. Olha, eu sempre vou amar você. Nada do que fiz foi pensando em te deixar mal.
Linn afirmou com a cabeça, tentando espantar a vontade de chorar.
– Eu também sempre vou amar você. Tchau, Anne.
– Tchau, Linn.
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Nós
RomanceO amor não é algo que você encontre propositalmente. Amor simplesmente chega e te fascina gradativamente. Quando você vê, já não se imagina sem esse sentimento. Linn Somers definitivamente não estava a procura de um amor, mas foi escolhida para enc...