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Podiam ouvir as pessoas rezando e chorando.

Longos minutos se seguiram até as turbulências cessarem e uma voz robótica falar que estava tudo sob controle e que em instantes o pouso terminaria e poderiam desembarcar no aeroporto de São Paulo.

Linn e Anne não falaram nada, mas suas mãos ainda estavam unidas.

Horas se passaram até que um novo para Londres fosse chamado, Anne estava trêmula por ter que entrar em um avião novamente. Dali em diante ela com certeza evitaria aviões. Tanto ela quando Linn tomaram remédios para dormirem a viajem toda.

– Eu não quero nunca mais andar de avião! Oi casinha, senti tanto sua falta! Cama! – falou Anne com os objetos do apartamento e se jogando na cama em seguida. Linn apenas riu indo procurar algo para comer.

Ainda restava alguns dias das férias de ambas e elas puderam ficar na ociosidade por um tempo antes de voltar a rotina.

– Sabe, eu estava pensando... – comentou Linn, olhando para o teto. Elas estavam deitadas na cama sem fazer nada. Já haviam feito uma faxina e comida. Anne apenas a deixou prosseguir. – sei que nós não necessitamos de muito espaço, mas nós recebemos bem agora. Poderíamos morar em um lugar maior...

– Sim, poderíamos. Você já decidiu onde vai se inscrever? – se referiu a faculdade.

– Eu estava pensando na UCL, tenho que ver toda a papelada para poder fazer a matrícula o quanto antes.

– Então, vamos ver agora! Por que não? Assim, se você for para lá mesmo, nós podemos ver apartamentos perto de lá que não fique muito longe de nossos trabalhos. – Linn achou uma ótima ideia e foram ver o que era necessário, passaram horas pesquisando.

– Então é isso, UCL.

– Acho que vou me inscrever também.

– Sério?

– Sim! Essa pesquisa me animou, e eu quero crescer na empresa, então. – Linn sorriu e a chamou para pesquisar como era o curso de administração. E foram mais horas naquilo até se cansarem.

– Estou cansada de olhar para essas paredes, vamos no Mike? Certamente ele tem algum lugar para irmos.

E realmente, elas saíram junto com Mike e seu namorado, Jonathan. Um italiano com sotaque fofo que realmente parecia gostar de Mike. Foram a um bar calmo e aconchegante no centro da cidade. Pediram alguns petiscos e alguns drinks.

– Então, como se conheceram? – Anne perguntou ao casal em sua frente. Jonny, que pediu para ser chamado assim, foi quem contou que ele derramou vinho na camisa de Mike sem querer pois era muito lerdo e já estava alterado quando aconteceu. Então ele foi junto com Mike para o banheiro para ele lhe dar a blusa que usava por baixo de sua blusa de linho azul de botões. Quando Mike tirou a blusa, Jonny ficou meio que babando em seu corpo e então eles passaram a noite conversando e desde então não se largaram mais. – que fofos!

– Vocês sabiam que ele até já me apresentou para os pais dele? Que foram super gentis comigo. – falou meio perplexo. Jonny tinha ido ao banheiro. – é estranho, sabe? Acho que já estou tão acostumado a ser tratado como um tanto faz na vida de que eu me relaciono, que quando chega alguém que é recíproco em tudo, eu acho estranho. Mas tudo com Jonny é incrível. Nós somos muito amigos e isso está virando uma base para algo maior.

– Acho que já estava passando da hora mesmo de você achar alguém que realmente te desse o devido valor, ele parece gostar de você de verdade! – comentou Linn, após um longo gole em seu terceiro dry martini. – e é muito bom que vocês tenham algo recíproco, ao meu ver a amizade e reciprocidade são a base de um relacionamento. Junto com a lealdade. – entrelaçou sua mão com a de Anne, lhe dando um meio sorriso.

– Eca! Cadê meu namorado, gente? estou segurando um castiçal aqui! – falou revirando os olhos, mas logo Jonny chegou e puderam retomar a conversa aleatória sobre bichos de estimação que tiveram na infância.

Linn, em sua sexta dose do drink que tomou a noite toda, já começava a se sentir meio tonta e pediu para Anne ir com ela ao banheiro e assim a loira o fez, meio que a carregando.

Quando Linn saiu do box, encarou Anne que estava lavando o rosto. Ela também não estava muito sóbria. A morena se aproximou da outra, um fogo havia subindo em seu corpo.

– Anne?

– Hm?

– Eu quero muito que você me foda. Aqui e agora. – Não foi preciso mais nenhuma palavra para Anne lhe agarrar e entrarem no box em meio a um beijo selvagem. Anne sugava o lábio inferior de Linn sem pena causando alguns gemidos que só faziam sua excitação aumentar. Sempre que transavam bêbadas o sexo ficava mais intenso. Linn puxava o cabelo de Anne próximo à nuca na tentativa de fazer menos barulho.

Anne pôs a mão por dentro da calça de Linn, massageando rápido até sentir que ela estava muito molhada. Linn facilitou o trabalho de Anne e tirou a própria calça junto com a calcinha. Trocaram olhares intensos e quentes. Aquela cabine estava pegando fogo. Anne penetrou dois dedos sem pudor em Linn, que gemeu alto.

– Você gosta quando eu te fodo assim? É? Responde! – mandou, dando um tapa no rosto de Linn.

– Porra! Gosto! – foi o que conseguiu falar em meio aos gemidos. Anne acertava inúmeros tapas em seu rosto, fazendo com que ela ficasse cada vez mais excitada. Linn não aguentava mais ficar de pé, então empurrou Anne para se sentar na privada e se sentou em seu colo com uma perna de cada lado de modo que ela ainda pudesse penetrá-a sem problemas.

– Goza pra mim, vai... – sussurrou Anne. Linn rebolava em seus dedos enquanto arranhava os braços da namorada. – puta que pariu!

Se assustaram ao ouvir batidas pesadas na porta do banheiro e pararam tudo enquanto Linn se vestia o mais rápido que podia para alguém bêbado. Saíram sem olhar para trás tentando se recompor e deram a desculpa de Linn ter tido um problema feminino para poderem ir para casa.

Quando chegaram puderam aproveitar o resto da noite na privacidade da casa, chegando ao ápice várias vezes e indo dormir exaustas. 

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Oi, eu tô bem desapontada por causa do aviso anterior, só queria mais incentivo de vocês que leem... mas vida que segue. 

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