A personagem que vive dentro do livro escrito pela personagem que também faz parte de um livro?
Ainda estou meio confuso.😞😞😞
Scott Westerfeld nos guia por um mundo dentro de um mundo e nos apresenta uma trama robusta que flerta com questões sobre escrita.Uma leitura que eu adorei fazer.
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Pontos negativos
FORMATO: De forma geral eu gostei bastante da história e da proposta de trazer a autora e a obra se degladiando nas páginas. Porém, não sei se o formato foi o mais assertivo por estar sempre interrompendo o leitor e o seu raciocínio frente à trama. Pensei que se tivéssemos, ao invés de capítulos alternados, mas ambos os livros separados, poderia dar ao leitor três opções diferentes de leitura e criar experiências completamente diferentes para cada um. Poderíamos ler o capítulos alternados, conforme está hoje; ou primeiro a história da autora e depois sua obra; ou primeiro a obra e depois a história de como ela foi completamente concebida. Três opções. Três experiências. Múltiplas percepções.
Pontos positivos:
PROPOSTA DE MUNDO: Acho a ideia de termos em um mesmo livro a trajetória do escritor e a história da sua obra algo muito legal. É ter a convergência de duas coisas que são tão diferentes e que partem do mesmo princípio, uma ideia na mão de um autor. A realidade versos a fantasia.
Darcy é uma adolescente de família Hindu que mora nos Estados Unidos, apesar de já ter abdicado de várias características de sua cultura, ela tem isso ainda muito presente na sua vida, incorporando traços da religião no seu próprio livro. E esse é apenas um dos conflitos que ela vai se deparar ao longo da jornada. Sua sexualidade também entra em questionamento e ela provavelmente estará vivendo seu primeiro amor em meio a esse turbilhão de emoções.
Ela, como é citado no livro, é uma garota mimada e sortuda que teve um insight, escreveu um bom livro e agora vai ter a oportunidade de descobrir todo um mundo novo por causa disso. Por ela não saber como as coisas funcionam, tudo é uma novidade, tudo a fascina e a preocupa no mesmo grau numa vertente de sentimentos que muda rapidamente. Ao mesmo tempo em que ficamos animadas por acompanhar a “sorte” que lhe sorri, ficamos apreensivas por ver o quanto ela pode ser negligente com a oportunidade em alguns aspectos, enquanto se agarra a outras com unhas e dentes.
Por ser seu primeiro livro, tudo o que diz respeito a revisões, alterações e solicitações do editor e da editora são coisas desconhecidas que ela vai aprendendo a lidar conforme o livro caminha. E, enquanto isso acontece, vamos começar a ler a história que deu à Darcy essa oportunidade.
Para um primeiro contato com a escrita do Scott Westerfeld, acho que o saldo foi positivo. Além-Mundos não é extremamente fluído, mas se passa pelas páginas de forma confortável. Acredito que só não flua mais rápido pelo constante interrompimento do raciocínio de quem está lendo, que precisa flutuar entre as histórias de poucas em poucas páginas. Mesmo assim, foi uma experiência completamente nova pra mim ler um livro que trouxesse esse desafio como história. Além, claro, de haver uma referência muito direta ao Nanowrimo, evento que acontece de verdade todo novembro, e que incita os autores a escreverem uma meta diária de 2 mil palavras e concluir um livro em um mês.
SOBRE O LIVRO:
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#Destrinchando
RandomEssa é a verdade. Escrever é um ato de fé. Sem inspiração divina, vários textos inacabados, bloqueios horrorosos e cerca de 12 vezes ao dia, uma vontade de sentar, desistir e chorar. Não especificamente nessa ordem. Muitos correm atrás de cursos pa...