Olá meus caros, como vão?
Mais um Destrinchando na área com um livro que eu li alguns meses antes de eu iniciar o projeto, mas percebi que tinha algumas coisas legais a pontuar nele. Espero que você não tenha nenhuma Reminiscência ou se depare com o Anel do Infinito.
Ele é tão legal quanto perigoso.
( Capa em inglês)
Estou falando de Infinity Ring - Um Motim no Tempo, o primeiro livro da série que é uma colaboração entre vários autores, destacando James Dashner que escreveu este.
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Pontos negativos
Distância: Acho que uma das coisas que tiram o brilho da obra é o distanciamento que a narração estabelece com suas personagens. Como leitor, queria desfrutar dessa proximidade para com os dilemas enfrentados por elas, tendo em vista que é algo que ganha certo destaque na trama.
Não sei se foi para contar com mais pontos de vista ou para evitar uma versão esteriotipada da voz narrativa dos protagonistas, que no caso são crianças, no qual esse afastamento é uma boa ferramenta. Entretanto, achei que foi demais e atrapalhou um pouco a empatia. Que como eu já disse, é uma das coisas que definem o funcionamento de uma obra.
Fácil resolução: Outra coisa que me incomodou um pouco foi a simplicidade lógica com a qual os conflitos foram resolvidos. Apesar de ser uma literatura juvenil, a obra se propõe a uma trama complexa e a forma como tudo se resolve tira um pouco do encanto de tudo. O leitor espera um final feliz para suas personagens, então, quanto mais obstáculos, mais interessante a trama.
Isso sem mencionar que, embora os protagonistas sejam muito inteligentes, foi difícil imaginá-los em uma missão desse porte. Até a metade da obra ainda fiquei esperando a aparição de algum adulto ou alguém mais experiente que os acompanhasse.
Mesmo que mídias em que as crianças são capazes de tapear pessoas mais velhas e resolver situações de destruição global tenham feito sucesso( Esqueceram de Mim e Pequenos Espiões, por exemplo) elas têm um tom cômico e até meio pastelão. Bem diferente do teor distópico e por vezes reflexivo pelo qual essa obra caminha.
Pontos positivos
Polvilhado com distopia: Mesmo que não haja uma descrição detalhada da sociedade e da época em que a história se passa dá para perceber os moldes distópicos da trama que ajudam a dar o tom para a obra. Aposto que isso será mais abordado nos próximos volumes da série, mas só esse gostinho já é muito bom para instigar o leitor.
Além disso, esse livro prova que os casamentos mais estranhos podem dar certo. Distopia na literatura juvenil, romance e ação, fantasia e ficção científica, mahou shojo com terror...
Carga histórica: Fui totalmente surpreendido pelas informações, datas e o conteúdo histórico utilizado como pano de fundo para a obra. Tenho que dizer que esse elemento foi o que me conquistou. A forma como tudo foi contextualizado pelas ironias de Dak ou os comentários de Sera camuflou a aula de história mais divertida que eu já tive.
Reflexões e questionamentos: Não subestime esse obra só por carregar o gênero infanto-juvenil.
Apesar da escrita simples, a obra traz um peso reflexivo junto com ela. A abordagem da viagem no tempo não se resume apenas a ser uma coisa daora, mas também em levantar questionamentos que são vistos nos dramas familiares enfrentados pelas personagens. A história dialoga muito sobre os infinitos e se que definem a nossa existência.
Curiosidades: Além dos sete livros lançados aqui no Brasil e um oitavo sem previsão de estréia, há um série de jogos que o site da editora Intrínseca disponibiliza em seu site. São aventuras que vão além daquelas vividas nas páginas e que nos permitem passar mais tempo ao lado dos protagonistas.SOBRE O LIVRO:
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#Destrinchando
AcakEssa é a verdade. Escrever é um ato de fé. Sem inspiração divina, vários textos inacabados, bloqueios horrorosos e cerca de 12 vezes ao dia, uma vontade de sentar, desistir e chorar. Não especificamente nessa ordem. Muitos correm atrás de cursos pa...