Essa é a verdade. Escrever é um ato de fé.
Sem inspiração divina, vários textos inacabados, bloqueios horrorosos e cerca de 12 vezes ao dia, uma vontade de sentar, desistir e chorar. Não especificamente nessa ordem.
Muitos correm atrás de cursos pa...
Olhos multicoloridos serão sua última preocupação nesse capítulo, pelo menos não mais que a obsessão por chegar na lua e entes queridos que desapareceram.
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Sally Gardner, autora que possui dislexia, quis trazer o protagonismo para alguém como ela. Assim, Standish Treadwell apareceu trazendo consigo a brilhante história de Lua de Larvas.
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** A única ressalva que eu tenho é que eu senti falta de mais background para a história. Queria ter visto um pouco mais desse mundo, tanto que existem coisas que ficam inconclusivas até o fim da obra. Isso acontece por que vemos tudo se desenrolar através dos olhos de um menino disléxico e captamos apenas tudo que ele sabe ou entende. A autora quis ser fiel ao seu protagonista, não que seja algo negativo, mas estava curioso para conhecer um pouco mais dessa realidade.
Pontos positivos
Jogando com contexto: A história se passa no planeta/país chamado Terra-Mãe. Se fosse para ambienta-lo na nossa linha do tempo a trama se encaixaria em meados dos anos 50 no auge da corrida espacial. A história se desenrola em cima da pergunta que se faz até hoje: o homem realmente pisou na lua?
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Utilizando de sátira, a autora estabelece esse mundo distópico e brinca com esse velho questionamento. Além de contextualizar na trama uma dura realidade de repressão e desigualdades.
História visual: Além da trama principal, as páginas do livro apresentam alguns desenhos ao começo ou final de capítulos, artifício esse que conta uma história paralela e complementa a narrativa de Standish, o protagonista. Envolvendo ratos, moscas e larvas, as ilustrações são muito bacanas e abrilhantam ainda mais o livro, que já tem uma bela capa e uma diagramação excelente.
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Visão do protagonista: Pense em um leitor que ficou encantado ao descobrir, após a leitura que a autora possui o mesmo distúrbio de seu personagem principal. Compreender as barreiras que pessoas como ela tem para o aprendizado, torna a leitura ainda mais tocante. Saber que a obra alcançou prateleiras internacionais é algo a ser comemorado e aplaudido de pé.
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Toda essa história pessoal da autora corrobora para o retrato do olhar de Standish sobre sua realidade. É natural sabermos que pessoas como ele são desatentos e perdem o foco muito fácil. Existem momentos em que ele começa um flashback e não para mais por alguns capítulos e sempre há esses trechos de "divagar", algo que a autora estabelece na narrativa e auxiliam na construção da personagem.