Será que os citadinos podem ler esse capítulo lá do céu?
Tudo bem, eu entendi que Zig restringe um pouco(muito) o acesso às mídias daqui, mas será que tenho alguma chance?
Queria dizer que gostei muito de conhecê-los e que algum dia ainda experimento escovar os dentes com bicarbonato :)
Neil Smith, que se provou um grande entusiasta sobre a pós vida, nos lança em uma história sobre todas a discussões que envolvem o "Grande Depois"
O além esteve sempre fechado, mas um menino está disposto a contar sua história.
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* Tenho que salientar que às vezes a narração do protagonista parecia estar olhando para o lugar errado. Ele se estendia em uma coisa, quando na verdade nos queríamos ver outra. Geralmente nessas ocasiões, o autor queria dar mais background para o mundo, o que não é de todo ruim já que o cenário estabelecido é bem convidativo. Mas o mistério falava tão mais alto que essas passagens pareciam apenas divagações. Entretanto, não deixarei isso como ponto negativo. Observação marota, apenas.
Pontos positivos
No céu tem pão?: Uma das coisas que mais me chamou atenção em Boo foi sua premissa. Teorizar sobre as questões pós vida sempre pairou nos pensamentos humanos e a ideia de criar uma realidade com um viés fantástico baseada nessas condições foi uma aposta interessante.
Todos os pormenores que a envolvem são chamativos e enchem a narrativa. É uma oportunidade única e queremos explorar cada detalhe. Com certeza foi um distinto e convidativo cenário para sustentar essa trama.
O protagonista: Com certeza, um dos pontos altos da história é seu protagonista.
Na trama, somos apresentados a Oliver Dalrymple, um garoto de treze anos. Apelidado de Boo, que segundo ele combina miseravelmente agora que chegou no céu.
Ateu, a primeira vista ele considera tudo alguma divagação alucinógena. Logo, apelida Deus( a entidade invisível que rege aquilo tudo) de Zig. Soa melhor, diz ele.
Ele é muito inteligente e lamenta que a biblioteca do lugar seja tão reduzida(na verdade, inexistente). Com dificuldades para se relacionar, o garoto entra em uma jornada na Cidade e acaba produzindo alguns quotes pelo caminho, como: "Para mim, duas pessoas se tocando é igual a colisão de duas galáxias"
O que eu mais gosto é que Oliver tem um narração um tanto azeda e pode até ser visto como chato de início, mas toda a sua excentricidade e a vontade de achar um sentido naquilo tudo foi algo envolvente para mim. Gostei muito do período ao seu lado e me identifiquei muito em alguns pontos.
*** Uma outra coisa que eu gostei muito foi a capa que tem todo um efeito tridimensional que eu achei muito bonito. Excelente para enfeitar sua prateleira. Outra coisa da edição a destacar é que todos os começos de capítulos vêm com algum símbolo da tabela periódica, o que salienta ainda mais a personalidade científica do narrador.
SOBRE O LIVRO:
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#Destrinchando
AcakEssa é a verdade. Escrever é um ato de fé. Sem inspiração divina, vários textos inacabados, bloqueios horrorosos e cerca de 12 vezes ao dia, uma vontade de sentar, desistir e chorar. Não especificamente nessa ordem. Muitos correm atrás de cursos pa...