CAPÍTULO VINTE E TRÊS

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LEONARDO

Tudo bem, isso foi muito, muito estranho e intenso. Eu estava com as pernas bambas até agora, estava sentindo meu rosto quente de tanta vergonha.

Não vou dizer que não gostei, porque eu gostei bastante e pode colocar bastante nisso, estava tão bom e tão quente aquele momento que eu pensei estar no céu ou podia ser no inferno, para mim estava valendo desde que não acabasse.

Mas minha querida e amada mãe acabou com todo o clima, nossa eu chamei um palavrão tão grande na minha cabeça que se eu fosse falar para minha mãe ela me daria uma surra. Não se engane com dona Joana não, ela só tem esse jeitinho calmo, mas quando está brava a mulher vira uma leoa.

Mãe me perdoe, mas eu te xinguei internamente pelo que você fez, justo na melhor parte poxa.

Eu só podia estar vivendo um sonho, alguém me belisca para ver se é real? Porque cara eu estou surpreso até agora. Renato me beijou do nada e avançou em mim. Meu Deus, que pegada esse ser humano tem, Deus do céu!

Foi mágico, não sei se essa palavra seria o ideal, porém não estou nem aí. Sentamos à mesa. Meu pai e minha mãe um ao lado do outro, meus irmãos de um lado da mesa e Renato e eu em outro.

- Cheirinho bom, hein mãe. - Falo para descontrair o clima estranho que estava no ar.

- Que bom que gostou, então se resolveram? - Minha mãe pergunta bem direta e me faz olhar para ela abismado. Olho para o Renato que olha para mim de volta. Sinto meu rosto esquentar mais ainda ao olhar para ele e lembrar que ele fez tudo aquilo comigo no quarto alguns minutos atrás.

- Eu creio que sim, né Léo? - Renato fala me olhando e eu assinto meio incerto, não vou dizer que perdoei Renato cem por cento. Até porque ele tem que me explicar muita coisa, ainda mais depois do que aconteceu entre nós no meu quarto.

- Que bom, já não aguentava mais vocês brigados, vocês sempre foram unidos e do nada brigam. - Minha mãe fala olhando diretamente para Renato que sorri sem graça. Olho para minha mãe mandando uma mensagem silenciosa para ela parar.

- Vamos comer, né? - Falo com um sorriso sem graça, meu pai ficou calado falando com alguém no celular com certeza deve ser cliente. Meus irmãos conversavam algo entre si baixinho só para eles ouvirem. - O que tanto vocês falam baixinho aí, hein? - Pergunto olhando para os meus irmãos que me olhavam e depois para Renato.

- Nada demais. - Leila fala dando de ombros, franzi o cenho olhando para aqueles dois.

- Olha, olha... - Falo em sinal de aviso para eles que me olham com desinteresse.

- E aí Sandro? Como anda a vida? - Renato pergunta para o meu pai que ergue os olhos para o mesmo.

- Vai bem, e a sua? E a namorada? - Meu pai pergunta erguendo uma sobrancelha. Nossa, pai! mancada isso hein.

Lembro de Dayana no mesmo instante, olho para Renato que me olha meio desconfortável e sorri sem graça. Olho para meu pai com os olhos cerrados, ele quer chegar em algum lugar com essa pergunta conheço esse velho esperto.

Mas sinto a culpa me atingir com peso ao lembrar de Dayana. Droga, mais uma vez traímos ela e isso me deixa triste e me sentindo culpado. Olho para Renato que não sabe o que responder, ele coloca a mão na minha coxa por debaixo da mesa e esse ato me fez assustar.

- A minha vida vai ótima e ela está bem. - Fala e dar dois apertos na minha coxa, tento ao máximo disfarçar para ninguém perceber.

- Que bom. - Meu pai fala e começa a conversar com Renato sobre algo que não vou comentar aqui, até porque é desnecessário. E também não vou perder meu tempo falando de coisas que para mim é nada a ver. Amo meu pai, mas as vezes ele tem assuntos para conversa meio bizarros.

Nos servimos e começamos a comer. A todo instante a imagem de Dayana vem em minha mente e sinto uma culpa crescer dentro de mim. Mas logo trato de expulsar esse sentimento até porque não foi eu que tomei iniciativa. Se Renato não está nenhum pouco preocupado, eu também não vou ficar.

Dayana é um amor de pessoa, mas eu cheguei primeiro. E depois do que aconteceu no meu quarto deixa claro que Renato sente algo por mim. Mas não tira o fato de eles ainda estarem "namorando". Mais um assunto para conversamos depois.

A mão dele está na minha coxa, fazendo um carinho e aquilo não está pegando bem porque meu pênis está despertando e não posso ficar de pau duro aqui. Tiro a mão dele discretamente da minha coxa, ele olha de soslaio para mim e coloca a mão novamente. "Vagabundo" penso levando uma colher de comida a boca.

Se esse filho da mãe quer brincar, então eu vou ensinar a ele como se faz, Renato não conhece o meu lado tarado, quer dizer, só um pouco.

Discretamente coloco minha mão em cima do pau dele, fazendo o mesmo se engasgar um pouco com a comida que estava em sua boca.

- Que foi Renato? Tá tudo bem? - Minha mãe pergunta olhando para ele de cenho franzido.

- Tá tudo bem sim, Joana. - Fala com um sorriso de lado, ele me olha rapidamente e sorri de lado inocente como se eu não tivesse feito nada. Renato volta a comer, mas eu ainda não acabei com a brincadeira. Meu Deus, que vergonha, meus pais estão logo à nossa frente.

Levo minha mão sorrateiramente para coxa dele fazendo uma carícia naquela região, ele puxa a respiração profundamente. Olho para minha mãe e meu pai que estão distraídos e levo minha mão mais adiante encontrando seu pau semiduro.

Acreditem em uma coisa que vou falar, a situação ali presente nas minhas mãos não era nada fino e muito menos pequeno. Renato tem um patrimônio privilegiado, meus amigos.

Começo a fazer uma carícia no membro dele. Renato puxa a respiração lentamente e engole em seco. Mas eu continuo comendo tranquilamente. Renato tira minha mão do seu pau e isso me faz gargalhar. É sério eu não aguentei. Meus pais e irmãos me olharam de cenho franzido e olhei para Renato que estava com vergonha.

- Que foi Léo? - Meu pai pergunta, minha mãe ergue uma sobrancelha e Renato me olha meio desconfortável.

- Nada pai, lembrei do dia em que a mãe e a Leila passaram vergonha no shopping. - Falo e vejo Renato suspirar aliviado. Dou outra gargalhada, minha mãe nega com a cabeça e meu pai me acompanha na risada.

Logo começamos a falar sobre os micos que já passamos e nossa a gente riu muito, muito mesmo. Por um momento eu pensei em Renato como parte da minha família, foi um pensamento bobo eu sei, mas imaginar não custa nada.

Querer é uma coisa ter é outra, não sei o que vai acontecer com Renato e eu depois de tudo isso. Afinal, ele tem uma namorada e até o momento não tenho certeza de nada. Só que quase transamos dentro do meu quarto. Mas isso não quer dizer nada. Ele pode até sentir desejo por mim, mas pode não me amar.

Pensar nisso me deixa mal, porém não posso me iludir com isso. Renato pode ter demonstrado tudo aquilo por mim, mas seu sentimento ainda é incerto. Não vou e não quero fantasiar sobre nada disso, enquanto Renato não mostrar que realmente sente o mesmo que eu. Não vou permitir me prender a algo que pode ser passageiro.

Meu Melhor Amigo (RETIRADO EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora