CAPÍTULO CINQUENTA E DOIS

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RENATO

Não vou dizer que não fiquei surpreso com o pedido que Léo fez ao Renan, isso foi estranho. Quando ele fez a pergunta para Renan eu parei no mesmo instante, olhei para ele com o cenho franzido e depois para Renan que ficou vermelho de vergonha e engoliu em seco.

– E-E-Eu... Eu não vou fazer isso, tá doido? – Renan fala nos olhando como se fossemos estranhos. Léo gargalha e tira a mão do meu pau. Nosso amigo estava com a respiração pesada e podíamos ver que ele tremia.

– Relaxa Renan, só estávamos brincando com você. – Léo fala com a voz tranquila e dá de ombros. Que bom que era somente uma brincadeira, porque se fosse verdade eu é que não iria aceitar. Seria estranho e me atrevo dizer meio nojento. Dois é bom e três já é demais.

– Tudo bem, eu preciso que vocês saiam do meu quarto. – Renan fala suspirando profundamente, ele nos olha negando com a cabeça, eu não sabia o que falar. Eu achei divertido não vou negar, mas quando Léo fez a proposta para o Renan eu já fiquei meio estranho. Leonardo faz uma cara de desgosto e nos levantamos. Ajeito meu pênis na cueca porque sim ele ainda estava meio bomba.

– Qual é Renan! Foi só uma brincadeira cara. – Léo fala olhando para o nosso amigo que nos olha negando com a cabeça, Renan se senta na cadeira gamer e suspira mais uma vez. Eu fiquei calado, não sabia o que falar depois disso.

– Tudo bem, eu entendo, mas eu quero que vocês saiam. – Renan fala nos olhando de lado e se vira para o seu computador. Ele ficou chateado é evidente isso. Léo e eu nos olhamos com pesar. Foi uma brincadeira sem graça e maldosa eu admito, mas não esperávamos essa reação do nosso amigo.

Confesso que também achei estranho o pedido de Léo, mas sei que ele falou aquilo brincando, quer dizer, eu espero realmente que isso fosse só brincadeira da parte dele. Renan nos olha uma última vez, coloca os fones de ouvido e nos dá as costas.

– Renan. – Léo fala com certo pesar na voz e tenta ir até o nosso amigo, mas eu o paro pegando em seu braço, Léo me olha de cenho franzido e eu nego com a cabeça.

– Deixa ele quieto por um tempo. Você sabe que ele é um cara que se ficar chateado não vai esquecer tão cedo. Então é melhor não piorar as coisas. – Falo olhando para Léo que me olha com culpa em seus olhos, ele olha para Renan e depois para mim novamente e assente com os olhos tristes.

– Tudo bem, vamos então. – Fala com a voz baixa, não gosto de o ver triste por isso o abraço pelos ombros e juntos nós passamos pela porta do quarto do nosso amigo. Não vou mentir dizendo que não estou mal pelo nosso amigo, afinal, fizemos uma coisa bem infantil. Léo parece estar sentindo o peso da nossa atitude agora, porque está perdido em seus pensamentos e os ombros estão tensionados.

– Léo relaxa. – Falo o guiando para o meu quarto, o mesmo suspira e me olha com o peso da culpa em seus olhos.

– Não consigo Reh, me sinto mal por ele. – Fala se referindo ao nosso amigo, assenti em compreensão, afinal também sinto o mesmo. – Foi só uma brincadeira. – Léo completa com um sussurro, faço ele olhar para mim.

– Ei, vai ficar tudo bem. Só vamos dar um tempo para o nosso amigo. Ele vai entender. – Falo com a voz mansa e o olhando no fundo dos olhos castanhos, ele engole em seco e assente. Preciso dar força para ele agora, caso contrário ele vai querer se isolar e não quero que ele faça isso.

Renan é um cara muito sentimental, se você o decepcionar ele nunca vai esquecer. Ele pode até perdoar, mas não vai ser o mesmo com você e pior pode nem querer mais olhar na sua cara. Mas acredito que Renan não vai chegar a esse ponto com Léo e eu, afinal nossa amizade já tem anos e não vai ser uma simples brincadeira que vai afetar isso. Pelo menos eu espero que não.

Léo e eu entramos no meu quarto, sentamos na cama e olhamos um para o outro. Léo estava apreensivo, pego em sua mão e aperto com carinho. A expressão de preocupação em Léo era muito aparente. Quando ele está preocupado ele franze o cenho e arqueia um pouco as sobrancelhas.

– Léo não se preocupa, ele vai entender. – Falo fazendo carinho no rosto dele e o mesmo assente me olhando. O beijo com ternura para passar mais tranquilidade para ele e o mesmo retribui.

– Só estou preocupado dele ficar de mal com a gente, você sabe como ele é. – Léo fala fazendo um carinho na minha bochecha, levo minha mão até seu pescoço e passo o dedo pelas marcas que deixei alguns minutos atrás.

– Ele não vai ficar, pode confiar. – Falo para o tranquilizar e o mesmo me olha apreensivo, porém assente em concordância. – Tenta descansar um pouco. – Falo dando um selinho nos seus lábios macios e o mesmo suspira.

– Tudo bem, vou para o meu quarto, vou pedir IFood e depois dormir. – Fala sorrindo de lado, eu assinto com um sorriso também.

– Pede para mim também. – Falo quando o mesmo se levanta da minha cama e vai até a porta, ele me olha com uma sobrancelha erguida e nega com a cabeça.

– Pede para você, ué. – Fala me dando uma piscadela e sai do quarto me deixando o olhando com os olhos cerrados e negando com a cabeça.

Depois que ele saiu, fiquei pensando no que fizemos no quarto do Renan. Foi estranho?  Foi. Porém também foi excitante. Não posso negar o óbvio. Mas o Renan ficou bolado com tudo isso, espero realmente que ele não leve para o lado pessoal, mas se bem que isso que fizemos foi beeeeem pessoal.

Não quero que nosso amigo fique de mal comigo e Léo por algo tão idiota, quer dizer, mais ou menos. Preciso de todos os meninos para o que eu estou planejando e Renan é um dos principais, tomara que ele não nos odeie.

Pensando na surpresa, tenho que começar a resolver todas as coisas para que isso aconteça, pego meu celular na cama e ligo para a pessoa que com certeza vai me ajudar porque ela é muito boa nisso.

– Alô mãe? Pode subir aqui no meu quarto, por favor. – Falo quando a mesma me atende. Eu poderia descer e falar com ela lá embaixo? Poderia. Mas não quero que ninguém escute além de mim e ela. Nesse momento.

– Claro filho, já estou indo. – Fala do outro lado da linha, desligo a ligação e espero minha mãe vir até meu quarto. Quando a mesma chega, ela logo entra e me olha com o cenho franzido.

– Que foi filho? – Ela pergunta me olhando e eu a olho meio misterioso, sabe só para a tensão e curiosidade ir além.

– Preciso da sua ajuda. – Falo a olhando e a mesma arqueia as sobrancelhas.

– Com o que seria? – Ela pergunta e a olho com um sorriso de lado.

– Quero fazer uma surpresa para o Leonardo.

Meu Melhor Amigo (RETIRADO EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora