CAPÍTULO TRINTA E SETE

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LEONARDO

Acordo no outro dia tão leve, que até mesmo eu me surpreendi. Renato não estava na cama comigo, o que me fez pensar que ele, obviamente, levantou primeiro que eu.

Lembrar do que fizemos ontem à noite me fez morder os lábios com um sorriso de lado, não tenho palavras para falar o quanto foi bom e prazeroso. Fico olhando para o teto do quarto lembrando de tudo de ontem à noite.

Foi maravilhoso, apesar de ter doído um bocado no início valeu a pena suportar toda a dor, porque o prazer que Renato me proporcionou foi incrível.

Toco nos meus ombros onde Renato mordeu, nossa tava muito dolorido. Incrível que quando ele fez isso em meio ao sexo eu não senti nada de dor e sim prazer.

Me espreguiço na cama e ao fazer isso sinto uma leve ardência no meu ânus, faço uma careta de dor e franzo o cenho. Lembro de ser minha primeira vez e por causa disso sentiria um pouco de desconforto.

Na verdade, não foi só a minha primeira vez foi a de Renato também, com homem eu digo, apesar de não parecer pela destreza que ele mostrou mas realmente era. E ele perdeu a virgindade com alguém do mesmo sexo comigo e ainda tirou a minha virgindade também.

A entrega e o prazer que nos envolveu ontem deixou tudo ainda mais picante e prazeroso. Levanto da cama com um sorriso nos lábios, mas esse mesmo sorriso murcha ao sentir aquela ardência na minha região sensível mais forte, agora mais como uma pequena fisgada. Arregalei os olhos. Será que Renato me rasgou? Provavelmente sim, com um pau daquele tamanho.

Andar só piorava as fisgadas na minha bunda, a dor era tão chatinha que eu tinha que mancar para não doer tanto. Puta que pariu estou ferrado, como eu vou chegar mancando desse jeito perto dos meninos. Eles vão desconfiar que fiz alguma coisa e aposto que os que sabem sobre Renato e eu vão captar o porquê de eu estar mancando.

Nossa que vergonha, ainda estou pelado por não ter vestido nada ontem à noite, vou mancando para o banheiro e pensando, como eu vou andar assim perto dos meninos?

Cara, se soubesse que teria isso no outro dia não teria feito nada, mentira teria feito sim. Mas o meu caso foi a virgindade que eu perdi é normal estar assim, porém minha preocupação não era com isso e sim dos meninos perguntarem porque estou mancando sendo que ontem à noite quando estávamos na sala de jogos eu estava andando normalmente.

– Eita porra. – Falo quando a água entra em contato com aquela região que estava sensível. – AAAARGH. – Grito com a ardência maldita que estava sentindo. Sem dúvidas agora, o Renato realmente me rasgou.

Quando eu achava que não podia ficar pior que andar mancando, a água vem e mostra o quanto eu estava errado. Puta que pariu, isso é horrível. Sem mentir, acho que nunca mais vou dar. Se for para sentir isso toda a vez que for transar eu estou mais que lascado.

E pior é que eu tive que suportar aquela ardência maldita para poder tomar banho direito, foi horrível e pior ainda é que eu tive que limpar aquela área com sabonete. – FILHO DA PUTA! – Grito dentro do banheiro com os dentes trincados de dor que aquilo causou. Porra mano, ser passivo é uma bosta. Na hora é tudo as mil maravilhas, mas depois você sofre com a ardência e dor.

– LÉO VOCÊ ESTÁ BEM? – Escuto Renato perguntar do lado de fora, respiro fundo para não mandar ele ir a merda, sério aquela dor irritante já estava me enchendo o saco.

– Estou. – Falo de volta, termino de tomar banho, me enrolei na toalha e saí MANCANDO para fora. Renato estava me esperando encostado na pia, ele franziu o cenho ao me ver mancando.

– Por que você tá mancando? – Pergunta e olho para ele com uma expressão séria.

– Ora por que... Porque você me rasgou ontem. – Falo indo para o meu quarto para vestir a roupa, olhar para Renato me deixou um pouco sem jeito, mas o incômodo que eu estava sentindo era maior que minha vergonha.

– Sério? – Ele pergunta vindo em meu encalço para o quarto. Renato me olha preocupado enquanto eu procuro uma roupa no armário.

– Claro né! Você já viu a grossura e o tamanho do seu pau? Eu estou dolorido e o pior MANCANDO. – Falo olhando para ele por cima dos ombros, não estou com raiva dele, não pensem isso. Mas essa dorzinha filha da puta na minha bunda me deixa irritado e ainda tem o fato de que vou ter que sair do quarto desse jeito. Mas não saio desse quarto nem fodendo. Renato me olha preocupado.

– Me desculpa, não achei que iria machucar você. – Fala meio triste, vesti minha cueca, que casou um incômodo ainda maior, que me fez gemer de dor e virei para ele com um sorriso de lado.

– Não se desculpe, eu gostei e não me arrependo do que fizemos ontem. – Falo chegando mais perto dele e o beijo. – Quer dizer, só um pouquinho. – Falo fazendo um sinal de pouquinho com os dedos. Renato sorri de lado.

– Tem certeza? – Ele pergunta me olhando com os olhos franzidos, assenti e o beijei outra vez. Ele retribuiu o beijo aprofundando o mesmo. – Seus ombros estão marcados. – Fala ele tocando no meu ombro onde ele mordeu e reclamo de dor.

– Ai doido, não faz isso, está doendo. – Falo me afastando dele para terminar de vestir a minha roupa. Renato me olha dos pés a cabeça.

– Nossa Léo, eu machuquei você para caramba né? Na hora nem me toquei. – Fala ele, visto meu calção de casa e minha camiseta e viro novamente para ele.

– Está tudo bem, na hora eu gostei admito, mas o pós é o pior. – Falo agitando a mão nos meus cabelos para tirar o excesso de água dos mesmos. Nesse processo acabo jogando pingos de água no Renato.

– Ontem foi maravilhoso. – Ele fala com um sorriso satisfeito nos lábios carnudos, olho para ele e assinto mordendo os lábios.

– Com certeza foi. – Falo e o beijo novamente ele leva sua não mão até a minha bunda, mas logo me afasto em um pulo, ele me olha sem entender.

– O quê? – Ele pergunta confuso.

– Melhor segurar a sua mão, porque eu estou dolorido e só de tocar já dói. – Falo meio chateado com esse fato, Renato me olha e assente.

– Tudo bem, bebê. – Fala e esse apelido me faz lembrar de ontem, na verdade só o fato de Renato estar aqui comigo me lembra do ocorrido de ontem.

– Huuum... Não fala assim que fico com vontade de repetir o que fizemos ontem. – Falo com um sorriso de lado meio travesso, mas dentro de mim eu sabia que não iria fazer isso tão cedo de novo. Renato me olha safado.

– Você não me tenta viu, senhor Leonardo. – Fala ele me olhando de lado, dou uma risada. – Vamos lá embaixo com os meninos? – Ele pergunta e o meu sorriso morre no mesmo instante. Não vou sair desse jeito, nem fodendo.

– Melhor não, vou ficar aqui no quarto. – Falo cruzando os braços e ele me olha de cenho franzido.

– Por quê? – Ele pergunta de cenho franzido e dá de ombros quando o olho com uma sobrancelha erguida.

– Já falei para você que estou mancando. – Falo olhando para ele e o mesmo dá de ombros.

– O que tem? – Ele pergunta e eu cerro os olhos.

– Ora o que tem, não vou sair assim para os meninos me perguntarem o que aconteceu. O que eu vou falar? Foi porque eu transei com o Renato ontem e por isso estou mancando, além disso iria ficar na cara que eu sou passivo. Não que isso não seja bom, mas é estranho eles ficarem sabendo quem é quem na cama. – Falo de braços cruzados, Renato nega com a cabeça me olhando como se eu fosse uma criança birrenta.

– Vamos logo, Léo. – Fala ele se levantando e puxo a cadeira gamer e me sento na mesma, olho para Renato e nego com a cabeça.

– Nem fodendo que eu vou sair desse quarto mancando desse jeito.

Meu Melhor Amigo (RETIRADO EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora