Meu Melhor Amigo (RETIRADO EM BREVE)

CAPÍTULO VINTE E SEIS

RENATO

O Léo está estranho, eu senti isso. Depois que fizemos tudo aquilo ele ficou meio que frio comigo. Não sei se fiz algo errado, mas que ele estava estranho com certeza estava.

Ainda mais com o que ele falou antes que eu saísse do seu quarto, ele estava meio que me provocando em relação a Dayana. Não sei, mas eu senti isso.

Dayana é uma questão a ser resolvida, mas não sei o que fazer em relação a isso, estou com uma dúvida enorme. Termino e fico com Léo? Ou permaneço e fico na amizade colorida com meu amigo? Nossa, sei que pareci um canalha agora, mas estou com uma grande dúvida em relação a isso.

Me despedi dos pais e irmãos de Léo e rumei para casa, realmente precisava resolver algumas coisas da loja. Não queria que meu amigo pensasse que estou fugindo depois do que fizemos.

E falando no que fizemos, Léo mostrou um lado que eu nunca havia visto e nossa como ele fez aquilo muito bem. Segundo ele era a primeira vez que fazia aquilo, mas foi realmente perfeito. Nunca recebi um boquete tão bom em toda a minha vida.

Lembrar daquilo fez meu pau despertar na calça, tudo bem é melhor eu parar com isso se não vou ter problemas. Sem contar que aquela boca rosada ao redor do meu membro é inesquecível. Sinto um arrepio no corpo só de lembrar daquela língua circulando a glande do meu pênis.

Nossa, melhor parar por aqui. Léo me surpreendeu de verdade hoje. Chego em casa com a cabeça nas nuvens, quer dizer, na boca do Léo. Mas ao chegar encontro Dayana conversando com a minha mãe. Não devo dizer que não fiquei surpreso, porque puta que pariu como eu fiquei.

– Oi Reh. – Ela fala vindo me abraçar e eu fiquei feito um idiota olhando para ela. A abraço meio relutante.

– Oi, o que você tá fazendo aqui? – Pergunto e ele me olha de cenho franzido.

– Ué, não posso visitar você? – Ela pergunta com um sorriso nos lábios, eu olhei para minha mãe e depois para ela de volta.

– Pode. – Falo sem graça e Dayana me beija na bochecha.

– Onde você foi Reh? – Minha mãe pergunta me olhando.

– Fui na casa dos pais do Léo. – Falo e Dayana me olha séria, mas logo depois sorrir de lado. Ergui uma sobrancelha com aquela atitude.

– Vocês se resolveram? – Íris pergunta com empolgação e sorri de lado.

– Sim. – Falo e minha mãe comemora. Dayana sorri e me olha de cima a baixo.

– Graças a Deus. E quando ele vai voltar para cá? Já estou com saudade daquele filho da mãe. – Fala dona Íris e eu assenti. Léo faz muita falta e não é só eu que sinto isso.

– Ele falou que amanhã ele pode voltar. – Falo e minha mãe sorri. Dayana me olha séria.

– Posso falar com você? – Ela pergunta me olhando e eu assinto com a cabeça.

Sabe quando você sente que está para acontecer merda? Então, eu senti isso quando Dayana me falou que queria falar comigo. Sabe aquele frio na barriga de nervoso que dá do nada? Pois é, eu senti isso.

– Vamos para o quarto. – Falo e me despeço da minha mãe. Dayana e eu fomos para o quarto. – O que foi Day? – Pergunto sentando-me na cama e ela senta bem perto de mim. Olho para ela que está estranha, está meio inquieta sabe.

– Queria perguntar... Quando você vai postar o vídeo falando sobre nós? – Ela pergunta e sinto meu corpo travar na mesma hora, droga, sabia que ela iria perguntar. Olho para ela e engulo em seco.

Sabe aquele momento em que você se sente pressionado a fazer algo que não quer? Assim eu estava naquele momento. Não queria machucar ela, mas também não quero machucar meu amigo.

Aquela dúvida no meu peito cresce ainda mais, eu gosto da Dayana não posso negar isso, mas também gosto do Léo. Se for pesar em uma balança Léo ganha, mas me sinto estranho. Não sei o que quero e isso está me matando.

Dayana me analisa por um instante, em seus olhos eu vejo curiosidade. Não sei o que falar. Estou sem saída para essa pergunta.

– Ah qualquer dia desses eu posto. Só queria me resolver com o Léo antes de postar. – Falo dando de ombros, mas minha mente grita que aquilo era mentira. Eu só não queria postar porque não me sentia confortável e também aquilo machucaria meu amigo e eu não quero isso. Não depois de hoje. Dayana me analisa de cenho franzido e cruza os braços.

– Tem certeza? – Ela pergunta e eu assinto.

Dayana só pode estar querendo piorar a minha vida, não eu não quero postar esse vídeo, mas não quero machuca-la, será que não está evidente?

Cara, nunca pensei que passaria por isso, nunca na minha vida eu pensei que estaria em uma situação como essa, estar divido entre duas pessoas é demais para qualquer um.

Olho para Dayana que espera minha resposta e cara minha vontade é de sumir daquela conversa. Engulo em seco novamente, olho bem no fundo dos olhos castanhos de Dayana e sinto vontade de contar a verdade, mas me acovardo.

– Sim, por que não teria? – Falo e ela sorri e me abraça. Sinto que estou me complicando ainda mais, porém não sei o que fazer em relação a isso. Estou confuso e inseguro. Dayana me beija e eu retribuo, mas não querendo fazer isso. Quebro o beijo que não durou nem dez segundos. – Preciso resolver alguns assuntos da loja antes que fique noite. – Falo me levantando e Dayana me olha meio chateada.

– Tudo bem. Amanhã eu volto, tá bem? – Ela fala e minha vontade era de negar, mas não tive coragem.

Essa não, amanhã não. Amanhã o Léo vai chegar na casa. Queria que algo desse errado para ela não vir amanhã, por favor Deus dar uma ajudinha nessa.

Sei que posso está exagerando, mas não quero ver o encontro desses dois tão cedo, não depois do que Léo e eu fizemos. Cara, meu dia estava tão bom para acabar naquilo.

O que eu fiz para merecer isso? Minha sorte só pode ter sido esquecida em algum lugar muito, muito distante. Ou ela se perdeu e não sabe o caminho de volta.

– Tá. – Falo dando de ombros, Dayana se levanta e antes de ir embora me dá outro beijo que trato de quebrar antes que fique profundo.

Ela sai pela porta me mandando um beijo, sorri de lado e depois que ela some eu suspiro passando a mão no rosto. Puta merda, amanhã o Léo vai chegar e vai ver ela aqui. Estou lascado. Fodido para falar a verdade.

Não sei o que pensar em relação a isso, mas tenho que me decidir logo, ou, vou acabar fazendo uma merda das grandes. Não quero machucar ninguém, mas acho que será preciso.