CAPÍTULO QUARENTA E UM

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LEONARDO

Renan me olha com uma certa vergonha, fico com um certo desespero com a sua revelação, olho de olhos arregalados para ele que suspira e me olha.

– Eu ouvi sem querer enquanto passava pelo corredor. – Fala e nego com a cabeça, me levanto com cuidado para não causar dor na minha bunda.

– Você tá doido? – Pergunto me fazendo de desentendido, franzi o cenho e Renan arqueia as sobrancelhas e passa a língua nos lábios umedecendo os mesmos.

– Não adianta se fazer de desentendido, porque já falei com o Renato e, diga-se de passagem, ele afirmou tudo. – Ele fala me olhando e fecho os olhos em uma mistura de vergonha e desespero.

Vocês já passaram por uma situação parecida? É muito ruim, o desespero e o medo que você sente é horrível. Engoli em seco e olhei para Renan que me olha tranquilo.

– Renan... Não sei o que dizer, nossa que vergonha mano. – Falo cobrindo o rosto com as mãos, Renan segura as mesmas e as abaixa me fazendo olhar para ele.

– Não tem problema, vocês são livres e se gostam. Não tem que ter vergonha do que vocês fizeram, afinal não é novidade nenhuma para mim que vocês iriam transar cedo ou tarde. – Ele fala me olhando e apertando minhas mãos levemente, não vou dizer que isso não me confortou porque confortou muito, mas não queria que Renan descobrisse dessa maneira. É vergonhoso. Olho para ele e nego com a cabeça.

– Não queria que você descobrisse desse jeito. – Falo com a voz fraca, Renan me olha com a sobrancelha erguida e sorri sacana.

– Eu já sabia Léo, vocês não me enganam, só acham que enganam. – Fala sorrindo, nego com a cabeça sorrindo de lado. Meu amigo me olha enquanto tento me ajeitar na cama com todo cuidado do mundo por causa... Bem vocês já sabem não é preciso eu falar isso toda a vez.

– Mimimimimi. – Falo fazendo uma careta e um bico, Renan gargalha e eu o acompanho. – Tá bom senhor espertão, você que é quase um médico preciso de um remédio para parar essa dor. – Falo depois que paramos de rir, Renan ergue as sobrancelhas e me olha com o sorriso sacana novamente.

– A noite foi boa mesmo hein? – Ele pergunta me olhando com os olhos cerrados e olho para ele como quem diz: " Não te interessa. "

Renan gargalha mais uma vez e nego com a cabeça rolando os olhos. Meu amigo é o médico aqui da casa, ele que cuida da gente quando nos machucamos. Renan já fez curso de medicina e hoje ele é bastante útil, não que ele não fosse antes... Ah, vocês entenderam.

– É sério seu filho da mãe. – Falo dando um tapa no ombro dele que me olha e volta a gargalhar. – Você tá vendo algum palhaço aqui, seu trouxa? – Pergunto tentando ficar sério, mas não consigo segurar a risada.

– Ai Léo! – Renan fala quando dou um beliscão no seu braço, a graça já havia passado e agora o momento é sério. Meu amigo passa a mão no local onde belisquei.

– É sério Renan, preciso de um remédio para pelo menos aliviar a dor. – Falo sério e Renan morde os lábios para não rir da minha situação. Ele limpa a garganta e me olha sério.

– De zero a dez me fala quanto está o desconforto aí atrás. – Fala indicando minha bunda com o queixo, penso por um momento, eu diria que com certeza era dez, mas estaria fazendo drama e sendo exagerado.

– Acho que um seis. – Falo e Renan me olha com uma sobrancelha erguida, olho para ele e dou de ombros. – Que foi? – Pergunto olhando para ele de cenho franzido.

– Renato acabou com você mesmo, hein? – Ele pergunta com uma cara meio assustada, arregalo os olhos para o meu amigo.

– Por que? – Pergunto de cenho franzido, meio preocupado e Renan nega com a cabeça.

– Nada, vou pegar um comprimido no meu quarto para você. – Fala se levantando da cama e indo até a porta.

– Não demora. – Falo olhando para ele que faz um sinal de beleza e vai até o quarto dele, deitei na cama novamente e esperei por ele.

Só queria que essa dor passasse logo, não é em questão da dor e sim o fato de que estou mancando, me irrita isso porque é ruim andar apoiando seu peso só de um lado da perna. Estou mexendo no celular e do nada Renato entra no meu quarto me olhando em cima da cama.

– Você está melhor? – Ele pergunta se sentando perto de mim e olhei para ele assentindo.

– Estou, só é eu não andar muito e o Renan vai me dar um remédio para a dor. – Falo sorrindo de lado com o carinho que ele está fazendo no meu rosto, ele me dá um selinho estalado e encosta nossas testas.

– Desculpa de novo por ter machucado você. – Fala todo carinhoso e não resisto. Dou um beijo calmo nele e o mesmo retribui com gosto.

– Já falei que não foi culpa sua. – Falo o olhando nos olhos depois que quebramos o beijo, na verdade era sim. Renato sorri de lado e me olha sério logo depois.

– Preciso mostrar uma coisa para você. – Fala e fico logo apreensivo porque pelo modo como ele falou boa coisa não é.

– O quê? – Pergunto com apreensão na voz, Renato me olha e depois tira o celular dele do bolso da calça, abre o aplicativo de mensagens e me mostra a tela.

"Preciso falar com você de preferência ainda hoje, se possível me encontre no shopping. Vou enviar o nome do shopping ainda hoje, por favor apareça."

Leio a mensagem e olho para Renato, o mesmo me olha de volta. Não sei porque a Dayana queria ver ele, mas não gostei da ideia.

– O que ela quer? – Pergunto olhando para ele com os olhos apreensivos, Renato dá de ombros.

– Não sei, não respondi ela ainda como você pôde ver. – Fala voltando a fazer carinho no meu rosto, olho bem nos olhos dele.

– Você vai? – Pergunto olhando para ele sério, Renato me olha e me beija.

– Não sei, foi por isso que vim aqui no seu quarto. – Fala e me deixa de certa forma surpreso com sua atitude. Ergui uma sobrancelha e ele sorriu de lado para mim.

– Como assim? – Pergunto de cenho franzido e ele me olha com um sorriso no rosto e me beija novamente, suas mãos estão agora na minha perna fazendo um carinho nas minhas coxas.

– Você acha que eu devo ir?

Meu Melhor Amigo (RETIRADO EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora