Meu Melhor Amigo (RETIRADO EM BREVE)

CAPÍTULO QUARENTA E SEIS

RENATO

Fiquei meio que em choque com que Dayana disse, não passou em nenhum momento pela minha cabeça que isso poderia ser um teste. E olha que esperei muita coisa, mas isso não.

Olho para Léo com as sobrancelhas erguidas e ele me olha como se não estivesse nenhum pouco surpreso. Olho para ela que me olha um pouco apreensiva.

Ela me surpreendeu com essa, já imaginaram se eu não contasse nada ao Leonardo? O estrago que não iria ser. Graças aos céus eu contei para ele, porque se não talvez uma besteira teria acontecido.

Penso no que falar, mas nada me vem à mente, a verdade é que estou muito surpreso e assustado, assustado porque eu poderia não ter falado para o Léo onde eu viria. Mas agora estou aliviado porque contei.

– Você está bem? – Léo pergunta me olhando e coloca sua mão no meu ombro, Dayana me olha esperando que eu fale alguma coisa.

– Estou, só não sei o que dizer. – Falo dando de ombros e levo minha mão até a do Léo que dá uma olhada para os lados e estava tudo limpo ninguém nos olhava.

– Está tudo bem. Agora eu entendi que vocês realmente se gostam e... Eu tenho que aceitar isso. – Dayana fala com a voz baixa, não vou dizer que não senti pena dela. Por um momento ela achou que poderia ter a mim novamente, mas uma pena meu coração já estar preenchido e muito bem preenchido.

– Dayana, você merece todo o amor do mundo, mas esse amor eu não posso dar para você porque meu coração pertence a outro. – Falo a olhando nos olhos, ela assentiu abaixando a cabeça, olho para Léo que engole em seco olhando para o modo triste em que Dayana se encontra. Sei que ele estava desconfiado, mas agora consigo ver através dos seus olhos que ele quer a ajudar, mas o medo dela reagir mal a qualquer coisa que ele vá falar é maior.

– Tudo bem. – Ela fala com um sorriso triste de lado, os nossos pedidos chegaram e a mesa ficou em um silêncio estranho até que o cara que nos atendeu e que trouxe nossos pedidos saísse. Depois que ele se foi, começamos a comer. – Mas me contem, quando isso começou? – Pergunta com um sorriso de lado, olho para Léo e ele me olha de volta. Fizemos um sinal com a cabeça em concordância.

– Não sei ao certo, acredito que o sentimento sempre esteve presente, mas achávamos que era amor de amigo, sabe? – Léo fala olhando para mim e depois para Dayana que assentiu sorrindo de lado. – Acho que descobri que gostava do Renato de outro jeito quando voltei de São Paulo. – Léo conclui tomando um pouco do seu milkshake e Dayana assentiu em compreensão. Ri de lado com o respeito que ela está mostrando.

– Mas vocês já... Tipo, ficaram enquanto o Renato estava comigo? – Ela pergunta e arregalo os olhos porque sim, nós ficamos enquanto eu ainda estava com ela. Léo e eu nos olhamos, não precisamos falar nada porque Dayana é esperta e deduziu. – Tudo bem já sei a resposta. – Fala tomando uma quantidade generosa de milkshake.

– Mas não pensa que foi tanto tá, foi só duas vezes. – Léo fala com a voz baixa e os olhos meio arregalados. Assenti e Dayana nos olhou.

– Quando? – Ela pergunta com uma sobrancelha erguida e um sorriso de lado.

– Na festa naquele dia que passei mal e antes de vocês terminarem. – Léo fala porque eu estou aproveitando muito bem a minha comida, a verdade é que eu acho estranho falar sobre isso com a minha ex.

– Entendi. – Ela fala e conversamos bastante sobre Léo e eu. Ela mostrou um interesse em saber sobre nós e Léo contava tudo. Não sei porquê do nada ele resolveu contar, mas quem sabe uma amizade pode estar nascendo?!

Quando nossos lanches terminaram, nos levantamos e paguei a conta, já que os dois fizeram um complô contra mim. Dayana se despediu de Léo e de mim com um abraço.

– Até outro dia pombinhos. – Ela fala com um sorriso, nos despedimos dela e a mesma andou uns três passos antes de se virar para nós. – Não se preocupem, eu não falei e nem vou falar para ninguém. – Fala nos dando uma piscadinha e segue seu caminho. Léo e eu olhamos um para o outro e vejo o mesmo suspirar.

– Droga, acho que comecei a gostar dela. – Fala ele olhando para onde Dayana acabou de ir embora. Sorrio para o que ele falou e pego no seu ombro.

– Agora temos um lugar para ir, estou certo? – Pergunto olhando para ele com um sorriso de lado e o mesmo sorri de volta assentindo. – Mas agora você paga já que eu paguei isso aqui. – Falo passando por ele que me olhou sem acreditar que estava falando aquilo.

– Nem pensar, você é o ativo da relação então você paga. – Ele fala bem baixo somente para eu ouvir e aquilo me arrepiou por inteiro, olho com os olhos cerrados para ele.

– Espertinho, vamos logo. – Falo puxando-o e fomos para o cinema, o filme era bem legal, 365 DNI, era o nome do mesmo. Segundo o que nos falaram na venda de ingressos é bem bacana de se assistir.

Entramos na sala escura e sentamos na última fileira, quero fazer uma coisa que nunca fiz na minha vida, pode ser um pouco perigoso, mas como essa parte é bem escura não ligo.

– Por que não sentamos mais para frente? – Ele pergunta me olhando.

Sorri de lado e neguei com a cabeça.

– No meio do filme você vai saber. – Falo bem perto do ouvido dele e beijo seu pescoço causando um arrepio nele.

– Já até sei, safado. – Fala com um sorriso travesso nos lábios e me dá um tapa de leve no rosto.

Sorri com várias ideias que de passaram na minha cabeça sobre o que fazer com Léo aqui nessa fileira escura. Os trailers dos filmes que vão estrear começam, são quase onze minutos de trailers e eu que não sou nada bobo já dei uma passadinha de mão nas coxas de Léo como quem não quer nada.

Ele claro estapeou minha mão o que me fez rir dele, o filme começou, o começo é bem normal, mas ao longo dos minutos daquele filme eu perdi toda a minha inocência. Deus do céu, não recomendo você assistir esse filme sozinho, é sério. Eu arregalei os olhos com aquelas cenas.

Depois não sei de muita coisa, porque eu estava ocupado, com a boca ocupada na verdade, Léo e eu estávamos nos beijando e é tão bom a sensação de adrenalina que passa pelos nossos corpos, vocês sabem que eu gosto de adrenalina e beijar o Léo ali com o risco de sermos pegos me deu uma baita adrenalina.

Sou um sortudo por ter ele comigo, Léo e eu ficamos nos pegando ao som de uma transa muito louca dos personagens daquele filme, sério não assista sozinho e nem se você for menor de idade.