CAPÍTULO QUARENTA E OITO

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RENATO

Fiquei olhando para a porta do quarto do Léo como um bobo, ele me chamou de amor? Tudo bem que já nos chamamos assim, mas desta vez é diferente. Estamos realmente juntos e Léo me chamou de amor.

Sorri como um bobo e fui em direção ao meu quarto, os outros meninos provavelmente devem estar nos quartos, não sei explicar a alegria que sinto no meu peito, Léo me chamou de amor. Nossa, nunca pensei que sentiria tanta alegria assim.

Mas eu não falei que também o amo, eu deveria voltar lá e falar que também o amo? Ai que droga de indecisão, volto ou não volto? Odeio estar indeciso. Mas, uma ideia passa pela minha mente brilhante e um sorriso nasce nos meus lábios. Léo já falou que me ama e também vou falar que o amo, porém de uma forma diferente.

Entro no meu quarto com todos os detalhes da surpresa que vou fazer para ele, vou precisar da ajuda dos meninos e também vou precisar de todos os meus amigos presentes, nós nos amamos e isso já está provado. Agora já está na hora de oficializar o que temos, o nosso sentimento já foi quase reprimido, está na hora de mostrar que realmente nos amamos.

Tomo banho, troco de roupa e os pensamentos da surpresa que vou fazer ainda essa semana estão a mil na minha cabeça, quero que tudo seja perfeito como ele merece. Mas antes preciso conversar com a minha mãe e meu pai. Quero que eles saibam por mim que Léo e eu estamos praticamente juntos.

Não sei qual vai ser a reação deles, uma aflição começa a crescer no meu peito. Sabe aquele nervoso que dá quando você precisa contar algo importante, mas o medo da reação das pessoas deixa você meio aflito? Então, estou sentindo isso. Mas logo trato de mandar esse pensamento para longe, porque eu sei que vai dar tudo certo.

E se caso meus pais não me aceitarem, não vou me importar, pode doer, na verdade, com certeza vai doer muito, mas só quero que Léo e eu sejamos felizes e se para isso eu precisasse sentir a dor da decepção por parte dos meus pais, então que assim seja. Mas não vou abrir mão do Léo.

Com pensamentos felizes e outros nem um pouco vou para minha cama, mas os pensamentos não saíram da minha cabeça, de um lado a surpresa para o Léo e do outro a reação dos meus pais. Vou conversar com eles amanhã, eu preciso que eles saibam. Não quero mais me esconder deles, amanhã será o dia em que verei a reação dos meus pais. Será positiva? Será negativa? Não sei, mas eles precisam saber por mim.

Com esses pensamentos acabo dormindo, não vou dizer que foi um sono tranquilo porque não foi. Não consegui dormir direito com a preocupação de saber qual será a reação dos meus pais e já estava ficando até ansioso. Não queria ter um ataque de ansiedade, então lutei para me controlar, mas foi difícil dormir essa noite.

No outro dia acordei com olheiras debaixo dos olhos, minha expressão estava cansada e a preocupação e ansiedade não diminuíram nem por um segundo, não consegui dormir pensando nos meus pais e a reação deles para o que eu vou conversar com eles hoje. Estou nervoso, não vou mentir, afinal são meus pais.

Várias reações ruins da parte deles passam pela minha cabeça, mas tento, tento muito mesmo me acalmar. É difícil em uma situação como essa, porém eu preciso me manter calmo. Já são quase meio dia, pois é eu esperei tudo isso porque eu consegui cochilar um pouco e acabei acordando perto do meio dia.

Mas enfim, meus pais já devem estar lá embaixo. Minha família toma conta da minha loja por mim então eles chegam cedo, quer dizer, nem tão cedo assim, mas chegam. Saio do meu quarto com o coração já descontrolado no peito, sério o nervoso quase tomando conta de mim.

– Oi Thaís, cadê a mãe e o pai? – Pergunto para minha irmã quando vou descendo as escadas, ela me olha de cenho franzido com certeza percebendo que estou aflito.

Meu Melhor Amigo (RETIRADO EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora