Theo:
Chovia no dia em que minha mãe sem olhar para trás foi embora de casa para ir morar com outro homem, meu pai ficou destruído e se entregou a bebida até o dia de sua morte, no momento em que o enterrava eu reparava no olhar de compaixão de todos os que ali estavam, afinal eu era um garoto de doze anos e agora não tinha ninguém.
Minha tia, irmã do meu pai assumiu a minha criação, ela nunca me deixou faltar nada, carinho, educação, o que fazia para o filho dela ela também fazia para mim, nunca fez acepção entre Chris e eu, mas ainda assim eu sentia um vazio, uma lacuna que precisava de resposta que nunca seria dada.
Apesar de todo o amor que minha tia me dava, ela não era a minha mãe, eu me questionava se era eu o culpado pelo fato de minha mãe ter nos abandonados a mim e ao meu pai.
Cresci me sentindo inferior aos outros meninos da escola em que eu estudava, Chris apresentava-me como seu irmão, mas todos eles sabiam que eu não era filho de seus pais.
O tempo passou e agora eu já não sou mais aquele menino, já não questiono mais, pois entendo que por mais que um filho tenha feito algo de errado, uma mãe jamais o abandonaria, se ela o fez o erro não era meu.
_ Theo, eu preciso conversar com você, você tem um minuto meu filho?
_ Claro tia.
_ Theo, eu sinto que você tem muitos conflitos dentro de você, eu quero que saiba que eu e o Hugo criamos você como nosso filho, mas nunca iremos substituir os seus pais, nós sabemos disso, mas você foi criado aqui, junto com o seu primo como dois irmãos, e é assim que ele te vê e nós sempre o vimos como um filho. Mas ontem a sua mãe me procurou, ela quer te ver, isso vai depender de você se deseja vê-la ou não, nada será forçado filho, o que eu digo a ela?
Balancei resignadamente a cabeça em negação:
_ Tia... eu tenho hoje quinze anos, fazem três anos que ela me abandonou para viver com outra pessoa, ela foi embora sem se importar com nada, sem se importar se tinha um filho, um marido, uma casa, e agora ela volta como se nada tivesse ocorrido, como se esses três anos não tivesse passado?
Parei de falar e olhei para fora da janela por um minuto, depois voltei a olhar para a minha tia:
_ Por sorte a senhora e o tio Hugo me adotou, e se eu devo algo a alguém é a vocês, a essa mulher eu não devo nada, portanto diga a ela que eu não desejo vê-la, para ela não me procurar nunca mais.
_ Theo, eu sei que o que ela fez foi errado, mas ela é a sua mãe, você não acha que deveria pelo menos ouvir o que ela tem a te dizer?
_ Ela perdeu esse direito de ser chamada de mãe no dia em que saiu da porta de casa sem olhar para trás.
Depois daquele dia o nome da minha mãe foi assunto proibido naquela casa, ninguém nunca mais mencionou aquela mulher.
Quando Chris e eu entramos na universidade conhecemos o Alef, e logo nos foi apresentado o Ander, o Chris se encantou com o Ander e eles até tiveram um namorico rápido, coisa de um mês, mas a prioridade de um era diferente da prioridade do outro e esse namoro logo teve fim.
Ander era do tipo romântico, queria algo sério, e Chris não levava nada a sério, mas eu o entendia bem, esse lance de romance também não era comigo, até porque acreditava que o tão desejado amor era algo subjetivo, não existia, ao contrário, o amor era destrutivo em nome dele as pessoas eram feridas igual ao meu pai que por amor a minha mãe se destruiu na bebida.
Certo noite Alef chegou com uma novidade, havia descoberto um lugar que queria que conhecêssemos, uma casa de sexo, Chris era o mais animado mas eu demorei para ser convencido a ir a um lugar assim, mas ali estava nu dentro daquele lugar.
As primeiras vezes que frequentamos foi festa, principalmente para o Chris que ficava com um e com outro, mas a novidade virou rotina e passamos a frequentar apenas para nos divertir, sem que precisamente precisávamos transar com desconhecidos, uma noite fomos convidado pelo dono do local para uma reunião particular, lá encontramos outros rapazes que também havia sido convidados, entre eles estavam Thales, Maik, Alef, Chris, Ander, eu e mais quatro rapazes e Gerard o dono nos explicou que havíamos sido escolhidos para sermos como uma espécie de garotos propaganda do Essência, isso implicava em algumas vantagens, mas também em algumas obrigações:
_ Eu não entendi bem, que tipo de vantagens teremos?
Maik foi o primeiro a perguntar ao Gerard:
_ Vocês estão sendo observado por nós a vários dias, eu e os meus sócios, temos percebido que são muito requisitados, porém quase nunca transam por aqui. Bebem, curtem mais nunca se dão ao desfrute.
Ander foi outro que perguntou:
_ E isso é algo errado por aqui?
_ Ao contrário, isso instiga aos clientes a querer ter algo com vocês, e se forem apresentados como os clientes VIPs chamará ainda mais a atenção deles. Vocês são bonitos, tem um porte físico que chama bastante atenção e atraí muitos olhares.
Chris então erguendo uma sobrancelha disse:
_ Tá tudo isso a gente já sabe, mas o que realmente quer de nós, que vantagens são essas que você mencionou?
_ Vocês poderão entrar com livre acesso, serão apresentados como os clientes VIPs a todos, ou seja vocês escolherão com quem vão ter algo e nunca ao contrário, é como se vocês fossem o cartão postal do nosso clube, terão um quarto privativo para levar seus escolhidos.
_ Tudo isso é muito bom, mais o que teremos que fazer para ter todos esses privilégios?Eu estava desconfiado de tudo aquilo:
_ Nada de mais, somente serem frequentadores assíduo, e honrar com o nome do clube, nunca se envolverem em escândalos, ou seja vocês serão os clientes modelos.
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Essência Libertina
Любовные романыUma noite foi o suficiente para Raulf ser convencido de que precisava de muito mais do que uma simples aventura. Após uma traição e um começo de depressão, Vladmir arrasta Raulf para uma noitada e ele o leva para o clube Essência Libertina onde o pr...