Mesmo que quisesse eu não conseguia ficar imune a toda aquela situação, Raulf mexia com todos os meus instintos e eu não conseguia controlar isso.
Saí do quarto irritado e mais irritado fiquei quando percebi com quem Raulf conversava Zac era um dos VIPs que não se misturava, ele era arrogante e desde que havia sido contratado como VIP ele gostava de humilhar os rapazes que tentava algo com ele.
Eu tinha noção que com o posto de VIP mais exigente causava uma certa inveja sobre ele, e talvez esse tenha sido o motivo pelo qual ele se aproximou de Raulf, não, eu não negava que o Raulf podia atrair olhares com aquele jeitinho tímido, e aquele bumbum redondo de pele branquinha, mas não fazia o estilo de Zac se aproximar de nenhum rapaz, ao contrário ele sempre que era procurado.
O meu ímpeto dizia para ir até eles e interpela-los mais o meu orgulho me estagnava, mas eu tinha que fazer algo para lhe chamar a atenção, então mesmo de longe lhe fiz um sinal, apontei para Raulf como a dizer : "_ É para você"
Lentamente comecei a passar a mão sobre o meu tórax, deslizando vagarosamente, percebi alguns olhares, mas não me importei, até porque o olhar de Raulf estava fixo em mim por mais que ainda falasse com o Zac, mesmo falando com ele, eu havia prendido a sua atenção.
Aos poucos fui descendo a mão até minha virilha e mordia o canto do meu lábio inferior com uma expressão maliciosa, o olhar de Raulf foi capturado pelo meu e assim como eu não conseguia desviar dos dele, ele também não desviava do meu.
Alcancei o meu pênis e fiz uma masturbação inversa sobre ele, subindo a película a cada movimento intercalando entre movimentos bem lentos a aumentar a velocidade bem rápido, fechei os meus olhos a medida em que os movimentos faziam meu corpo oscilar em trêmulas vibrações, meu coração disparava a milhão e quando abri meus olhos, Raulf ainda me olhava, não apenas ele mais uma grande parte dos que ali estavam, mas eu não me intimidei, continuei a masturbação até que cheguei ao êxtase do prazer ejetando três jatos de gozo, mordi novamente o meu lábio, deixando a respiração se normalizar e por fim fui até Raulf que ainda estava em companhia de Zac, segurei sua mão e lhe disse:
_ Vem comigo.
Sem recusar o meu pedido, Raulf me seguiu e fomos novamente para o quarto, dessa vez eu tranquei a porta:
_ O que o Zac estava te falando?
_ O que é isso, o que te importa o que o Zac estava falando, por acaso sou algo seu para te informar o que converso com alguém?
_ Não brinca com fogo Raulf, o Zac é um metido a besta.
_ Não foi ele que fez uma cena de exibicionismo.
_ Você sabe por que eu fiz isso?
_ Não, não faço a mínima ideia, porque me pareceu que o metido dessa história é você e não o Zac.
_ Eu fiz isso para você, pode perguntar ao seu irmão se algum dia ele me viu fazer algo parecido.
Raulf se aproximou parando bem a minha frente e me desafiou:
_ Porque Theo, por que fez essa cena para mim, responda, o que isso significa?
_ Caramba Raulf, tudo para você tem que ter um significado, você leva tudo a ferro e fogo, o que eu fiz não tem um significado específico, eu senti vontade e fiz, fiz pensando em você, se isso significa algo beleza.
_ Você tem razão, significou sim, você acha que o mundo gira ao seu redor, e quando você me viu com o Zac quis provar que não podia perder e resolveu fazer aquilo, isso significa que o arrogante da história é você e não ele.
_ Isso não é verdade, eu fiz por que não suportei ver você com ele, esse cara não é bom Raulf, e você poderia se machucar.
_ Não se preocupe com isso, eu já fui machucado demais, estou começando a me acostumar com isso.
_ Então se é assim, nada mais importa não é?
_ O que te incomoda Theo, que diferença faz, ter uma experiência de uma noite com você ou ter com o Zac, não é isso o que importa para você, uma noite apenas.
_ Raulf eu...
_ Você... você o que?
Eu o prendi entre meu corpo e a porta e olhei fixamente para ele:
_ Eu não quero você com outro, não quero outro te tocando, te beijando, pensar em outro fazendo amor com você me deixa louco, você é meu._ Eu não sou uma propriedade para te pertencer Theo.
_ Porque você dificulta tudo Raulf, eu estou dizendo que gostei de estar com você, que senti sua falta, mas você está sempre disposto a tirar o tapete debaixo dos meus pés.
_ Você e eu temos prioridade diferentes, melhor não insistir, nós nunca daremos certo. Agora por favor abra a porta.
Assim que abri ele me deixou mais eu fui atrás, ele já havia passado pelo portão de saída e ainda faltava três horas para que eu pudesse sair, eu não podia ir atrás dele, pois tinha que ficar até o final, mas não me importei simplesmente fui atrás dele, ele já estava se vestindo, e eu peguei minhas roupas, coloquei primeiramente a calça e o tênis e fui até ele:
_ Podemos conversar fora daqui?
_ Acho que falamos tudo o que tínhamos de falar Theo, não insista.
_ Como não vou insistir, nós precisamos ter uma conversa franca e aqui não é o melhor lugar, vamos.
Quando passamos pelo rol de saída o segurança nos olhou:
_ Já está indo embora Theo?
_ Já, se o Gerard perguntar diga que depois conversamos.
Caminhamos até o estacionamento e entreguei a ele o capacete, subi primeiro na moto e estendi a mão para ele:
_ Vem eu te ajudo.
Ele relutou por um minuto mais em seguida concordou apoiando-se em minha mão, mas ele não segurou em minha cintura, ao invés disso ele segurou sobre os meus ombros:
No meio do caminho porém, ele circulou os braços em torno de minha cintura,estava a caminho do flat quando um carro nos fechou e na batida eu me desequilibrei e acabei caindo com a moto, eu fui jogado para um lado, mas Raulf chegou a ser arrastado sobre ela.
Tanto Raulf quanto eu fomos parar no hospital, não tivemos ferimentos graves, por sorte não estávamos em velocidade e estávamos de capacete isso nos protegeu, mas por ter sido arrastado Raulf teve uma queimadura no braço e ficaria com ele enfaixado por algumas semanas.
Eu apenas tive leves arranhões, quando saímos da enfermaria, os meus amigos e Vlad estavam a nossa espera, Maik foi o primeiro a dizer:
_ Hei vocês dois, querem nos matar de susto é, recebemos a ligação e viemos correndo para cá.
_ Um carro nos fechou, por sorte estávamos indo devagar e não tivemos danos drásticos.
_ Como não? _ O meu irmão queimou o braço, tenho certeza de que o Raulf não vai querer preocupar a minha mãe, se ela souber que ele teve um acidente de moto ela é bem capaz de ter um colapso, então como vai ser, ele não pode ir para casa, Theo você vai precisar achar um lugar para cuidar do meu irmão, você tem que se responsabilizar pelo que aconteceu.
Chris sorriu para o Vlad como se ambos tivessem gostado da ideia e comentou:
_ Tive uma ideia, minha mãe também ficará preocupada Theo se souber que você caiu da moto, então pensei aqui comigo rapidamente, vocês dois podem ficar no flat por algumas semanas, um cuidando do outro.
_ Vocês querem o que, que eu fique com o Theo durante algumas semanas?
_ Sobre o mesmo teto com o Raulf sozinhos?
_ Eu acho justo.
Alef, Ander, Thales concordaram com essa ideia e Maik complementou:
_ Theo você não quer ouvir um sermão da sua tia sobre como é perigoso andar de moto não é, e você Raulf quer deixar sua mãe preocupada, acredito que não, são apenas algumas semanas até a queimadura do Raulf dá uma melhorada, vocês irão se suportar tenho certeza.
Ficar sobre o mesmo teto com Raulf, essa ideia era maluca, mas acabamos aceitando para poupar as mulheres que nos criaram, ele a sua mãe e eu a minha tia.
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Essência Libertina
RomanceUma noite foi o suficiente para Raulf ser convencido de que precisava de muito mais do que uma simples aventura. Após uma traição e um começo de depressão, Vladmir arrasta Raulf para uma noitada e ele o leva para o clube Essência Libertina onde o pr...