Capítulo 30

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Theo:

Desde que conheci Raulf, uma batalha lenta e cansativa havia se iniciado, um turbilhão de sentimento começava a brotar e eu tentava fugir, mas quanto mais eu fugia acabava me envolvendo ainda mais. Raulf havia despertado em mim sentimentos que eu renegava e dizia que nunca iria sentir.
Mas o cenário agora era outro e não tinha como negar que Raulf era importante para mim, não depois daquela tarde em que fiquei andando de um lado a outro a espera dele enquanto ele não retornava da faculdade.
Dizer que aquilo era algo bom ou algo ruim era cedo para definir, mas uma coisa era certa, eu tinha que admitir que era muito bom estar com Raulf, amanhecer e ver o seu sorriso, dormir sentindo o seu cheiro, isso era muito bom, e era ruim não ter ele por perto, não ter os seus beijos, seus abraços.
Se fosse ser sincero comigo mesmo tinha que admitir que eu havia caído no erro de se apaixonar, e admitindo isso eu tinha que encontrar uma forma de fazer desse erro um acerto.
Estranho dizer isso, mas estou absolutamente certo de que preciso de Raulf na minha vida, e tendo essa certeza resolvo lhe contar toda a minha história, a história dos meus pais para que ele entenda o porquê tenho tanta aversão ao amor.

Inclinado a fazer dar certo lhe conto o meu maior conflito para que ele me entenda, mas, Raulf tem sempre o prazer de complicar as coisas e suas observações em relação a minha mãe me fez ficar irritado e no calor do auge cheguei a alterar o tom da minha voz, contudo ele não se intimidou e me respondeu a altura, colocou o dedo na minha ferida e me desestabilizou totalmente em todos os meus argumentos me fazendo enxergar toda aquela situação com outros olhos:

_ Como você consegue?

_ Consigo o que Theo?

_ Eu sempre tive convicção no que pensar e como agir, e você me diz uma palavra e tudo o que sempre pensei, toda a minha convicção se desfaz.

_ A vida é um aprendizado constante Theo, as vezes temos que repetir uma matéria várias e várias vezes para aprendermos a lição.

_ Eu prometo que vou pensar sobre o que conversamos, não será fácil, e nem vou te prometer nada, esse é um assunto que machuca muito e não sei se estou pronto para mexer nesse vespeiro.

_ Theo, sua mãe errou muito com você, ninguém pode negar isso, mas as coisas podem ser diferentes daqui para frente se você desejar.

_ Não sei Raulf, ela me abandonou, você tem a sua mãe, sabe da importância que tem uma mãe na vida de um filho, e a minha não estava comigo nos momentos em que mais precisei.

 _ Eu te entendo Theo, de verdade que entendo, a importância de uma mãe na vida de qualquer criança é fundamental, ela não esteve com você nesses momentos e você sentiu a falta dela, isso é normal, mas talvez se você der uma chance, vocês podem viver ainda muitas coisas boas.

_ Você é muito sonhador Raulf, eu gosto do jeito como você idealiza a vida, mas eu sinto te decepcionar, nem todos os sonhos se tornam realidades, mesmo que eu volte a ver a minha mãe, mesmo que nós voltemos a nos falar, não existe uma borracha mágica que apague o passado.

_ Theo, você tem tanto medo de ficar preso ao amor, mas, está se deixando prender pelo rancor, eu sei que não será fácil, que uma aproximação com a sua mãe abrirão uma ferida que ainda não está cicatrizada, mas, qualquer ferida para se curar tem que mexer nela, tirar toda a sujeira, limpar, desinfetar, é isso Theo, entre você e sua mãe é necessário que converse uma conversa franca, onde os dois irão expor o que sente e só então saberão se essa aproximação será benéfica aos dois ou não.

_ Eu não sei nada sobre ela Raulf, não é fácil depois de tanto tempo de afastamento chegar do nada e dizer vamos conversar, eu nem mesmo sei se ela deseja isso, depois que ela veio me procurar que eu pedi a minha tia para dizer-lhe que nunca mais me procurasse, ela realmente fez isso, nunca mais eu soube nada a seu respeito, se tem outros filhos, se vive bem, nada eu não sei absolutamente nada.

_ O dia em que você estiver preparado e quiser procurá-la eu estarei ao seu lado. Mas no momento tudo o que tem a fazer é pensar no assunto.

Diminui a distância entre nossos lábios e o beijei um beijo lento, porém intenso, me coloquei em pé e estendi a mão ao Raulf que ainda estava sentado e ele acolheu, o conduzi ao quarto, merecíamos nos amar.
Ao chegarmos ao quarto eu encostei-o na parede e continuei o beijando, mas ousei a levar a mão de Raulf até o meu órgão para que ele sentisse como ele me deixava, e surpreso senti sua mão escorregar várias e várias vezes por aquele volume que crescia consideravelmente a medida que sua flacidez ficava rijo.
Para atiçá-lo eu coloquei ambas as mãos por dentro de sua calça na parte posterior do seu corpo e apertei suas nádegas a pressionando contra mim, e pude sentir que ele estava excitado tanto quanto eu. Nosso beijo ficava ainda mais guloso, sentia a respiração dele ficar mais ofegante, e eu fui o primeiro a despir da minha blusa.
Raulf era uma caixinha de surpresa, e ele me fez ir ao delírio do prazer quando me virou agora me deixando contra a parede e ajoelhou-se a minha frente, olhando diretamente nos meus olhos enquanto desabotoava a minha calça e a descia, um sorriso tímido surgiu em seus lábios quando ele passou a língua por aquele pedaço de tecido que modelava o pênis por entre a cueca antes de descer com ela por minhas pernas e eu auxiliei a me livrar daquela peça, ele deu início a uma punheta invertida em seguida de um oral besuntando toda a extensão do meu pênis com sua saliva. Enquanto ele se ocupava eu tratei de retirar a sua blusa e aproveitei esse momento para beijá-lo, mais logo ele voltou a besuntar o meu pênis com afinco, depois de alguns minutos eu o levei para a cama, o beijando fiz com que ele deitasse e deixei o peso do meu corpo sobre o dele, propositadamente lambi o seu peitoral mais voltei a beijá-lo, mas, não me demorei no beijo e voltei a passar a língua do seu abdome subindo ao bico do seu mamilo.
Livrá-lo da calça foi o próximo passo e efetuei nele o que ele tinha me proporcionado, passei a língua por toda a base de seu pênis antes de abocanhá-lo.
Como uma oferta muda, Raulf se colocou de bruços sobre a cama, e eu entreabri suas pernas e passei a estimular o seu ânus com o dedo, ele gemia alto, eu massageava aquela área, sem pudor algum levei a língua lambendo e acariciando deixando Raulf trêmulo nos meus braços, não economizei em salivar e deixar Raulf bem molhado com minha seiva separava o quanto podia a parte carnuda de sua nádega, para enfiar minha língua por ali a fim de sentir Raulf com intensidade, depois passei a língua por suas costas me encaixando para a penetração, eu ondulava o meu corpo para o encaixe, e quando já estava todo dentro dele segurei firme em seu quadril e o puxando para o encontro de nossas carnes comecei o movimentar de indo e vindo, ele gemia, eu grunhia até que exausto chegamos ao nosso limite, Raulf chegou primeiro, mais eu cheguei em seguida, terminamos com um beijo demorado.

_ Eu já te disse isso, mas eu vou repetir quantas vezes for necessário Theo, eu estou completamente apaixonado por você. 

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