Capítulo 25

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Raulf:

Nem Vlad e nem Chris apareceu logo ao amanhecer, os dois chegaram juntos no finalzinho da tarde, ambos trazendo uma mochila nas costas, eu só me dei conta desse detalhe quando Theo olhou a ambos desconfiados e os questionou:

_ Seria muita coincidência deduzir que se encontraram por acaso, isso me leva a crer que você chegaram juntos, agora basta saber de onde vocês estão chegando?

Chris olhou para Vlad e sorriu demorado diante do olhar desconfiado tanto de Theo como o meu:

_ Tsc,Tsc, Tsc pergunta errada priminho, você deveria perguntar se trouxemos o que vocês haviam pedido e o que pediram está aqui nessas mochilas, agora podem passar até meses aqui sem ter que aparecer em casa que pelados vocês não ficam, alias se não quiserem apenas.

_ Muito engraçadinho você Chris, mas não pense que nos convenceram com essa historinha, eu acho que vocês dois estão escondendo alguma coisa.

Vlad tratou logo de cortar o assunto:

_ Eu disse a nossa mãe que você foi viajar.

_ Viajar, e ela acreditou nisso?

_ Não, mas ela sabe que você nunca mente, por isso precisa ligar para ela e confirmar essa pequena mentirinha.

Nunca gostei de mentiras mesmo as que parecem ser as mais inocentes, pois uma pequena mentirinha como meu irmão bem dissera poderia se tornar em um emaranhado de mentiras que depois você não conseguiria se desvencilhar dela. Mas eu sabia que minha mãe faria um drama desnecessário se soubesse que sofri um acidente mesmo que não tivesse sido grave:

_ Como está o braço?

Vlad perguntava realmente preocupado:

_ Está tudo bem, o Theo tem se preocupado para que eu não fique sem tomar o remédio.

_ Estou percebendo, a roupa do meu primo ficou muito melhor em você lindinho.

Chris conseguiu virar o jogo e agora era eu quem estava na mira de especulações de todos os olhares fixo sobre mim. Envergonhado eu procurei o olhar do Theo como um auxílio e respondi:

_ Vocês queriam o que, minhas roupas estavam rasgadas e sujas devido ao acidente, não tinha nenhuma roupa aqui, o jeito foi o Theo me emprestar uma roupa dele.

_ Ah antes que eu me esqueça, os meninos estão para chegar aí, resolvemos fazer uma visita ao novo casal.

Theo deixou escapar uma risada:

_ Você é mesmo hilário Chris, se você não existisse com certeza teríamos que inventar um igual. Você marcou uma festinha aqui sem nem nos avisar?

_ Errado, não é uma festa... é só os rapazes então pode definir como uma reuniãozinha, festa terá o dia em que vocês dois assumirem que tem algo acontecendo entre vocês, aí eu te garanto uma festa de arromba.

Dessa vez foi eu quem cortou o assunto:

_ Se os rapazes vem para cá, precisamos pedir algo para comer Theo.

_ Não se preocupe com isso Raulf, os rapazes vão trazer algo para comer, só o Chris e eu que não trouxemos nada porque viemos direto...

Ele calou-se como se tivesse deixado escapar algo proibido:

_ Viemos? _ De onde vocês estão vindo Vlad?

Chris gargalhou:

_ Eu sabia que você iria deixar escapar alguma coisa, tá eu irei contar a vocês dois de onde estamos vindo.

Theo se aproximou de mim, cruzou os braços olhando para os dois que tinha em suas expressões o sorriso mais cínico que podiam nos apresentar:

_ Depois que deixamos o hospital nós fomos para um motel, Vlad, Thales e eu, é isso o que tanto estava intrigando vocês, nós fizemos Ménage à trois e garanto foi uma noite que jamais vou esquecer.

_ Espera, você está me dizendo que você, meu irmão e o Thales, os três juntos ...?

Ergui a mão para o alto e baixei em seguida:

_ É melhor eu nem dizer nada.

_ Tá lindinho, vocês já estão ciente que a nossa noite foi bem quente, que não faltou adrenalina e testosterona, mas e a de vocês, não vai me dizer que ficou no zero a zero Theo?

Chris insistentemente olhava de Theo para mim esperando que um de nós respondesse aquela pergunta tão íntima:

_ Não é porque você e meu irmão curte fazer algo a três, que os meus assuntos com o Theo tem que ser compartilhado a mais alguém Chris, desculpa, mas eu sou meio antiquado em relação ao que faço no meu particular, se o placar ficou zero a zero, um a um, dez a dez, cabe somente ao Theo e eu deixarmos empatados ou desempatar.

_ O que foi que eu te disse?

Vlad falou se dirigindo ao Chris, fazendo com que Theo e eu ficasse com o olhar desconfiado:

_ Vlad o que foi que disse ao meu primo?

_ Na verdade ele apostou uma noite inteira comigo sem o Thales que vocês nada diriam, principalmente o lindinho.

_ Se vocês querem passar a noite juntos não precisa usar nós como desculpa.

_ Mas que graça teria se não fizéssemos um joguinho, uma brincadeirinha sempre desperta a nossa imaginação.

Nem tivemos tempo de dizer mais nada, os rapazes acabaram de chegar, Thales sem nenhum comedimento aproximou-se de Chris e de Vlad como se a noite anterior dos três fosse algo natural, percebi o olhar que eles trocaram e logo um sorriso surgiu na face dos três.

Depois que todos se acomodaram e a conversa se deu início atualizando a todos de como Theo e eu estávamos lidando com o fato de termos que está sobre o mesmo teto, Chris veio com a brilhante ideia:

_ Já que estamos todos aqui poderíamos inventar algo divertido para se fazer né...?

_ Eu topo.

_ Vlad você nem mesmo sabe o que o Chris tem em mente como já diz eu topo, esse meu irmão é mesmo um desajuizado.

_ Vlad aprende uma coisa, se é ideia do meu primo, boa coisa não vem por aí.

Ander, Maik, Alef e até mesmo Thales concordou, somente Vlad que movia a cabeça concordando com Chris antes mesmo de saber qual era a ideia que ele teve:

_ Joga a bomba Chris, que ideia foi essa que você teve?

Alef quis saber:

_ Somos todos livres aqui não é mesmo, então porque não jogarmos um jogo, o jogo da chave?

_ Jogo da chave?

Maik parecia confuso:

_ O Ander e o Thales conhece que eu sei, explica para eles Ander.

_ É um jogo de troca de casais, vamos supor que nós aqui somos quatro casais, Theo e Raulf, Chris e Vlad, Thales e Alef, Maik e eu, quatro casais, quatro chaves, cada casal sorteia uma chave, exemplo, vamos dizer que o Raulf sorteou a chave do Chris e o Theo sorteou o do Alef, O Chris iria para o quarto com o Raulf e o Theo iria com o Alef, ou seja o ativo ficaria com o passivo do grupo que sorteou a chave, deu para entender.

_ Eu sabia que essa era uma ideia idiota, o Raulf e eu não participaremos de uma brincadeira assim nunca...

_ Desde quando você responde pelo meu irmão Theo, a não ser que...

_ A não ser o que Vlad?

_ Assumam logo que algo está acontecendo entre vocês dois. 

Essência LibertinaOnde histórias criam vida. Descubra agora