1 semana depois
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Laís Silva
Quinta
10:45amEntrei nos nove meses e desde segunda começaram as contrações de treinamento, elas acontecem de três a quatro vezes ao dia, principalmente quando o Lucas se mexe.
Comecei a sentir contrações ritmadas e de um minuto cada, fiquei monitorando. Não importava o quanto eu mudasse de posição, continuava doendo.
O Alex só dormiu aqui aquele dia, depois sumiu, nem procurei saber por onde anda.
Estava descendo as escadas quando senti algo molhar as minhas pernas, olhei pra baixo e só vi o líquido escorrendo.Meu Deus!
— Maria!— gritei da escada segurando a minha barriga com uma mão como se o Lucas fosse cair da minha barriga e o corrimão da escada com a outra— Maria, minha bolsa estourou! — gritei tentando controlar a minha respiração. Maria apareceu na sala, toda afobada tadinha. — Liga pra Bruna, fala pra ela vir correndo!— peço tentando descendo a escada, quando cheguei embaixo sentei no sofá pressionando os lábios na tentativa falha de reprimir os resmungos de dor. Comecei a sentir uma pontadas no pé da barriga e achei que não aguentar parir esse menino.
Maria estava com o celular no ouvido esperando a Bruna atender.
— Dona Bruna, corre pra cá, a bolsa da dona Laís estourou!— ouvi o grito da Bruna do outro lado e ela avisando que estava vindo.
— Maria pegar as bolsas, os meus documentos estão dentro— ela assente e sobe as escadas correndo. Tentei controlar a respiração a minha respiração mais uma vez.— meu filho eu sei que você tá com pressa pra sair, mas espera a gente chegar no hospital.— peço passando a mão na barriga.
A porta foi escancarada e a Bruna passou por ela toda nervosa e ofegante. Eu até ia rir se não estivesse sentindo dor.
- Meu afilhado vai nascer porra!- comemora vindo na minha direção e me ajudando a andar. Maria veio logo atrás com as bolsas e entramos no carro.
Bruna dirigia rápido e ainda buzinava pros outros carros avisando que tinha uma mulher parindo no carro, para que eles dessem passagem pra gente.
Chegamos no hospitalar, desci do carro e logo apareceram alguns enfermeiros pra ajudar.
Me levaram pra ala da obstetrícia enquanto a Bruna prenchia a ficha.
Dali pra frente foi tudo muito rápido, fiquei um tempo na bola e depois na banheira e no chuveiro para aumentar a dilatação. E tive dó das enfermeiras que me aguentaram de gritando e chorando sem parar.
Eu estava ansiosa de mais, meu coração batia acelerado e agora as contrações vinham mais fortes e com mais frequência.Eu achei que não ia aguentar, rezei mais vezes do que lembro pra que fosse rápido, mas que ainda assim fosse no tempo do Lucas.
A médica que fez todo o meu pré natal mediu novamente a minha dilatação e me encaminhou pra sala de parto.
Respirei aliviada quando ela disse que "já estava no ponto".
Segurava a mão da Bruna e sentia as lágrimas escorrem pelo meu rosto, de dor, de ansiedade e de medo.
— Vai dar tudo certo amiga, daqui a pouco o Luquinhas tá aqui com a gente!— acariciou o dorso da minha mão e eu assenti, porquê não conseguia falar nada.
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Luz em todo morro
RomanceLuz Em Todo Morro 3030 "Ontem faltou luz em todo morro Eu vi ela passando sob a luz da lua O medo e a incerteza rondavam pelas vielas E o vai e vem distante, vindo das luzes nas ruas Sigo procurando, quero encontrar aquela Tal felicidade que já moro...