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Laís Silva
D

omingo
8:30am

Acordei com um braço envolta da minha cintura e quando abri os olhos o Alex dormindo que nem um anjo e um sorrisinho leve no canto da boca.

Filho da mãe, é bonito até dormindo.

Flashes da noite/madrugada vieram na minha mente me fazendo sorrir também.

Nunca imaginei que mesmo depois de tanto tempo, de já termos estado com outras pessoas, nossos corpos ainda teriam a mesma conexão e o mesmo encaixe.

Odeio ter que admitir, mas ninguém sabe me satisfazer como esse desgraçado. Ele ainda conhece cada parte do meu corpo e sabe onde pegar, tocar, acariciar e me fazer chorar, por um lugar que não é os meus olhos.

Levantei da cama devagar e fui tomar um banho. Hoje a dona Bella vai levar os netos pra sair junto com o Jean, então eles vão chegar em casa só a noite.

Fechei a porta do banheiro e entrei no box. Precisava lavar até o meu cabelo.

Do nada eu comecei a rir, na hora do vamo ver a gente fala tanta coisa que se for analisar depois eu ia ficar um pimentão de tão vermelha.

Terminei o banho e sai do banheiro pra procurar uma roupa. O anjo da asa quebrada ainda estava lá todo espalhado na cama.

Passei meus cremes e vesti uma blusa do Alex que ele me deu depois de uma leve chantagem e um short de tecido fino.

Penteei meu cabelo e passei meu perfume.

- Alex!- sentei do lado dele na cama, nem se mexeu.- acorda paxão!- passei a mão na bochecha dele, se brincar tá com uma pele melhor que a minha, ele é todo vaidoso.

- Só mais cinco minutos!- resmungou. A mesma mania dos filhos.

- Nem mais dois, levanta vai!- ele passou a mão no rosto e me olhou com aquela cara amassada.- bom dia!

- Bom dia! Quero acordar todo dia assim!- beijou o dorso da minha mão.

- Só você se comportar e não me fazer passar raiva que você vai acordar todo dia assim! Agora levanta, vou fazer um café pra gente.!- me levantei da cama e ele sentou se espreguiçando.

Levantou da cama nuzinho, como veio ao mundo e entrou no banheiro.

Esse ai foi abençoado. Não deu dois minutos dentro do banheiro ele começou a falar

- Laís você esfolou o meu pau cara, olha pra isso, tá todo vermelhinho!- falou de dentro do banheiro e eu fui até a porta, estava bem lá parado com o Júnior na mão, até nome pro pau ele deu.

- E você quer que eu faça o que?- olhei rindo, coitado.

- Dá um beijinho que passa!- revirei os olhos e saí de lá, porquê se der corda ele pinta e borda. Não perde uma oportunidade.

Desci pra cozinha, coloquei a água pra ferver e fui colocando umas coisas de comer sobre o balcão.

Essa casa sem os meus filhos fica tão vazia, já me acostumei com o barulho e com eles me chamando toda hora, mãe pra cá, mãe pra lá. Na hora eu até reclamo que eles não me dão paz, mas quando saem é uma tristeza.

Não sei o que eu vou fazer quando eles saírem de casa. Por mais que eu esteja criando eles para voarem sozinhos, meu coração fica pequenininho só de imaginar eles longe de mim.

Até ontem eles choravam pra dormir comigo e hoje nem fazem mais questão. Vou até parar de pensar nisso pra não chorar com antecedência.

Passei o café e coloquei na garrafa. Já estava começando a comer quando a beleza entrou na cozinha, quase me matando asfixiada com o perfume forte que ele usa.

Luz em todo morroOnde histórias criam vida. Descubra agora